Vasco: jogadores relembram tropeços
Jogadores recordam derrotas do Vasco para times com momentos difícieis.
O clássico entre Vasco e Fluminense, domingo, no Engenhão, traz um componente comum do futebol quando duas grandes equipes se enfrentam. Não é raro em partidas com este apelo times atravessarem momentos distintos. A crise desta vez, quem diria, paira sobre as Laranjeiras. Mas, em São Januário, todos ligaram o sinal de alerta. A experiência já provou que nem sempre o favorito leva.
Felipe foi criado no Vasco, conquistou estaduais, Brasileiro, Mercosul e Libertadores. Rodou clubes como Flamengo, Atlético-MG, Palmeiras e o próprio o Fluminense. Mas foi na Colina que viveu seus confrontos mais inusitados – e dramáticos. Por três anos seguidos (1999, 00 e 01), viu um Vasco tecnicamente superior ao Flamengo ser derrotado na final carioca.
A lição faz o camisa 6 respeitar o tricolor, pois ele aprendeu que, embora equilíbrio e confiança sejam importantes, a vontade de quem está do outro lado fala mais alto.
“Jogamos três vezes seguidas com o Flamengo. O Vasco tinha um timaço e o Flamengo não estava no mesmo nível tecnicamente, mas perdemos. O motivo? Acho que foi vontade. Os caras entraram com mais vontade e levaram”, recorda o meia vascaíno.
O jogador ressalta a importância de uma equipe em alta. Quando a bola rola, o atleta não tem medo de arriscar uma jogada,da mesma forma como também não demonstra abatimento ao errar um passe. Do lado adversário, no entanto, o quadro psicológico se agrava a cada falha. Na teoria, o favorito está em vantagem emocionalmente. Porém, basta o adversário se impor que tudo pode ir por água abaixo.
“Você está relaxado. Só que aí o outro time te surpreende mandando no jogo, te envolve e você acusa o golpe. É perigoso. Por isso, estabilidade só não ganha jogo”.
O zagueiro Anderson Martins viveu o outro lado da história. Em 2008, jogando pelo Vitória, passou o Campeonato Baiano inteiro sendo provocado pelos torcedores do Bahia. O rubro-negro de Salvador fazia uma campanha irregular, enquanto seu maior rival, com elenco superior, chamava a atenção dos críticos. As apostas eram todas no Bahia, até o campeonato entrar no octogonal decisivo.
Seria campeão o time que somasse o maior número de pontos. O Vitória, em crise, disputaria dois clássicos contra o seu maior rival, favoritíssimo. Em mais uma destas peças pregadas pelo futebol, o time de Anderson venceu as duas partidas.
“Eu já não aguentava mais. Era muita chacota. Mas em dois jogos, ganhamos por 3 a 0 e 2 a 1. Ali foi a nossa arrancada. Na sequência, vencemos outros adversários e acabamos sendo campeões. Foi marcante”, recorda o zagueiro.
Fonte: ig