Rafael Paiva analisa derrota do Vasco contra o Palmeiras; veja a entrevista coletiva

Rafael Paiva avaliou o desempenho do Vasco da Gama e saiu em defesa do atacante Rayan na derrota para o Palmeiras.

Rafael Paiva em entrevista coletiva
Rafael Paiva em entrevista coletiva

O Vasco foi derrotado pelo Palmeiras neste domingo, por 1 a 0, em partida que quebrou o recorde de público no Brasil em 2024. Flaco López marcou o gol do clube paulista após falha do jovem Rayan em passe na defesa, dando bola de graça ao atacante alviverde. Em entrevista coletiva no Mané Garrincha, o técnico Rafael Paiva definiu o erro como “pesado”, mas incentivou o jogador de 18 anos.

– Fica mais uma vez, como eu tenho falado, a nossa capacidade de jogar contra qualquer equipe no Brasileirão. Fizemos um jogo parelho, conseguimos empurrar o Palmeiras para trás no segundo tempo, criamos oportunidades. E um erro que acho que poderia mudar bastante o que seria o jogo, o lance do Pênalti. Estamos buscando evoluir a nossa equipe, tentando jogar contra todos. Falamos muito entre nós que tínhamos que jogar, buscar o gol, coloca a bola no chão – disse Paiva, acrescentando:

– Foi nesse momento que a gente errou, o Rayan teve um erro que faz parte do processo. Jogador jovem, teve erro há pouco tempo atrás. Sabemos como é pesado para ele, mas acho que o que tem que ficar é como reagimos enquanto equipe a mais um erro individual. E o quanto o Vasco lutou até o fim para buscar um resultado melhor aqui. Tem que ficar o quanto estamos conseguindo competir contra essas equipes grandes, e não tenho dúvida que a curto prazo vamos conseguir buscar as vitórias contra esse nível de equipe.

Perguntado sobre a possibilidade de ter Payet e Coutinho juntos em campo, Paiva apontou a existência de um processo para dar mais minutos ao camisa 11. O treinador também apontou um risco de sofrimento ao Vasco com os dois atuando de forma simultânea.

– Acho que o Coutinho hoje já entrou com uma minutagem um pouco mais alta, fez um grande jogo. Ele pensa diferente dos jogadores, tem uma capacidade técnica e interpretativa absurda. Ele tá se sentindo confiante. Em primeiro lugar, o plano é mantê-lo na maior sequência possível de jogos sem perdê-lo. Independentemente se vai começar ou não, o Coutinho tem que estar no jogo. Não podemos perder o Coutinho na relação dos 23. É o processo, a gente tem que perceber o que tá acontecendo, como a nossa equipe tá reagindo. Os dois juntos vão dar uma qualidade técnica absurda, mas o jogo também tem a fase defensiva, as transições. A gente pode sofrer muito com os dois juntos. O primeiro objetivo é manter o Coutinho pelo máximo de tempo possível, até ele aguentar próximo de um jogo todo. Para depois tomarmos essa decisão, na frente, se dá para iniciar com os dois ou não.

Com a derrota, o Vasco cai para a décima posição da tabela com os mesmos 35 pontos. Na próxima rodada do Brasileirão, o clube carioca vai ao Mineirão para enfrentar o Cruzeiro, no domingo.

Outros tópicos da entrevista de Paiva:

Mando de campo em Brasília e diferença para São Januário:

– Não tenho dúvida nenhuma que não há lugar melhor para o Vasco jogar do que em São Januário. É um caldeirão, uma atmosfera completamente diferente que não conseguimos ter em nenhum outro lugar. Jogar em São Januário é um peso muito grande para nós, a torcida nos empurra demais. Lá, temos certeza que é algo que nos deixa mais forte. Mas temos que colocar aqui que a torcida nos empurrou bastante (em Brasília), um estádio que tem a sua história. Claro que é um estádio neutro, ingressos divididos. Não temos dúvidas que somos muito mais fortes em São Januário.

