Alecsandro homenageia Ronaldo ao comemorar gol

Ao fazer o gol da vitória por 1 a 0 no primeiro jogo da final contra o Coritiba, Alecsandro levantou São Januário repetindo a careta que seu pai, o ex-atacante Lela, fazia quando se tornou ídolo no clube paranaense. Já no Couto Pereira, ao abrir o placar na decisão nesta quarta-feira, o centroavante resolveu homenagear outro ídolo: Ronaldo.

Antes de beijar o braço direito, onde está tatuado o nome do filho Yan, o camisa 9 do Vasco correu balançando o indicador, gesto eternizado por Ronaldo, especialmente durante a conquista da Copa do Mundo de 2002. “Acabei fazendo duas homenagens em um gol só”, comemorou o atacante, segurando nas mãos o troféu de artilheiro da Copa do Brasil – ele marcou cinco gols no torneio.

“O Ronaldo foi o melhor atacante que vi atuar. Joguei duas vezes contra ele, na final da Copa do Brasil de 2009, quando o Corinthians venceu o Inter e foi campeão. Ele acabou me tirando o título, mas a homenagem foi merecida. Um gesto simbólico para premiar tudo o que ele fez por nós. Eu me inspirei muito nele e em tudo que ele passou”, declarou o jogador.

Alecsandro disse que nem cogitou repetir a careta exatamente no estádio que sempre idolatrou Lela. “Meu pai já estava muito feliz com as minhas caretas”, disse o atleta, que fez o gesto ao marcar gol contra o Atlético-PR, arquirrival do Coritiba, na Arena da Baixada. “Aqui no Couto Pereira ela não seria bem-vinda. Meu pai tem uma história muito bonita aqui e fico feliz de ter levantado uma taça neste estádio.”

A felicidade também vem pelo desempenho mostrado no Vasco, poucos meses após perder espaço e ser negociado pelo Inter. “Assumo desafios nesta vida. A saída do Inter foi muito difícil, conquistei títulos e fiz amigos em dois anos e meio lá. Foi um desafio ir ao Rio de Janeiro para uma coisa toda nova. Mas fico feliz. No ano retrasado, perdi este título. Neste ano, venci e sou artilheiro”, celebrou.

Para mostrar sua identidade com a camisa cruz-maltina, Alecsandro abraçou o presidente Roberto Dinamite, maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro quando atuava pelo Vasco. “Ele lembra bem. Na primeira vez que o vi, fiz assim”, contou o jogador, rindo e passando o dedo no dirigente. “Com certeza isso teve influência. Vou encostar mais ainda em você”, sorriu Dinamite, abraçando o centroavante.