Pec cita o Vasco ao falar sobre sucesso na MLS e revela pedido de vascaínos

Cria do Vasco da Gama, o atacante Gabriel Pec vive grande momento no Galaxy e sonha com a final da MLS contra Messi.

Gabriel Pec com a camisa do Los Angeles Galaxy
Gabriel Pec com a camisa do Los Angeles Galaxy (Foto: Divulgação / LA Galaxy)

Sair do futebol brasileiro para uma primeira experiência fora, brilhar com a camisa de um dos times mais tradicionais dos Estados Unidos e ser premiado como estreante do ano, batendo uma lenda como Luis Suárez. Pode parecer um roteiro exagerado, mas aconteceu exatamente assim com Gabriel Pec. Morando em Los Angeles, capital do cinema internacional, o ex-jogador do Vasco vem vivendo grande momentos com a camisa do Galaxy e pode terminar sua primeira temporada no clube com o título da MLS.

O meia-atacante de 23 anos teve impacto imediato na chegada ao clube, que o comprou em janeiro deste ano: se tornou peça-chave da equipe e entregou, até agora, 17 gols e 18 assistências em 35 jogos na liga. Feitos que ele acredita terem sido possíveis graças ao aprendizado com a camisa do clube que o formou.

“Agradeço muito ao Vasco, porque ele criou aquela casca, sabe? A torcida muito grande, a pressão. Tem que estar sempre firme, todo jogo é o jogo da vida. Então, isso foi me calejando”. – Gabriel Pec, meia-atacante do LA Galaxy.

Pec chamou a atenção do Galaxy depois de uma temporada de destaque no Vasco. Revelado na base do clube e aproveitado entre os profissionais desde 2019, o jovem teve um salto nos números de gols em 2023, quando balançou as redes 14 vezes. Na temporada de estreia nos Estados Unidos, porém, melhorou as estatísticas: ao todo, já são 19 gols e 19 assistências em todas as competições. Uma média de participação de um gol por jogo. O jogador de 23 anos explica os motivos para o crescimento dos números.

– O que aprendi aqui, acho que foi mais sobre o ataque, porque aqui o nosso time trabalha muito com a bola. No Vasco, às vezes eu tinha que descer muito para ajudar na marcação, tinha uma obediência muito tática. Às vezes eu tinha que fazer linha de cinco, às vezes linha de seis lá atrás para ajudar o time. O Vasco me criou uma maturidade de marcar, de atacar e voltar. E aqui acho que eu desenvolvi mais o meu futebol alegre, que no Vasco às vezes eu não conseguia muito por por essa dedicação tática que eu tinha. E aqui eu consegui. Como falam, o futebol brasileiro, de drible, de ir para cima. E aí desenvolvi mais gols, mais assistências. O time me propôs mais atacar, ficar mais com a bola, tomar conta mais do jogo – explica, em entrevista ao ge.

Os gols e assistências ao longo da temporada regular da MLS renderam o prêmio de Contratação do Ano, recebido após uma eleição que teve como júri jogadores, membros de comissão técnica da MLS e a imprensa especializada. O brasileiro superou a concorrência de Luis Suárez, atacante que chegou ao Inter Miami nesta temporada para jogar ao lado de Messi. Ele recebeu, na média entre os três tipos de eleitores, 37,53% dos votos – Suárez ficou com 27,63%. O terceiro colocado foi Luca Orellano, que também é ex-jogador do Vasco e defendeu o Cincinnatti, com 12,53%.

– Eu lembro quando eu era criança, via o Suárez na televisão, naquele Barcelona, com Messi, Suárez, Neymar… Então, poder disputar um prêmio com Suárez e poder ganhar, não tenho nem palavras para isso. Além de disputar o campeonato onde ele está. Me sinto muito feliz e honrado de poder estar jogando ao lado desses grandes craques.

No primeiro ano em Los Angeles, Pec vem vivendo praticamente uma vida de cinema, que inclui o fato de morar em uma cidade que é sonho de vida para muitos. Gabriel, inclusive, conta que uma das primeiras empreitadas como turista na cidade foi ir até a famosa placa com o nome de Hollywood para tirar uma foto.

Um registro que ficou pendente foi ao lado de Lionel Messi, craque do Inter Miami, melhor equipe da fase regular da MLS. Pec encontrou o argentino logo na estreia na liga, mas não pediu uma foto ao astro por timidez. Agora aguarda uma nova oportunidade, que pode fechar o roteiro digno de Oscar: um outro encontro pode acontecer na final da MLS Cup, se o LA Galaxy for campeão da Conferência Oeste, e o Inter Miami vencer a Conferência Leste. E o brasileiro pode voltar ao Rio com uma foto com Messi e um troféu que o Galaxy não conquista há 10 anos.

