Vasco propõe ao Sindeclubes novo tipo de parcelamento a funcionários demitidos
Na nova tentativa, o Vasco da Gama deseja parcelar os valores progressivamente até dezembro de 2023, quando acaba a gestão de Jorge Salgado.
O Vasco da Gama propôs ao Sindeclubes um novo acordo em relação ao pagamento das rescisões dos 186 funcionários demitidos em 12 de março. Na nova tentativa, o Clube deseja parcelar os valores progressivamente até dezembro de 2023, quando termina a gestão do atual presidente, Jorge Salgado. Essa tratativa, vale ressaltar, prioriza os colaboradores desligados do Gigante da Colina que têm menor valor a receber. A informação é do portal Globo Esporte.
Agora, a tendência é que, na próxima segunda-feira (26), o Sindeclubes publique o edital da assembleia a ser realizada. A data limite para os ex-funcionários decidirem se aceitam ou não a nova oferta cruzmaltina ainda não está definida.
Na semana passada, um áudio de uma reunião realizada entre membros do sindicato e os demitidos circulou em grupos de WhatsApp. Advogado do Sindeclubes, Henrique Fragoso, inclusive, chegou a emitir nota oficial admitindo que houve equívoco no entendimento da proposta do Vasco, recusada pelos presentes. A nível de exemplo, havia a informação de que o parcelamento da rescisão a determinado grupo aconteceria em até 303 vezes.
– O sindicato assume a responsabilidade no erro de interpretação da planilha no que se refere ao número de parcelas dos pagamentos das rescisões de contrato de trabalho – desculpou-se o advogado.
Com o erro admitido, foi aberta uma nova negociação. O Gigante da Colina, tentando atender às solicitações dos ex-funcionários, optou por alterar os termos da tentativa de acordo. Se anteriormente as parcelas seguiam percentuais do salário, agora são fixas. Paralelamente, os valores também foram ampliados.
A atual proposta vascaína abrange o pagamento da rescisão (saldo salarial, férias, 13º e FGTS), mas não engloba a multa prevista no artigo 407 da CLT (um salário caso a rescisão não seja quitada em até 10 dias). Anteriormente às demissões, o Vasco pagou os atrasados dos demitidos.
Quando a demissão em massa aconteceu, o Vasco justificou que aquilo era preciso devido à necessidade de uma reformulação administrativa no Clube, em função da alta dívida e da redução de receita por conta do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro (previu uma diminuição de 35% na folha salarial com os cortes). A proposta de agora, vale ressaltar, leva em consideração o atual fluxo de caixa do Cruzmaltino e, no entendimento interno, é possível de ser cumprida, atendendo a um dos principais lemas da atual direção: a tentativa de recuperação da credibilidade do Vasco.
Vale lembrar que a demissão dos 186 funcionários também virou caso judicial, pois o Ministério Público do Trabalho pediu que o ato fosse anulado. Ainda não houve, porém, uma decisão sobre o caso.