Vejas as fragilidades do Vasco expostas na derrota para o Fluminense

Defesa Vasco da Gama sofreu com o ataque veloz do Fluminense e viu seu setor ofensivo ser totalmente inoperante na partida.

Vasco x Fluminense no Mané Garrincha
Vasco x Fluminense no Mané Garrincha (Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)

Não é novidade para quem acompanha este início de temporada do Vasco a dificuldade que o time passa com a ausência de atacantes de velocidade. Mas ontem, na derrota de virada por 2 a 1 para o Fluminense, o problema ficou escancarado. Com uma atuação abaixo do nível que vinha apresentando ao longo do Campeonato Carioca, justamente no primeiro clássico, a lacuna de opções tornou os 45 minutos finais da partida num martírio para o torcedor cruz-maltino.

A euforia do gol de Philippe Coutinho com apenas um minuto de jogo e 10 minutos iniciais de muita pressão no campo adversário logo passaram quando o Fluminense se ajustou pelo meio, passou a se defender e trocar passes com mais facilidade, além de abrir espaço para Arias criar. Ele e o jovem Riquelme Felipe levaram muito perigo à defesa vascaína, exposta como nunca neste início de temporada.

Com dificuldades na transição ofensiva, lenta e previsível, o técnico Fábio Carille tentou mudar a proposta para preencher o campo tricolor, como explicou posteriormente. Lançou Hugo Moura para formar o trio do meio com Jair e Tchê Tchê e escalou Paulinho mais aberto e adiantado, como um ponta pela direita. Assim como a marcação e a confiança do time, a estratégia funcionou por um tempo, até desmoronar.

Os dois gols tricolores, um de bola parada (de Thiago Silva) e outro em chute que acabou desviado por Germán Cano mostraram a fragilidade da defesa em aliviar do perigo quando tem a bola em sua área. Mas a base da atuação ruim se deu no meio-campo. Hugo e Jair não “deram liga”, Tchê Tchê parecia deslocado e o setor errava passe atrás de passe, perdia tempos de bola e via o Fluminense nem precisar de uma marcação muito intensa para ter a posse em boa parte do jogo. Payet, que entrou no lugar de Coutinho após o camisa 11 sentir lesão ainda no primeiro tempo, pouco apareceu na partida.

– Não sei se perdemos a confiança, mas sei que foi um jogo abaixo tanto coletivamente, e aí a responsabilidade é tanto minha, quanto tecnicamente também de alguns atletas — analisou Carille após partida.

Na segunda etapa, o técnico tentou voltar à estratégia habitual e lançou Alex Teixeira no lugar de Paulinho. Nada mudou. O meio e o ataque não conectavam e o cruz-maltino chegava sem velocidade ou qualquer chance de surpreender a bem postada defesa do Fluminense. Nas raras vezes em que Lucas Piton e Paulo Henrique recebiam a bola no ataque, paravam em marcação dobrada.

Quando o padrão não funciona, tenta-se o diferente. Mas na situação atual do elenco cruz-maltino, restou a Carille arriscar Puma Rodríguez como ponta direita e até o jovem Bruno Lopes no ataque. Naturalmente, não foram capazes de mudar os piores 45 minutos do Vasco nesta temporada. Situação que seguirá complexa enquanto o clube não conseguir reforçar seu elenco.

Fonte: O Globo

2 comentários
  • Responder

    O que si viu ontem , foi a materialização o que si tinha visto frente ao Maricá e Volta Redonda em que os chamados pequenos deram um calor no Vasco aproveitando a fragilidade do meio de campo que deixavam os zagueiros expostos e um campo livre para os contra ataques com um time mais qualificado como o Fluminense que só o Arias engoliu de uma só vez Tchê Tchê (banco no Botafogo e dispensado , mas serve para o Vasco de hoje ), Jair (caindo em campo )Paulinho ainda fora de forma , Fez do Vasco uma presa fácil frente um fluminense que não vinha fazendo mal a ninguém .Mesmo jogando mal nos jogos anteriores com esta formação Carille insistiu , apenas sem Alex Teixeira um jogador que nunca teve velocidade , mesmo assim , o novo treinador Vascaíno não deverá demorar muito no cargo .O Vasco esta bem servido de laterais,mas esta dupla de zagueiros , fizeram sentir saudades de Maicon e Léo e ficar dependendo de Vegetti para cobrar penaltis ou vez por outra de uma cabeçada é esperar muito de um time .No momento nem si sabe si vai disputar o vice campeonato pois o título está indo em rápidas passagens em direção a Gávea .

  • Responder

    Lançar Puma e Bruno Lopes em um jogo, não dá né. Pelo menos tem que treinar, nem que seja no time reserva nesta posição. Achar que um jogador vai entrar e se tornar o salvador da pátria, não né.

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