Manutenção de Léo na zaga com retorno de João Victor:

– Eu acredito que a gente tem três zagueiros de nível muito bom. Nossa dupla sendo Maicon e Léo, João e Maicon, João e Léo… Somos muito fortes. É um setor em que sempre fomos muito criticados, e sinto que conseguimos equilibrar muito bem a defesa. Hoje eu sinto que a gente defende muito melhor, é muito mais firme defensivamente, equilibrado independente da dupla que joga. A gente tem muita qualidade no elenco. Léo e Maicon vieram de dois jogos muito difíceis, em que a gente se portou muito bem defensivamente. Queremos tentar manter essa competitividade interna. Ainda temos também o Rojas, que é um jogador muito experiente, meninos da base como Lyncon e Luiz (Gustavo). Acho sim que a gente tá bem servido de zagueiros. Vamos manter a disputa viva pra termos mais jogadores do nível satisfatório, e conseguirmos rodar esse fim de ano sempre com qualidade alta, independentemente de quem jogue.

Insistência em Rayan e outros da base:

– Eu acho que os jogadores da base, a gente passa para eles que a partir do momento em que eles pisam no profissional, eles têm que ser cobrados como profissionais. O Rayan já está acostumado com esse ambiente. É um jogador que tem experiência, é um jogador que tem muita capacidade física, é potente, tem finalização muito forte. A gente viu que ele evoluiu. Hoje ele foi infeliz mais uma vez com um erro, um erro que neste nível de jogo custa muito caro. Custou a nossa derrota. Ele tem que ser cobrado igual a qualquer um do profissional. Ele tem capacidade técnica, tática, física para suportar o jogo do profissional. Por isso ele é selecionado. O Vasco é quem mais coloca sub-20 no Brasileiro, o Vasco está em primeiro lugar em minutagem. A gente tem que ter paciência. São jogadores que têm potencial muito grande, mas falta um pouco de experiência. Um pouco de bagagem. Às vezes interpretar o que está acontecendo mais rápido. A gente gostaria que eles errassem menos. Mas a gente tem consciência de que isso vai acontecer e a gente vai continuar apostando nos jogadores da base. Ali tem muito talento e ainda vai dar muita alegria.

Como vê o campeonato do Vasco e projeções de Libertadores?

– Se a gente vence o jogo de hoje, a gente fica a quatro pontos do Bahia, com um jogo a menos. A gente tá enxergando a parte de cima, mas é um campeonato cruel. Não podemos tirar o olho da parte de baixo porque é muito competitivo, as equipes oscilam muito durante a competição. Temos que buscar as vitórias, não tem muito o que fazer. A gente vinha de seis jogos de invencibilidade no Brasileiro, então é importante a gente pontuar o tempo todo. Só que a gente sabe que em algum nível de campeonato vai ter derrota. Temos que dar resposta já no próximo jogo, partida difícil contra o Cruzeiro.

Estreia de Maxime Dominguez:

– O Maxime a gente queria colocar numa situação melhor, mas esse é o Campeonato Brasileiro. Não queríamos perder a força do nosso ataque. O David fez um bom jogo, o Emerson entrou muito bem, o Vegetti é o nosso homem do gol. Quisemos dar um pouco mais de qualidade (com Maxime) para dar aquele abafa no fim da partida. É muito recente a chegada dele. É um jogador inteligente, capacidade de passe muito alta, passa muito bem, constrói muito bem. Conhecendo melhor no dia a dia, vamos encaixar onde se enquadra melhor na equipe. Mais um jogador que vai agregar muito.

Vasco tem prioridades entre Brasileirão e Copa do Brasil?

– O Vasco tem que jogar todo jogo como se fosse uma final, como se fosse um mata-mata. A Copa do Brasil é um campeonato importantíssimo. A gente não vai priorizar nenhuma. Vamos com força máxima até o final.

Fonte: Globo Esporte

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