Rafael Paiva analisa derrota do Vasco contra o Botafogo; veja a entrevista coletiva

O técnico Rafael Paiva pediu desculpas após derrota do Vasco da Gama para o Botafogo, pelo placar de 3x0, no Nilton Santos.

Rafael Paiva, técnico do Vasco
Rafael Paiva, técnico do Vasco (Foto: André Durão)

Técnico do Vasco, Rafael Paiva pediu desculpas depois de perder por 3 a 0 no clássico contra o Botafogo na noite desta terça-feira, no Estádio Nilton Santos, em jogo válido pela 32ª rodada do Brasileirão. Para o treinador, em jogos como esse a equipe precisa “competir mais”.

O Vasco sofreu dois gols com apenas 10 minutos de partida. O terceiro gol, marcado por Junior Santos, saiu aos 25 minutos da segunda etapa.

“A gente tem que pedir desculpa pelo resultado. Não é o que a gente gostaria mesmo sendo contra o líder do campeonato. A gente sabe que é clássico, e clássico a gente tem que competir mais”, afirmou o treinador do Vasco.

– Os 15 primeiros minutos comprometeram nosso jogo. A gente errou porque tomou dois gols e ficou no limite do erro. O segundo gol, a gente errou em uma jogada que tentou construir. O primeiro tempo, a gente não se encontrou. Ainda acho que a gente poderia ter feito um gol para entrar no jogo. A postura seria diferente. No segundo tempo, a gente se defendeu bem. A gente lutou, teve hombridade. A gente tentou. Longe do resultado e performance que a gente gostaria, mas continuamos vivos. O Bahia perdeu também. A gente precisa dar resposta – completou.

Paiva também foi perguntado sobre a desatenção do Vasco no início da partida e se o fato de o time estar no meio da tabela, longe da briga pelo título e distante da zona de rebaixamento, contribuiu para isso.

– A gente precisa conversar com os atletas. Esse sentimento não pode virar relaxamento. A gente joga com a corda no pescoço o tempo todo. Tem que ter um nível de atenção alto. A gente tem objetivos importantes. A gente precisa buscar uma Sul-Americana, Libertadores. Foi mais um problema diante de vários – garantiu.

No clássico, João Victor foi expulso com o segundo cartão amarelo aos 44 minutos do primeiro tempo, quando o Botafogo já vencia por 2 a 0. Paiva acredita que o vermelho para o zagueiro acabou com qualquer chance de reação.

– Sempre que pegamos essas equipes, a gente conseguiu competir muito bem, pelo menos a grande maioria dos jogos. Era isso que a gente esperava hoje, um nível de competitividade alto. A gente sabia que ia ser muito difícil colocar a bola no chão, quebrar a pressão. A gente trabalhou para tentar jogar, mas a pressão do Botafogo no início foi muito forte. A gente teve que optar por bolas mais direcionadas, mas a gente não esperava tomar os dois gols. A gente tomou muito rápido, a transição do Botafogo é muito forte, a gente já sabia. E aí o jogo sai completamente do contexto que você trabalha – avaliou.

– Ainda acho que, depois dos dois gols, a gente teve uma ou duas chances ali. Com um gol, a gente poderia entrar no jogo. Essa foi a nossa crítica no intervalo, da gente acreditar. Só que o sentimento ali era de que, em alguns momentos, a gente estava muito desorganizado, principalmente o centro. A gente não conseguia neutralizar a transição do Botafogo porque a gente saia com muito jogador passando da linha da bola. A gente demorou muito para organizar, mesmo assim perdemos duas chances. Aí a expulsão sai completamente do contexto. Com 2 a 0, um jogador a menos, contra o líder da competição, a fase que o Botafogo está, jogando muito bem. Sai completamente do contexto. A gente que se defender mais, foi essa a proposta no segundo tempo – concluiu.

Leia mais sobre a entrevista coletiva de Rafael Paiva

Ausência de Emerson Rodríguez

– O Emerson teve um problema familiar no domingo, era um treino muito importante para a gente, onde a gente ia decidir a equipe. Institucionalmente o Vasco optou por não relacionar o jogador, a gente tem que mostrar nesses momentos que a gente acredita no grupo que tem. No profissionalismo, isso é muito importante. O Jean é um jogador experiente, que tem muitos anos de uma Liga Mexicana, que é um bom campeonato. Ele foi sacrificado quando a gente perdeu um jogador, a gente teve dificuldade de jogar, mesmo assim ele teve alguns lances. Mas a ideia do Jean era tentar ter posse de bola, tentar transitar com um jogador que passa muito bem, mas a gente não conseguiu encaixar esse jogo.

Por que não tirou o Vegetti antes?

– No intervalo, o Vegetti decide numa bola aérea ou parada e a gente precisava ver como o time ia se comportar, então optamos por deixar o Vegetti. Mas ele foi bem neutralizado. Encaixaram a marcação nele, que não conseguiu chegar. A gente não conseguir chegar pelo lado. A gente sabia que o Rayan e o Alegria dariam características diferente, mas são meninos, com jogador a menos, placar adverso. Conseguimos escapar algumas vezes, mas a transição do Botafogo é muito forte e eles conseguiram fazer o terceiro gol. A ideia foi neutralizar o ímpeto do Botafogo no segundo tempo e tentar um gol.

Condição física dos jogadores e de Coutinho

– O campeonato é pesado para todos. No Botafogo, jogadores saíram porque não aguentaram. É um campeonato em que você não consegue respirar. O Coutinho, a gente tem que ter paciência, é um jogador que sofreu muito na carreira. Teve lesões importantes que tiraram ele de situações importante. Precisamos ter cuidado com ele. Quando está bem, ajudou, tem gol aqui, é um jogador diferente, uma referência técnica. A gente não pode ultrapassar o limite do corpo dele. Precisamos respeitar. A gente tem um excesso de preocupação, porque não podemos lesioná-lo. Ele pegou jogos pesados, duas vezes seguidas na chuva. Acredito que nosso setor de performance é muito profissional, conseguimos levar a competição. Os jogadores que estão no DM a grande maioria foi por trauma e não muscular. A estrutura do Vasco é muito boa, o calendário é muito difícil. O nível de jogo é muito alto, os jogadores que vêm de fora tem muita dificuldade de jogar. Lógico que a gente gostaria de jogos com mais qualidade técnica. Acredito no setor do Vasco e estamos levando muito bem.

Gols cedo e expulsão

– O jogo saiu demais do contexto. Tomar dois gols rápidos te leva para situações muito difíceis, direciona para muito fora do contexto real. A gente entrou mal, mesmo assim, você consegue defender. Se você não toma gol. Daqui a pouco, passa 15 minutos e você entra no jogo, mas hoje tomamos dois gols. Sai completamente do contexto. Precisa ter tranquilidade para jogar. Aqui o campo deixa o jogo rápido. Eles pressionaram bem nossos meias. A gente sabia que em algum momento ia conseguir um drible e abrir espaço para transitar. Mas a gente joga com a pressão do 2 a 0. O jogo não encaixou. Se a gente faz um gol nas duas oportunidades, talvez o jogo fosse outro. A expulsão tirou praticamente a chance de um empate. Não pode oscilar ou errar no campeonato brasileiro. É um jogo que traz poucas coisas positivas. A gente tem que apagar isso.

Assista à entrevista

Entrevista coletiva de Rafael Paiva (Foto: Vasco TV)

Fonte: Globo Esporte

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