Vasco: Ricardo Gomes e o quebra-cabeça para escalar time

Assim que iniciar o treino desta terça-feira, Ricardo Gomes dará início ao trabalho de preparação do Vasco visando o clássico contra o Botafogo, no próximo domingo, no Engenhão. Além das correções naturais em relação aos erros das partidas anteriores, o treinador terá uma tarefa a mais para este jogo importante: montar um verdadeiro quebra-cabeça e arranjar espaço para todas as peças do meio campo vascaíno.

Ao contrário de outras situações, onde faltam jogadores e muitos treinadores costumam reclamar, a “dor de cabeça” dessa vez é pelo excesso de opções no setor. Não bastassem as boas atuações de Felipe, Bernardo e Fellipe Bastos, que poderiam tranquilamente garantir suas respectivas vagas no time titular, o comandante cruzmaltino ainda terá a chance de contar com Diego Souza, contratado com status de camisa 10.

Ciente do “problema”, Ricardo Gomes sabe que precisará encontrar uma solução que equilibre o seu esquema tático. Preocupado em não perder as características ofensivas da equipe, o treinador revelou que ainda não tem uma definição para o caso.

“Vou ter que criar alguma maneira para que ele (Diego Souza) possa entrar sem que o time perca as características ofensivas, e siga marcando muitos gols. Ainda não tenho essa resposta, mas terei a semana toda para preparar isso, estou tranquilo”, explicou o treinador, que não descartou a hipótese de deixar Diego Souza no banco, o que será decidido apenas ao longo da semana de trabalho.

“Sei que a tarefa é árdua, preciso encontrar a fórmula ideal, mas esse é o meu trabalho e não reclamo. Sei também que o Diego veio para jogar, mas ainda não defini se isso ocorrerá de imediato”, salientou Ricardo Gomes.

Uma das principais peças do quebra-cabeça de Ricardo Gomes, o meia Bernardo, que vem mostrando excelente desempenho desde que chegou ao clube, sabe que a disputa por uma vaga no meio campo vascaíno será acirrada, e já admite até a posibilidade de jogar um pouco mais recuado para “facilitar” o trabalho do treinador.

“É claro que hoje estou bem adaptado e me sinto mais à vontade jogando como meia, mas onde o Ricardo Gomes quiser me escalar, estou pronto para ajudar. Comecei como volante, até atuei com o Fellipe Bastos em seleções de base, e sei jogar por ali”, ressaltou o jovem meia, de apenas 20 anos.

Com dúvidas para montar o time, e ainda sem saber quem escalar no meio-campo vascaíno, a única certeza que Ricardo Gomes tem é que não poderá com o lateral-direito Fagner em seu sistema defensivo. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o jogador está fora do clássico contra o Botafogo. Diego Rosa, dos juniores, será o provável o substituto do jogador.

Fonte: uol