Pássaro ressalta importância da torcida e garante que não falta entrega no Vasco

O Vasco da Gama vive um de seus momentos mais dramáticos de sua história, às vésperas do seu aniversário de 123 anos. Tanto dentro quanto fora de campo as coisas não andam bem e, diante desse cenário negativo, a diretoria administrativa concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (20).

Um dos presentes era Alexandre Pássaro, que foi questionado pela situação que o Vasco passa dentro das quatro linhas, passando dificuldades na Série B. O diretor executivo reconheceu que a equipes está abaixo do esperado, mas creditou muito isso à ausência dos torcedores nos estádios, sendo que estariam em maioria em grande parte dos jogos.

– Tem questão de performance menor, isso é óbvio e claro. A gente tem trabalhado para mudar esse cenário. Além da questão de receita, tem a nossa torcida. O Vasco sempre se apoiou na sua torcida. Hoje conhecendo mais o Vasco internamente, não são as finanças ou o patrimônio que sustentam o clube. A torcida quem sustenta. A torcida não pode estar no campo. Todo mundo fala disso de quem vem jogar aqui. Acredito que o Vasco teria maioria de torcida em 85% dos jogos. Essa questão da torcida não estar presente tem feito uma diferença gritante. É uma premissa anterior.

Alexandre Pássaro ainda questionou sobre o que poderia ser feito a mais levando em conta que houve redução de receitas. O diretor executivo citou que as equipes de cima estão com menos pontos, e ressaltou que, caso o Vasco tivesse vencido o Londrina, estaria atualmente na porta do G4 da Série B.

– Com o dinheiro que foi dado, o que a gente pode fazer na sequência do clube? Todo mundo está com menos pontos querendo ou não. Os líderes estão com menos pontos. Se a gente não tivesse jogado pelo ralo esse nosso resultado com o Londrina, estaria no quinto lugar. Agora é ganhar jogos e chegar à nossa meta de pontos com menos sofrimento possível.

O dirigente ainda descartou que o time esteja jogando “sem alma”, sem vontade, alegando que a percepção é diferente quando se analisa internamente. Segundo ele, o time se “entrega”, não existe “comodismo” e ainda “falta de respeito” com a camisa do Gigante, citando o questão de jogadores aglomerando como um caso mais “social”.

– Na verdade, a distância e a completa falta de conhecimento e percepção do que acontece internamente é quem externa um cenário completamente diferente para os torcedores. Lógico que dentro do campo a gente que entrega, controla esforço, carga de intensidade. A gente quer que os jogadores se dediquem. A entrega existe, ninguém é maluco de trabalhar… Nenhum treinador resolveu problema, nenhum disse que foi embora porque os jogadores não se dedicam. Não há um comodismo, não há falta de entrega, não há falta de respeito com a camisa do Vasco. Houve questão de aglomeração, mas é algo muito mais social e que não se restringe ao Vasco.

Série B

O Vasco encerrou o primeiro turno da Série B na modesta 10ª colocação na tabela, com apenas 28 pontos somados. Atualmente, a distância para o CRB, que aparece em quarto, é de cinco pontos, ou seja, mesmo que vença o Operário-PR não terá chance de entrar no G4. Entretanto, vencer os paranaenses será essencial para se colocar na disputa direta novamente.