Garotos têm atuação honesta e Paulinho e GB se destacam em estreia do Vasco no Carioca

O time do Vasco da Gama conseguiu abrir o placar, mas cansou no 2º tempo e deixou a vitória escapar diante do Nova Iguaçu.

Jogadores do Vasco comemorando gol de Paulinho
Jogadores do Vasco comemorando gol de Paulinho (Foto: Jorge Rodrigues/AGIF)

O Vasco deu o pontapé inicial no ano de 2025 neste sábado, com empate em 1 a 1 com o Nova Iguaçu pela primeira rodada do Campeonato Carioca. Enquanto o elenco principal segue em pré-temporada, o time formado por garotos da base e alguns jogadores que recentemente voltaram de empréstimo teve atuação honesta em São Januário.

Fábio Carille esteve em São Januário, da mesma forma que acompanha algumas atividades comandadas por Ramon Lima no CT Moacyr Barbosa. Desse time, poderão sair jogadores que serão aproveitados pelo treinador ao longo da temporada. Paulinho e GB, portanto, largaram na frente.

O lateral-direito de 19 anos e o atacante de 20 foram os melhores jogadores do Vasco no empate. Paulinho encontrou os atalhos e apareceu muito bem no ataque, característica que quem o acompanha na base já conhece muito bem. E GB foi o camisa 10, mostrou técnica e quase marcou dois bonitos gols.

Por outro lado, os três jogadores que voltaram de empréstimo e foram titulares neste sábado parecem não ter aproveitado essa primeira chance. Zé Gabriel, De Lucca e Serginho, que a princípio estão fora dos planos da comissão técnica de Carille, tiveram atuações de medianas para ruins – o atacante, justiça seja feita, por muito pouco não fez um gol de cabeça no segundo tempo.

Como foi o jogo

O time alternativo de Ramon Lima deu conta do recado na tarde deste sábado. Por muitas vezes, pareceu correr mais do que o adversário que iniciou a pré-temporada em novembro e foi ligeiramente melhor no primeiro tempo, embora tenha ido para o intervalo com menos posse de bola (48% contra 52%) e o mesmo número de finalizações (cinco).

A equipe teve dificuldade para trocar passes, deixou transparecer a falta de entrosamento, mas compensou no gás na marcação e agrediu o Nova Iguaçu verticalmente. Aos 11 minutos, o Vasco já tinha duas finalizações: uma com Paulinho fora da área, e a outra com Alegria, essa após boa jogada de GB pela direita. Foram esses os jogadores mais acionados no primeiro tempo.

Se o time encontrava o meio de campo congestionado, o melhor escape foi pela direita, onde Paulinho tinha liberdade para se atirar ao ataque, uma de suas características mais marcantes. O lateral-direito poderia ter caprichado mais nas tentativas de cruzamento, mas acabou tendo a boa atuação premiada pelo gol que abriu o placar em São Januário. Ele aproveitou o rebote dentro da área e marcou seu primeiro gol como profissional.

O Nova Iguaçu assustou em uma cobrança de falta de João Lucas, que raspou a trave do goleiro Pablo, e em cobranças de escanteio: foram oito só no primeiro tempo. Nos acréscimos, GB quase fez valer o ingresso com um voleio que arrancou suspiros da torcida. Passou muito perto.

Na segunda etapa, o Vasco cansou. A preparação mais longa do adversário fez a diferença, e o Nova Iguaçu passou a ganhar mais campo e incomodar com mais frequência. O time de Ramon baixou suas linhas definitivamente a partir dos 25 minutos e terminou a partida com 45% de posse de bola.

Nesse momento, as apresentações de Lyncon e Luiz Gustavo como dupla de zaga merecem destaque. Os zagueiros de 19 e 18 anos, respectivamente, mostraram segurança em campo, foram bem na bola aérea e não deram vide fácil para o ataque do Nova Iguaçu. Com a chance de haver uma vaga de zagueiro no elenco principal este ano, os dois largaram bem na disputa por ela.

GB, em um chutaço de fora da área, e Serginho, que obrigou o goleiro Maticolli a fazer grande defesa em cabeçada, poderiam perfeitamente ter aumentado a vantagem no placar. Mas foi o Nova Iguaçu que conseguiu marcar com Sidney, de cabeça. Os escanteios defensivos foram uma dor de cabeça para o Vasco, e o jovem goleiro Pablo de 21 mostrou-se inseguro para sair do gol em algumas ocasiões, como no lance do gol de empate.

– O que a gente sabia é que sofreria no segundo tempo, principalmente na parte física, que condiciona o técnico e o tático. A gente perdeu um pouco de pressão na frente e o Nova Iguaçu conseguiu empurrar a gente para trás. Mas ainda conseguimos competir com o Nova Iguaçu, o gol saiu em bola parada – reconheceu o técnico Ramon Lima na coletiva depois da partida.

– Com todo contexto adverso, os meninos competiram – resumiu.

Fonte: Globo Esporte

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