– Confesso que se eu já tivesse há um tempo aqui, eu ia chegar no Messi e ia pedir a camisa dele, alguma coisa assim. Mas eu fiquei meio tímido. Quem sabe em uma final da MLS? Um Galaxy x Miami. Eu vou com certeza falar com ele e apertar a mão dele. Dar um abraço e até pedir para tirar uma foto depois do jogo – projeta.

Confira a entrevista com Gabriel Pec

ge: Você foi eleito como contratação do ano na MLS. Queria te perguntar como foi receber essa notícia logo na sua primeira temporada?

Gabriel Pec: – Ah, estou muito feliz. Primeiramente agradecer a Deus por esse prêmio, que é muito legal e eu fiquei sabendo que existia quando soube que estava disputando. Depois que comecei a entender. Antes era um grupo, aí depois ficamos só nós três. Ficamos eu, Suárez e o Luca Orellano, meu amigo, que jogou comigo lá no Vasco. Então nosso gestor me deu a notícia, fiquei muito feliz e agradeço a meus companheiros, todo o mundo, minha esposa também, que está comigo todos os dias aqui me incentivando.

Você bateu o Orellano e o Suárez, astro internacional. Isso deixa ainda mais especial esse prêmio?

– Sem dúvida. Depois que eu fiquei sabendo que quem votou foram os jogadores, as comissões técnicas, a imprensa, fiquei feliz, porque mostra o trabalho. E o Suárez… Eu lembro quando eu era criança, via o Suárez na televisão, naquele Barcelona, com Messi, Suárez, Neymar… Então, poder disputar um prêmio com Suárez e poder ganhar, não tenho nem palavras para isso. Além de disputar o campeonato onde ele está. Me sinto muito feliz e honrado de poder estar jogando ao lado desses grandes craques.

Você ainda é muito jovem, mas já chegou aí tendo um impacto muito grande. Você esperava que logo na sua primeira temporada fora do Brasil você já conseguisse ter um desempenho tão bom?

– Realmente é um desempenho que não esperava que seria tão bom assim. Quando eu cheguei, tive a adaptação demorou um pouquinho porque foi a minha primeira mudança, né? Eu saí do Brasil e vim para cá. Eu estava muito ansioso, porque a minha data do casamento também já estava marcada, e aí não consegui render tanto. O campo aqui também era rápido, a bola.

– Joguei uns três jogos antes de voltar pro Brasil pra casar e ainda estava me adaptando. Eu fiquei até meio chateado. Pensava “Caraca, eles depositaram uma confiança muito grande em mim, no meu futebol, e ainda não consegui render nesses três jogos. Mas aí eu fui tranquilo, voltei tranquilo, casado, com a cabeça boa e focado no futebol. E aí eu consegui começar a desenvolver junto com os meus companheiros. E graças a Deus fiz um grande ano. E espero terminar com chave de ouro com o título.

E quais foram os principais fatores para você conseguir encaixar na temporada de estreia?

– São diversos fatores, mas para mim o principal e o primordial é sempre ter uma vida contínua com Deus, onde busco o Senhor em primeiro lugar. E aí se torna mais leve, porque entendo que tudo que faço dentro de campo é para glorificar e exaltar o nome do Senhor. Então eu vou para os jogos feliz, sem pressão, sem nada. E também a ajuda da minha esposa, que todos os dias que está aqui comigo me incentivando a ser um homem melhor, um jogador melhor, a continuar sempre buscando o melhor nível que eu possa entregar. É fundamental também o treinamento e o entrosamento com meus companheiros. É tudo muito novo, hoje eu jogo com mexicano, uruguaio, ganês, japonês… É legal, uma experiência nova. Mas a gente conseguiu se encaixar bem rápido.

Como você acha que a primeira temporada fora do país serviu para o seu desenvolvimento, quanto ao que ainda não tinha desenvolvido no Brasil?

– Creio que o jogador está sempre em constante evolução. Ano após ano eu creio que eu fui evoluindo no Vasco. Agradeço muito ao Vasco, porque ele criou aquela casca, sabe? A torcida muito grande, a pressão. Tem que estar sempre firme, todo jogo é o jogo da vida. Então, isso foi me calejando. E eu dei esse passo aqui para MLS, eu sabia que ia ser um passo muito importante, o meu primeiro passo, um clube muito grande aqui também. Então, fiquei muito feliz porque o carinho e confiança que eu criei ali dentro do Vasco, eu consegui trazer para fora. O clube depositou confiança em mim, no meu futebol, e isso me deu uma certeza muito grande de ter vindo para cá.

