Lucas Freitas é apresentado pelo Vasco, comenta características e briga por posição
Um dos reforços para a zaga do Vasco da Gama, Lucas Freitas é apresentado oficialmente, cita características e fala sobre briga pela posição.
Pouco após Mauricio Lemos ser apresentado, foi a vez de Lucas Freitas também inaugurar sua passagem pelo Vasco. Nesta terça-feira, no CT Moacyr Barbosa, o defensor foi apresentado com a camisa 43 e explicou que a numeração é uma homenagem ao irmão gêmeo, Luan Freitas, que também atua como zagueiro e está no Paysandu.
– Ele sempre usou a 3 na base, e eu sempre usei a 4. Ele é zagueiro pela direita, eu pela esquerda. Então, quando subi para o profissional no Valladolid, em 2020, recebi essa camisa. Isso me marcou: jogar e poder representar também o número dele. Sempre levo essa camisa comigo.
O atleta também falou sobre suas características e a briga por uma posição na defesa titular. Vindo do Juventude, o zagueiro também revelou o que aprendeu antes de retornar ao futebol do Rio de Janeiro.
– Sou um zagueiro leve, de mais mobilidade. Canhoto, gosto de um jogo de posse de bola, de construir mais atrás e ajudar também. Tenho um bom 1×1 e tô feliz demais aqui. O grupo me recebeu super bem, trabalhando bastante para evoluir e continuar crescendo. É motivo de muito orgulho estar aqui.
No Juventude, Freitas teve a oportunidade de conviver com um velho conhecido da torcida do Vasco: Nenê. O defensor comentou sobre a amizade com o veterano e a importância do jogador no clube gaúcho e durante seu período em São Januário.
– Nenê é um “paizão” nosso, foi referência aqui no Vasco e é referência lá. Para os mais novos, os mais velhos. É um cara que trabalha muito, não à toa tem 43 anos e tá atuando. Nos ajudou bastante.
O Vasco já contratou três zagueiros para a temporada 2025: Mauricio Lemos, Lucas Freitas e Lucas Oliveira. Perguntado sobre a briga por uma vaga na defesa, visto que é o mais jovem dos três reforços, Lucas Freitas destacou a própria trajetória até vestir a camisa cruz-maltina.
– Quando a gente chega no Vasco, a gente tem que mostrar. Eu, como todos os outros, tenho que fazer meu melhor e um bom trabalho para jogar. O time é gigante. Tô tranquilo quanto a isso. Para estar aqui hoje, precisei batalhar muito, e nada é em vão. (Precisei) abdicar de muito para me tornar um jogador do Vasco.
Lucas Freitas foi o primeiro reforço do Vasco acertado para a temporada de 2025. A negociação não teve dinheiro envolvido. O clube carioca fica com 50% dos direitos econômicos do atleta, e o Palmeiras permanece com o restante da porcentagem.
Outros tópicos da apresentação de Lucas Freitas:
Houve conversas sobre as falhas do Vasco em gols sofridos em 2024?
– O professor (Carille) é um cara que estuda bastante a linha de 4 também, a parte defensiva como um todo. Ele nos reuniu, mostrou números. É trabalhar para deixar o time mais tranquilo defensivamente. Com a qualidade que temos do meio para frente, vamos fazer gols. É construir um time sólido para o Vasco fazer um grande ano.
Retorno ao futebol carioca após base no Flamengo:
– Foram cinco anos longe do Rio, aprendi bastante durante todo esse tempo longe de casa. Momentos bons, momentos ruins fizeram eu crescer e me tornar quem sou hoje. No ano passado, fui pro Juventude com a expectativa de jogar desde o início, e acabou que não aconteceu da forma que eu queria. Continuei trabalhando, e graças a Deus terminei o ano como titular. Foi minha primeira oportunidade na Série A tendo uma sequência maior, fiz um bom trabalho.
Convívio com nomes experientes como Payet, Coutinho e Vegetti:
– Me surpreendi bastante, é um grupo muito, muito bom. De trabalho, de seres humanos. Me receberam super bem.
Experiência jogando como lateral:
– Eu nunca tinha feito isso (jogar de lateral). Até conversei com o Jair Ventura, na época, que foi o primeiro treinador que me colocou ali. É diferente para mim. Mas se for para ajudar o clube, tô disposto a fazer. Aprendi, consegui jogar alguns jogos ali e acredito que fui bem. Tô aqui pra ajudar o Vasco da melhor maneira possível.
O que trouxe de aprendizado do futebol europeu?
– A questão do futebol europeu é que a intensidade é muito alta, é diferente. Isso tem me ajudado bastante (no Brasil). Como falei, sou um zagueiro mais leve, de mais mobilidade. A velocidade é um dos meus pontos fortes.
Recuperação do Juventude e ambições no Vasco:
– Não acho que fui eu, sozinho, que resolvi o problema do Juventude. Quando o Fábio (Matias) chegou, ele arrumou, ajustamos os detalhes, e deu certo. Muito feliz por estar aqui hoje. Em relação a poder ajudar de lateral, vou dar meu melhor. Se o professor (Carille) optar… Não é minha função, mas estou aqui para ajudar o clube. Vou trabalhar muito e aprender. Piton é um grande jogador, e estou aprendendo diariamente com muita gente aqui. Temos quatro zagueiros, todos querendo jogar. É aprender, esperar se for para esperar. Vou dar o meu melhor para jogar.
Pressão de defender o Vasco:
– Por mais que eu tenha feito 24 anos, a gente começa muito novo. E a gente começa a aprender a lidar com a pressão de jogar em um time grande, do tamanho da torcida do Vasco. Muito feliz por estar aqui. (Quero) fazer dar certo e trabalhar bastante para ajudar o clube. Quanto menos gols tomarmos, mais chances de ganhar o jogo. É isso que estamos trabalhando bastante, para fechar mesmo e não tomar gol, ser uma das defesas menos vazadas.
Fonte: Globo Esporte