Lucas Oliveira é apresentado oficialmente pelo Vasco e exalta oportunidade
O zagueiro Lucas Oliveira, de 28 anos, vai vestir a camisa 28 e assinou contrato com o Vasco da Gama até dezembro de 2026.
O Vasco apresentou nesta terça-feira a contratação do zagueiro Lucas Oliveira, de 28 anos. O jogador vai vestir a camisa 28 e assinou contrato até dezembro de 2026. Ele vai suprir uma carência do setor, que já perdeu Maicon e Léo, que foram para Coritiba e Athletico-PR. Não titubeou ao tratar a oportunidade como o maior desafio de sua carreira.
– Eu considero que sim. Até por estar no Rio, perto da minha família, do meu filho, com responsabilidade maior ainda. Encaro o Vasco como maior desafio da minha vida. Espero corresponder, prometo muita dedicação, muito trabalho e dar a vida dentro do campo – afirmou o jogador.
A escolha do número foi uma referência ao nascimento do filho Matteo no fim do ano passado, no dia 29 de novembro.
– Primeira vez que vou usar a camisa 29, data do nascimento do meu filho, que nasceu agora. É um momento especial para mim estar no Vasco, escolhi estar aqui. Sei do peso da camisa do Vasco. Felipe e Pedrinho foram dois caras que me ajudaram, me direcionaram para onde eu poderia ir e o resto eles sabiam que com meu trabalho onde poderia chegar. Por coincidência, estão aqui no Vasco. Com trabalho e dedicação, pude chegar nesse nível de estar aqui hoje. Sou muito grato e espero corresponder – disse Lucas.
O defensor pertencia ao Cruzeiro e estava emprestado ao Kyoto Sanga, do Japão. O clube mineiro manterá 30% dos direitos econômicos do zagueiro, que chega sem custos a São Januário. O jogador demonstra confiança em sua chegada ao Vasco para corresponder em um sistema que foi um problema na temporada passada.
– Eu acho que o resumo disso tudo é a gente trabalhar e poder se dedicar ao máximo no setor defensivo. Acho que nossa equipe para defender não depende só dos quatro atrás e do goleiro. Depende do todo, e o professor já vem falando isso, que todos têm que participar sem bola. Carille é um dos especialistas de trabalhar esse sistema defensivo. Já vem agregando muito. E independentemente de quem estar aí, se é mais velho ou mais novo, a gente já está aprendendo muito – comentou o jogador.
Nascido no Rio de Janeiro, o zagueiro ganhou destaque com a camisa do Atlético-GO e atuou pelo clube goiano entre 2018 e 2021. No ano seguinte, foi contratado pelo Cruzeiro e foi titular na campanha do título da Série B daquele ano. Depois, ainda passou pelo Real Valladolid, da Espanha, até chegar por empréstimo ao time japonês.
Oliveira foi o terceiro reforço anunciado pelo Vasco na atual janela de transferências. Antes, a diretoria já havia confirmado as chegadas do volante Tchê Tchê e do goleiro Daniel Fuzato. O clube também já anunciou o zagueiro Lucas Freitas, ex-Juventude, e em breve fará o mesmo com Mauricio Lemos, ex-Atlético-MG.
A disputa por posição será intensa na zaga com a chegada dos reforços. Além dos três novos nomes, ainda há João Vitor, que permanece no elenco para 2025.
– Eu me considero um zagueiro mais técnico. Eu não sou muito de falar sobre minhas características, prefiro mostrar em campo. Cada jogo é um jogo. Às vezes, um jogo precisa de mais saída de bola, outros são mais pegados, tem sempre que estar se adaptando. Essa briga tem que subir o máximo possível no dia a dia para puxar um ao outro. Está chegando o Lemos, tem o João, que já conheço, o Freitas. Cada um tentando conquistar essa vaga já vai puxar um ao outro para cima. Isso só vai ajudar o Vasco – comentou Lucas Oliveira.
Em sua chegada ao clube, o novo reforço aproveitou para lembrar dois nomes que fizeram sucesso no passado: Dedé e Mauro Galvão.
– Sei do peso da camisa do Vasco, sei que passaram grandes jogadores, como Felipe e Pedrinho, mas tem outros que eu admirava, como o Dedé, que vi jogar, depois foi para o Cruzeiro. Gostava muito do estilo de jogo. Mesmo eu sendo um cara mais técnico, ele tinha as características que eu gostava. E outro cara que escutava muito meu pai falar, que era o Mauro Galvão, diferente na zaga. Foram dois caras assim que pelo meu pai falar e eu vi jogar. São esses dois caras que me trazem boas lembranças do Vasco – disse.