– Acho que eu ainda tenho muito a desenvolver e eu estou trabalhando cada dia mais firme para poder atingir sempre o meu melhor momento, minha melhor versão como atleta. E o que aprendi aqui, acho que foi mais sobre o ataque, porque aqui o nosso time trabalha muito com a bola. No Vasco, às vezes eu tinha que descer muito para ajudar na marcação, tinha uma obediência tática. Às vezes eu tinha que fazer linha de cinco, às vezes linha de seis lá atrás para ajudar o time. O Vasco me criou uma maturidade de marcar, de atacar e voltar. E aqui acho que eu desenvolvi mais o meu futebol alegre, que no Vasco às vezes eu não conseguia muito por por essa dedicação tática que eu tinha. E aqui eu consegui. Como falam, o futebol brasileiro, de drible, de ir para cima. E aí desenvolvi mais gols, mais assistências. O time me propôs mais atacar, ficar mais com a bola, tomar conta mais do jogo.

Você jogava em um time muito tradicional, com enorme torcida, e agora foi jogar Galaxy, que dentro do cenário dos Estados Unidos também tem tradição. O que é semelhante, e o que é diferente? Tem cobrança também?

– A grande diferença eu acho que aqui é a torcida. No Brasil a torcida é mais calorosa, está ali em cima, acompanhando nas redes sociais, falando o tempo todo no jogo, cantando. A nossa torcida aqui é uma torcida muito top, incrível. Só que eu acho que quando acaba a partida acabou, sabe? No estádio eles cantam os 90 minutos, e isso é muito legal, só que a partir do momento que acabou o jogo, na rua é diferente. Às vezes eu ando na rua, uma vez ou outra assim, que sou reconhecido e tal. No Brasil já é diferente, a torcida, até de outros clubes, já vem, fala contigo. A grande diferença foi esse calor da torcida. Mas aqui também é muito legal, os campos, a estrutura muito boa.

E tem o lado bom e o lado ruim dessa coisa do calor da torcida, né?

– É, é diferente. Eu jogava no Vasco, e o Vasco é muito grande, tem torcida no Brasil inteiro. Onde eu ia tinha um torcedor vascaíno. Aqui tem torcedores do Galaxy, mas eles te respeitam de uma forma de entender que eu tenho um lado pessoal. Uma vez teve um encontro aqui com os fãs, e uma disse “Tinha te visto no supermercado, mas não quis te incomodar porque sabia que ia vir aqui e ia pedir foto”. Aí pensei: “No Brasil a galera não quer nem saber, eles já chegam, falam” (risos). Aqui eles têm esse lado de entender o ser humano, “Ah, ele está ali no mercado comprando coisas para a casa dele, não vou interromper”.

E como você avalia a questão da liga no geral? Porque muita gente analisa que não seria tão forte assim, mas como é para quem joga?

– Às vezes eu vejo esses comentários também, mas eu acho que as pessoas falam mais pelo que não sabem. Mas a gente que está aqui, que está vivendo aqui a MLS, vê que é uma liga muito competente, que eu vejo que vai crescer muito e daqui a pouco vai se expandir. Muitos jogadores vão querer vir para cá. Já estão querendo vir. Na minha opinião, o melhor do mundo está aqui, que é o Lionel Messi. É uma liga que você pode olhar com bons olhos, e acho que todos estão vendo que a liga vem crescendo.

A gente vê a estrutura da liga, e taticamente vem evoluindo, os jogos são difíceis. Claro que tem uma diferença para o Brasil, que às vezes é o jogo 2 a 1, 2 a 0, de vez em quando tem uma goleada. Aqui às vezes o jogo abre muito, e a equipe que está preparada para sair no contra-ataque realmente consegue ter uma vantagem.

E o que você acha que houve de dificuldade na sua chegada? A adaptação ao país, a questão da língua?

– Quando eu cheguei a minha dificuldade foi o campo, que é curtinho, muito rápido, a grama sempre muito molhada e curta. A bola vinha mais rápido. E aí tem o domínio, jeito de dominar, de chutar. Aqui eles recebem muito no espaço, em vez de no pé, e às vezes eu gostava mais de receber a bola no pé. Fui aprendendo, evoluindo, fui vendo como os jogadores de trás já me olham. Eles não me procuram no pé, eles já me procuram no espaço. Então eu já olho pra eles e vou pro espaço que eu sei que a bola vai chegar. Então, foi uma adaptação que eu acho normal de todo o jogador. Fui entrosando, ganhando minha confiança.

