Ex-Vasco e artilheiro do Carioca, Zé Vitor vira carrasco dos grandes

Zé Vitor teve poucas oportunidades no Vasco da Gama, quando integrou o elenco Cruzmaltino que disputou a Série B de 2022.

Zé Vitor em ação pelo Boavista
Zé Vitor em ação pelo Boavista (Foto: Divulgação Boavista)

A briga pela artilharia do Campeonato Carioca 2025 está acirrada na reta final da Taça Guanabara. Os argentinos Pablo Vegetti, do Vasco, e Germán Cano, do Fluminense, estão habituados a serem decisivos, mas desta vez eles têm a concorrência de Zé Vitor, do Boavista. Todos eles marcaram cinco gols até aqui, e o centroavante do Verdão de Saquarema está curtindo o bom momento.

Zé Vitor tem carregado a fama de ser carrasco do pelotão de elite na competição estadual. Dos cinco gols que marcou, três foram contra os chamados grandes do estado: contra o Flamengo, na primeira rodada; contra o Vasco, na terceira rodada; e contra o Botafogo, na décima rodada. Em entrevista ao ge, o atacante destacou que a boa fase pessoal é fruto de muito trabalho, mas também dividiu os méritos com os companheiros.

– Estar vivendo esse momento de artilheiro junto com Vegetti e Cano não tem preço, são grandes jogadores. Estar disputando com eles mostra que estou no caminho certo e que meus companheiros têm feito o melhor. Fico muito feliz de estar vivendo esse bom momento. Que seja um ano de muitos gols – afirmou Zé Vitor.

Com 11 pontos, o Boavista está na décima colocação da Taça Guanabara e tem chances de se classificar para a Taça Rio pelo segundo ano consecutivo. Para isso, porém, o Verdão precisa vencer seu jogo neste sábado, diante do Volta Redonda, e torcer por uma combinação de resultados. Segundo Zé Vitor, o mais importante é fazer o dever de casa e depois olhar para os outros times.

– Nós sabemos que não dependemos só de nós, mas primeiro temos que fazer nosso resultado em casa. Não temos que pensar nos outros, precisamos nos doar ao máximo. Vai ser um jogo difícil, o Volta Redonda é uma equipe qualificada, tem um grande time. Temos que ter humildade para tentar buscar essa vaga na Taça Rio – disse o atleta.

Aos 26 anos, o centroavante vive um momento de retomada da carreira. Em 2022, Zé Vitor se destacou no Marcílio Dias no Campeonato Catarinense e foi vice-artilheiro da competição, com nove gols marcados. Tal desempenho o levou ao Vasco, que disputou a Série B naquele ano, mas o jogador teve poucas oportunidades. Foram apenas três partidas na Segunda Divisão (além de mais duas no Cariocão 2023) e nenhum gol marcado em toda sua passagem.

Zé Vitor rodou por Feirense, de Portugal, e Londrina em 2023 até dar a volta por cima no Ypiranga, na temporada passada. O atacante lamentou as poucas chances que teve no elenco vascaíno, mas afirmou que o momento difícil na carreira serviu de aprendizado e que sua família, principalmente a esposa e a filha, foram fundamentais na retomada.

– Foi um momento de muito aprendizado na minha vida e na minha carreira. Um momento de realizações, sempre imaginei jogar em grandes clubes. Foi tudo muito rápido, estava no Marcílio Dias, fui vice-artilheiro do Catarinense e do nada recebi uma proposta do Vasco, vivendo grandes coisas. Não tive tantas oportunidades, se você não se destacar em time grande você vai ser só mais um. Cheguei a ser afastado… Mas tiro como aprendizado, acontece. Quando saí do Vasco e fui para outros clubes eu procurei ir de cabeça erguida, dando meu melhor. Não foi só culpa minha não ter dado certo. Sou grato ao Vasco por ter me colocado no cenário do futebol brasileiro. Agora tenho que continuar me dedicando.

Apesar da boa fase, o atacante está com o futuro indefinido. Zé Vitor tem contrato com o Boavista somente até o fim do Campeonato Carioca e não sabe se ficará no clube para a disputa da Série D, que começa em abril.

– Ainda não sei se fico, só tenho mais um mês de contrato. Assinei um contrato curto. Tenho certeza que a direção deve estar em conversas com meus empresários. Quero pensar no presente, vestir a camisa do Boavista, fazer gols e ajudar meus companheiros – finalizou.

Fonte: Globo Esporte

1 comentário
  • Responder

    Como poderia fazer gol pelo Vasco se nem entrava em campo?
    Isso passa por comissão técnica. Além das panelinhas.

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