Time de Alex Teixeira na China encerra atividades e jogador está livre no mercado
Ex-Vasco da Gama, Alex Teixeira está livre no mercado após o seu time na China, o Jiangsu Suning, encerrar atividades.
Em comunicado oficial na manhã deste domingo, o Jiangsu Suning anunciou que chegou ao fim o seu time de futebol, atual campeão chinês. Principal acionista do clube e da Internazionale, da Itália, a empresa multinacional que dá o sobrenome ao clube da cidade Nanquim tinha anunciado no início do mês que estava colocando à venda a equipe, mas não encontrou um comprador.
– Apesar de nossa relutância em nos separar dos jogadores que conquistaram as maiores honrarias e dos torcedores que mostraram sua solidariedade ao clube, é com pesar que devemos fazer um anúncio: a partir de hoje, o Jiangsu Football Club acaba com a atividade de suas equipes – diz o comunicado, fazendo referência também aos times femininos e de base.
Três jogadores brasileiros faziam parte do elenco que conquistou o Campeonato Chinês em novembro do ano passado: o veterano zagueiro Miranda, de 36 anos, ex-São Paulo, Atlético de Madrid e Internazionale, e os atacantes Alex Teixeira, de 31 anos, ex-Vasco e Shakhtar Donetsk, e Éder, de 34 anos, catarinense naturalizado italiano com passagens por Sampdoria, Inter e outras equipes do país, além da seleção do país na Eurocopa 2016 e Copa do Mundo 2018. Todos estão livres no mercado para negociarem seus próximos clubes.
A nova ordem dos multiclubes
O Jiangsu foi fundado em 1958. Voltou a figurar na elite do país em 2008, depois de 14 anos na segunda divisão. Vice-campeão do Chinês em 2012, conquistou a Supercopa do país em 2013 e a Copa da China em 2015. No ano seguinte, voltou a ficar em segundo lugar no campeonato e teve suas ações compradas pelo grupo Suning. O investimento teve um definitivo retorno esportivo em 2020, com a conquista da principal competição nacional.
Em dezembro passado, a Associação Chinesa de Futebol (CFA) determinou que os clubes de todas as divisões do país não poderiam mais referência aos patrocinadores em seus nomes. A tentativa é que isso dê uma identificação estável aos times ao longo do tempo, pois, segundo muitos dirigentes do país, a mudança constante de proprietários dificultou a construção da cultura do futebol local.
Outros times sob risco
A crise financeira atingiu outros times chineses também. O Tianjin Teda pode encerrar suas atividades antes mesmo do início da próxima temporada no país, programada para começar em 3 de abril, com 16 equipes. O mesmo ocorre com o Chongqing Dangdai, do brasileiro Alan Kardec, que deve nove meses de salário e mais um ano de impostos aos atletas. O atacante, inclusive, vem tendo seu nome ligado ao Shenzen FC.
Na Itália, a Internazionale confirmou que o grupo Suning, detentor de 68,55% do clube, está à procura de novos investidores e parceiros estratégicos para não só injeção de dinheiro – o fundo de investimento LionRock Capital, baseado em Hong Kong, detém outros 31%. A equipe lidera a temporada e pode encerrar o jejum de títulos que dura uma década – os últimos foram a Copa da Itália e a Supercopa do país, em 2011, e a Série A de 2010.
Fonte: Globo Esporte