E também a questão da língua. No meu time tem alguns espanhóis, e aí é mais similar, dá para entender um pouco se falarem devagar. Mas o inglês ainda está um pouco complicado aqui para mim. Mas eu tenho um amigo lá, o Juninho, que o clube disponibilizou, que me ajuda, ele traduz. E está sendo muito importante para o meu desenvolvimento. E graças a Deus eu estou em um lugar maravilhoso, que é Los Angeles. Nunca imaginei que eu ia falar que moro em Los Angeles, um lugar top, que eu só via nos filmes. Estou muito feliz por estar morando aqui. É um clima parecido com o Rio, com o Brasil. Tem praia, tem tudo. Acho que Deus foi perfeito, preparou tudo.

Eu ia sobre Los Angeles… Para muita gente é um sonho de vida. E tem a questão de ter muitos latinos, com a paixão pelo futebol. Dá para sentir isso?

– Isso é realmente um fato interessante, por ter muitos latinos aqui, e eles são bem fanáticos também pelo futebol, tanto que nossos jogos todos estão lotados. E sobre morar em Los Angeles, eu nunca imaginei.

“Eu fico até meio com vergonha de falar, para não acharem que sou marrento ou alguma coisa (risos). Porque quando você fala que mora em Los Angeles, já falam “Caraca, Los Angeles!”. É muito legal tem Hollywood aqui, aquela placa que eu só via em filme. A primeira coisa que eu fiz foi lá ver de perto, conhecer, tirar foto (risos). E tem outros lugares. Os astros do cinema mundial vivem todos aqui. Então eu nem tenho palavras, parece que eu estou vivendo um sonho”. – Gabriel Pec, sobre morar em Los Angeles.

Já cruzou com algumas celebridades por aí?

– Eu cruzei com celebridades do Brasil, que vieram para cá. Ronaldinho e Kaká, que eu fui em um evento, entreguei uma camisa para eles. Foi um momento que eu vou guardar na minha vida. Porque o Kaká eu tenho ele como inspiração também por ser cristão, ter sido um jogador exemplar dentro e fora de campo. E o Ronaldinho Gaúcho também, não tem nem o que falar, né? O cara foi um dos melhores, é um ídolo de todos os brasileiros. E às vezes a gente está aqui e do nada tem uma estreia de um filme top, com atores top, e você é convidado para ir, com tapete vermelho e. tudo. Então, aqui você vive uma vida do futebol, mas também uma vida fora que você nem imagina.

Dá para dizer que você está vivendo uma vida de cinema aí?

– É (risos). Pode-se dizer que sim, uma vida de cinema. É realmente muito legal. Agradeço muito a Deus por isso.

E sobre as grandes celebridades, como foi quando enfrentou o Messi? Conseguiu ter algum tipo de contato?

– Eu estava ansioso, foi minha estreia. Então, ainda estava um pouco tímido. Mas eu não parava de olhar para ele o tempo inteiro, nem acreditei que eu ia jogar contra o Messi. Só via no videogame, vi na televisão a vida todo, muito pequeno. E assim que eu descobri que a estreia era contra o Inter Miami, eu fiquei louco. Quando eu vi Messi, Suárez, Busquets… Teve um lance, eu e Busquets, que foi legal, ele me deu a mão assim para levantar…

– Foi um momento de realização de um sonho. Confesso que se eu já tivesse há um tempo aqui, eu ia chegar no Messi e ia pedir a camisa dele, alguma coisa assim. Mas eu fiquei meio tímido. Quem sabe em uma final da MLS? Um Galaxy x Miami. Eu vou com certeza falar com ele e apertar a mão dele. Dar um abraço e até pedir para tirar uma foto depois do jogo.

Falando sobre isso, o Galaxy está com 10 anos de jejum na MLS. Acredita que de repente vocês conseguem ser campeões e bater de frente com o Inter Miami, melhor time da fase regular?

– A gente está bem focado, com os pés no chão e humildade, porque a gente sabe que ainda tem a semifinal e a final da nossa conferência. Mas a gente está bem otimista, porque a gente sabe a equipe que tem. Os jogadores estão bem felizes, com confiança lá em cima. Que a gente possa ir forte na semi, na final da nossa conferência para acabar com esse jejum aí de 10 anos. E se for para ser contra o Inter Miami, contra o Messi, vai ser maravilhoso, vai ser incrível. Um sonho.

Como tem sido essa parceria com o Marco Reus? Tem sido boa?

