Entrada do esquecido Rossi é símbolo da queda do Vasco da Copa do Brasil

O técnico do Vasco da Gama, Rafael Paiva, 'renasceu' o esquecido Rossi na reta final do jogo da queda da Copa do Brasil.

Rossi em jogo contra o Juventude
Rossi em jogo contra o Juventude (Foto: Luiz Erbes/AGIF)

O Vasco da Fama está fora da Copa do Mundo com o empate em 1 a 1 com o Atlético-MG, em São Januário, após a derrota por 2 a 1 na Arena MRV. Houve luta, dedicação e apoio da torcida, mas no fim prevaleceu o elenco com mais capacidade técnica.

Mas se engana quem pensa que por aqui o foco será esse. É evidente que a equipe mineira era mais qualificada e o Gigante, além de suas limitações no plantel, ainda colecionava desfalques que poderiam fazer a diferença como Paulinho, Jair e Adson.

Entretanto, principalmente as ausências dos dois primeiros citados passava longe de ser uma novidade já que estão lesionados desde janeiro. Reforçar o grupo era um apelo da torcida na janela do segundo semestre, mas o Vasco pecou, para variar, nas contratações.

Jean David não mostrou a que veio e sequer foi utilizado no jogo decisivo, o mesmo caso de Maxime Dominguez, suíço que custou R$ 10 milhões, e nem tem jogado praticamente. Contratou para quê, Pedrinho e Marcelo Sant’Ana? Não faz o menor sentido.

Entre os reforços recentes, Emerson Rodríguez e Philippe Coutinho jogaram, sendo que o primeiro, limitado tecnicamente, ajudou taticamente, enquanto o segundo, muito qualificado na técnica, teve mais uma atuação apagada. O banco de reservas do Cruzmaltino tinha pouco a entregar.

Rayan, Juan Sforza, Leandrinho, Dimitri Payet entraram na segunda etapa e em quase nada agregaram. Na verdade, a qualidade do jogo vascaíno caiu bastante a partir disso. Porém, a substituição que simbolizou a eliminação vascaína mesmo foi a entrada de Rossi no lugar de Mateus Carvalho.

Rossi? Do nada?

Mais que um ato de desespero de Rafael Paiva, que colocou um atacante na vaga de um volante, Rossi voltar a ser utilizado explica muito o problema no elenco vascaíno. O técnico colocou em campo um atleta que sequer vinha sendo relacionado, somava três meses sem jogar e parecia fora dos planos.

O atacante tem contrato somente até dezembro deste ano e, após tentativas frustradas de negociação, permaneceu para cumprir o restante do tempo de vínculo. Em entrevista coletiva após a partida, o comandante explicou que o colocou em campo para explorar cruzamentos na área.

— Rossi é jogador de lado que melhor cruza. Precisava colocar bola na área. Precisava de quem chegasse pelo lado e cruzasse com a perna boa, e ter um meio com Coutinho e Payet – disse Paiva.

Mesmo assim, é impossível não causar estranheza um atleta que não vinha como opção se tornar solução assim, afinal o Vasco já precisou de jogador com bom cruzamento em outras ocasiões, principalmente porque o jogo aéreo é uma arma mortal com Pablo Vegetti na área.

Jean David não seria capaz de fazer isso? Maxime Dominguez também não? Soa como um atestado de incompetência do departamento de futebol. Bom, o que resta agora é focar totalmente em fazer uma reta final de Campeonato Brasileiro digna, somando os pontos necessários para não correr risco de ser rebaixado, além de beliscar vaga na Sul-Americana de 2025.

2 comentários
  • Responder

    Acreditar q Rossi resolveria alguma coisa, é um sinal de total incompetência. Aliás depois q foi efetivado esse treinador só errou. Mas o maior de todos os erros foi não contratar um zagueiro. Com palavra Pedrinho.

  • Responder

    O treinador esqueceu que o Rossi não tem perna boa.
    Além de sair correndo, ele chuta a bola para a área, ele não cruza.
    É um jogador destro que não consegue chutar com a esquerda mas tem duas pernas esquerdas.
    Será que nem um outro jogador consegue cruzar?

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