Análise da atuação do Vasco contra o Nova Iguaçu

O Vasco da Gama teve momentos de bom futebol diante do Nova Iguaçu, mas os velhos problemas ainda persistem a equipe.

Cayo Tenório e Gabriel Pec
Cayo Tenório e Gabriel Pec (Foto: André Durão)

Foi apenas um esboço da nova versão da equipe, mas serviu para o torcedor ter um aperitivo e pinçar algumas novidades do que virá pela frente no Vasco. No empate por 2 a 2 com o Nova Iguaçu, neste sábado, em São Januário, o estreante Marcelo Cabo mandou a campo um time com velhos conhecidos, poucas caras novas, porém, com mais espaço para os jovens e uma postura tática diferente.

Apesar do resultado ruim diante um adversário frágil, o Vasco teve momentos de bom futebol, especialmente enquanto teve fôlego no primeiro tempo. Antigos problemas ainda se fazem presentes, como falhas defensiva e a dificuldade de infiltrar e concluir jogadas. No entanto, qualquer análise mais profunda nesse momento seria rasa, uma vez que que o treinador não contou com algumas de suas principais peças, como German Cano, e muitas novas caras devem pintar nas próximas semanas.

Início animador

O Vasco entrou em campo com seis novidades em relação à equipe de garotos que jogou nas duas primeiras rodadas. Ricardo Graça, Bruno Gomes, Andrey, Carlinhos e Talles se reapresentaram no início da semana e retornaram ao time. Entre os três reforços contratados, Ernando foi o único titular.

Dentro de suas limitações, o Vasco fez um bom primeiro tempo. Sem a bola, marcava sob pressão a saída do Nova Iguaçu e recuperava a posse rapidamente. Com a bola nos pés na maior parte do tempo, o time de Marcelo Cabo teve amplo domínio territorial, trocou muitos passes, mas ainda encontrou muita dificuldade para finalizar e levar perigo ao adversário.

Nos primeiros 20 minutos, por exemplo, a equipe da Baixada praticamente não incomodou. Ainda assim o Vasco só levou perigo em uma boa jogada de Talles pela esquerda e em chute de Pec da entrada da área.

Cabo influencia no desempenho de Pec

Pec, aliás, foi o melhor em campo. Ele jogou na direita do ataque, mas teve liberdade para flutuar no meio e chegar à área. Segundo o jovem, orientações de Marcelo Cabo que influenciaram diretamente em seu desempenho. O camisa 17 marcou um gol em cada tempo e criou outros lances de perigo. Terminou o jogo exausto.

O primeiro de Pec foi aos 32 minutos da primeira etapa. O Vasco cresceu, teve mais intensidade e chances de ampliar, logo em seguida, em chutes de Laranjeira e Talles. Uma infelicidade, no entanto, quebrou o momento e deixou tudo igual. O Nova Iguaçu, que pouco havia criado, empatou com um gol contra de Ricardo Graça.

Queda física e falta de opções

O segundo tempo foi diferente e mudou para pior. Com seis titulares que iniciaram os treinos nessa semana, o Vasco cansou, e viu o Nova Iguaçu se soltar. Cabo percebeu a queda de rendimento e fez três trocas de uma vez: Marquinhos Gabriel, Juninho e Tiago Reis entraram para as saídas de Carlinhos, Andrey e Laranjeira. No minuto seguinte, Pec aproveitou a sobra e colocou o time novamente em vantagem.

Parecia que o Vasco se acertaria em campo, mas novamente cedeu o gol minutos após marcar. Aos 21, Raphael Carioca acertou belo chute de fora da área e empatou o jogo.

Logo depois, MT sentiu, pediu para sair e escancarou a falta de opções de Marcelo Cabo neste sábado. Sem lateral, ele colocou Miranda. Vinícius entrou no lugar de Cayo Tenório, e o Vasco passou a jogar no 3-4-3. Mais por falta de alternativas do que por vontade do treinador.

Desorganizado, mas com vontade, o Vasco ainda lutou, teve algumas chances para marcar o terceiro, mas não conseguiu. Ficam algumas lições, pontos positivos e também a certeza de que é muito cedo para tirar qualquer conclusão. A tabela de classificação, no entanto, não espera e preocupa. Com apenas um ponto em três jogos, fica cada vez mais claro que o time terá de fazer um campeonato de recuperação se quiser brigar entre os primeiros.

Fonte: Globo Esporte

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