– Eu costumo dizer que todos os craques do futebol mundial são grandes exemplos, de humildade em tudo. Reus desde que chegou, chegou querendo só juntar mais o grupo, ficar mais firme com todo o mundo. Ele brinca comigo às vezes. Ainda tem um pouco da dificuldade, porque ele fala inglês, e eu ainda não falo tanto, mas sempre que dá a gente brinca um pouco, ele me abraça, a gente zoa. Ele é um ser humano incrível, muito legal, muito humilde e de grupo.

– Muito feliz de poder estar tendo o prazer de jogar ao lado de um craque que fez história aí no futebol mundial, bem dentro de campo também. Um jogador muito técnico, muito inteligente. Eu fico olhando ele também no treino, nos jogos… O refino que ele tem com a bola, a calma que ele tem para dar o passe, ver o jogo, para fazer as jogadas. Aprendo muito com ele. E ele também me dá alguns conselhos para evoluir, onde eu tenho que correr, onde eu tenho que ir.

Esse seu bom desempenho também ajudou o Vasco de certa forma, rende um dinheiro para o clube com os gols. Se sente feliz de poder ajudar, mesmo que pontualmente, até de longe?

– Fico feliz, pois além de eu poder ter ajudado com a venda, ainda continuo ajudando. Isso para mim não tem preço. Eu que cheguei no clube com 8 anos de idade, saí com 23 anos. Foram 15 anos aí de vivência. Estudei lá dentro do clube, almoçava e jantava dentro do clube. Isso é uma forma, eu acho, de retribuir o que o clube me deu, a estrutura, os funcionários. Fico muito feliz de hoje, depois de ter saído do clube, ainda continuar ajudando. E pretendo ajudar muito mais fazendo gols.

Você continua acompanhando o Vasco como dá? E ainda recebe carinho da galera nas redes sociais?

– Sempre quando dá eu assisto os jogos. Tem a diferença de horário, mas para mim é melhor, porque é mais cedo aqui. Acompanho quase todos e fico muito feliz porque eu ainda recebo muito carinho da torcida vascaína. Toda vez que eu que eu faço alguma coisa ou o Galaxy mesmo posta, eu vou ver alguns comentários, são todos brasileiros, torcedores do Vasco falando que sou cria da Colina, pedindo para eu voltar. Muitos me mandam mensagem, me mencionam pedindo para eu voltar para o Vasco.

“Fico feliz de receber esse carinho por parte da torcida, porque foi algo que eu busquei sempre quando estive lá. Eu cresci lá dentro, me formei como homem e como jogador. E sempre busquei isso. Eu fui muito criticado no início, mas eu creio que em 2023 eu consegui meio que fazer as pazes com a torcida. E agora eu continuo com esse carinho, mesmo de longe eu eu recebo muito carinho da torcida vascaína e isso me deixa muito feliz”. – Gabriel Pec, sobre carinho da torcida do Vasco

Falando de planos futuros, sabemos que é sua primeira temporada no Galaxy, mas a MLS nos últimos anos se caracterizou por ser às vezes um trampolim para jovens jogadores irem para a Europa. Cultiva esse sonho de um dia jogar na Europa e de repente chegar à seleção brasileira?

– Realmente a MLS é um grande trampolim. Eu acho que no futebol hoje, onde você está, você está sendo visto. E a MLS vem crescendo cada vez mais. Eu tenho um sonho de jogar na Europa, o sonho de jogar a Champions League e, claro, chegar à seleção brasileira. Acho que é um sonho de toda criança, né? Além de ser jogador de futebol, chegar na seleção brasileira. Eu estou trabalhando firme, sempre com os pés no chão. Mas eu sei que no tempo certo todas as coisas vão acontecer. Sei que o meu momento vai chegar, de ir para a Europa, de ir para a seleção brasileira. Enquanto isso, eu tenho que só continuar trabalhando e dando o meu melhor onde eu estou agora.

Para fechar, quais os planos para os próximos meses: jogar esses jogos decisivos, talvez uma final, e aproveitar as férias?

– Agora a gente vai ter uma folga. Eu vou dar um passeio aqui com a minha esposa para dar uma relaxada, e quando voltar, é foco total na semifinal e na final da conferência. E logo depois, pode ter certeza que eu já estou pegando um avião para voltar para o Brasil, para ficar com a nossa família, matar a saudade. Mas agora estou 100% focado aqui, com um desejo muito grande de ser campeão, acabar com esse jejum junto com meus companheiros. Estou otimista e quero chegar no Brasil com esse título e comemorar nas férias.

Fonte: Globo Esporte

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