Outras respostas
Como prefere jogar
“Não tenho preferência de lado, já atuei também de volante, posição que me considero mais adaptado. Sei que tem uma pressão enorme em cima disso, mas a gente está começando um trabalho agora com professor novo, jogadores novos. É até clichê, mas tem que trabalhar, não pode ficar se apegando a isso, a gente sabe da responsabilidade, mas com o trabalho, a única coisa que pode fazer é trabalhar para melhorar. Quanto mais um mostrar no treino, o outro vai mostrar. Isso é o mais importante e o melhor para o Vasco”.
O técnico Pedrinho
“Na época (do Tigres), todo mundo achava que ele era auxiliar, mas o Felipe falou que ele era treinador. Período muito legal. Ele não só deu oportunidade para mim como para outros garotos que foram bem no dia. Ele tinha ótimas ideias de trabalho, pelo meu ver do futebol, treinos todo dia que eu estava ali. Todo dia aprende algo novo. Isso era o mais importante para mim. O treinador tem que estar ali ensinando todo dia uma coisa nova. Fora, que ainda eram resenha demais e deixavam o grupo leve, independentemente das dificuldades que a gente tinha por estar em clube pequeno do Rio, mas era bom para deixar a galera calejada”.
Jogar em um grande do Rio
“Quando eu estava no Tigres, eu só via os campeonatos brasileiros, A, B, C, e meu sonho era jogar um brasileiro, independentemente da série. E poder estar hoje tendo a oportunidade de vestir a camisa do Vasco, uma gratidão enorme, só minha família e Deus sabem o que está no meu coração. às vezes, até difícil de expressar. Considero a maior oportunidade da minha vida. Com trabalho é que vou poder demonstrar minha gratidão a todos”.
Desafio de ser pai
“Estou com um mês, não acompanhei a gravidez pois estava no Japão, mas de longe sei as dificuldades dela sozinha, com a mãe dela. Tudo muito novo para mim, mas ver aquele carinha pequenininho ali é uma coisa inexplicável, um amor muito grande que já tenho por ele, e espero que ele cresça com saúde e muita alegria”.
Objetivos
“Na Espanha, eu joguei bastante, no Japão, nem tanto. Meus objetivos batem com o do Vasco. Pode ser que seja um divisor de águas. Estou aqui para disputar em alto nível, e é o que o Vasco precisa hoje. Estamos aqui para brigar em todos os jogos, se fizer isso, vai estar brigando por algo maior. Vivo cada jogo de uma vez, se a gente ganhar um por vez, vai ganhando. Difícil ganhar todos, mas o pensamento tem que ser vencedor, que é isso que o Vasco merece”.
Carille
“Tive primeiro contato aqui, não tinha conversado. Cara extremamente simples, tranquilo, conversa com todo mundo. Tenta deixar tudo mais claro possível. E o grupo diferente, já me sinto bem aqui, parece que já estou há dois, três meses aqui. Grupo abraçou todo mundo que chegou. Assim, o trabalho até desenvolve mais rápido e a gente pode dar resultado mais rápido”.
Jogo-treino
“Me senti muito bem. Com o João Vitor, eu já tinha jogado com ele no Atlético-GO. Já se conhece um pouco e facilita bastante. Foi bom ali para a gente um jogo-treino. Um teste físico também para poder melhorar. Aos poucos, vai recuperando a força física”.
Parceria com João Vitor
“Já vinha falando com o João. Não sobre o Vasco, mas antes mesmo dando boa sorte para ele, para o Maicon, pois tinha amizade com ele do Cruzeiro. João, quando cheguei aqui, já falou que a rapaziada é boa, vai abraçar. E foi o que realmente aconteceu. Pessoal deixou bem à vontade, orientando quando tem que orientar”.
Amigos vascaínos
“Sou de Duque de Caxias, tenho amigos vascaínos. Já falaram “vem, mas vem preparado, se não vou dentro da sua casa, pego seu pai”. Falei “que isso cara, pegar meu pai”. Brincadeiras à parte, a gente sabe da responsabilidade, sei do peso que é essa camisa e espero corresponder”.
Fonte: Globo Esporte