Discurso ousado! William Batista mira título da Copinha e comenta ausências

O técnico do Sub-20 do Vasco da Gama exalta trabalho e coloca o Clube como um dos postulantes ao título da Copinha 2024.

William Batista em jogo contra o Botafogo
William Batista em jogo contra o Botafogo (Foto: André Durão)

No que depender de William Batista, o Vasco será o campeão da Copinha em 2024. Na próxima edição do torneio, o jovem técnico estará na beira do campo pela segunda vez no comando do Cruz-Maltino. Com um discurso ousado, o treinador concedeu entrevista exclusiva ao Lance! e enxerga o time como um dos postulantes ao título.

– Eu tenho um discurso bem ousado. A gente junto de mais duas ou três equipes somos um dos favoritos na Copa São Paulo. O que me dá confiança de falar isso é o trabalho de um ano. Eu ver como o time trabalhou, como a equipe trabalhou, como os jogadores fizeram durante a temporada. É um sentimento permanente de conquista dentro deles. São pessoas que querem continuar ganhando e não são jogadores que estão satisfeitos com os títulos que já conquistaram. Eles têm o desejo de querer conquistar mais – afirmou William Batista.

Dos 28 convocados por William Batista, 10 são remanescentes da campanha de 2023. Para o técnico do Vasco, a mescla é o casamento ideal para o time brigar pelo título, que é alvo de grande ambição por parte dos jogadores.

– É um ano juntos com os jogadores que juntaram agora, que eram da equipe sub-17 e vão ajudar a gente durante a Copa São Paulo. É também o que eu tive de experiência nas últimas edições, que eu não tive no meu ex-clube. Quando eu olho para o Vasco e eu vejo que a gente tem aqui e o que gente tinha lá e eu ter chegado numa semifinal lá, vendo e conhecendo o grupo que eu tenho no Vasco e tudo o que construímos durante o ano, me dá autoridade para falar que as coisas vão correr bem. É claro que na Copinha acontece muita coisa que a gente não controla, mas tudo aquilo que podemos controlar nos coloca numa grande condição de brigar pelo título e dar esse presente para a torcida. Esse é o nosso desejo, o desejo do time.

Um das suspresas na lista do Vasco para a disputa da Copinha foi a ausência de Rayan, a joia cruz-maltina de 17 anos. Segundo William Bastista, o desfalque é por um “bom motivo”.

“O Rayan é um bom motivo ao contrário dos outros dois (GB e Ray). É um motivo que todos eles desejam e almejam. Quando eles realização um sonho de estarem na equipe profissional, eles estão realizando um sonho meu. Estamos muito contentes com o Rayan e felizes. Esperamos que outros também tenham essa oportunidade na equipe principal, assim como eu tive durante o ano. A equipe sustenta isso. Não tivemos o Rayan em grande parte da temporada fora um jogo ou o outro. Seria uma cereja do bolo dentro da equipe. Essa equipe nossa se fez de esforço de trabalho, empenho e dedicação não só de 11 jogadores titulares, mas de 25 que estão ali empenhados no dia a dia em representar o Vasco. Isso nos dá alegria e orgulho”.

O Vasco estreia na Copinha contra o Macapá-AP, no dia 5 de janeiro. Além disso, o Cruz-Maltino vai enfrentar o Flamengo-SP e o Potyguar Seridoense-RN.

Veja mais respostas do técnico William Batista

Retrospectiva de 2023

– Desde que iniciamos esta trajetória juntos, se colocarmos que foi em novembro do ano passado, tendo primeiro a Copa Xerém, depois a Copinha, Campeonato Carioca, Copa do Brasil, Recopa, OPG e depois fechamos com o Atlântico, tudo isso deu 40 jogos. Conquistamos cinco destes oito campeonatos. Foi fruto de uma transformação de um grupo de jogadores. Queríamos que eles se transformassem numa equipe, que conseguíssemos valorizar todo o talento individual que cada um deles tem de maneira coletiva. Dia pós dia conseguimos com que, de fato, tivéssemos uma equipe. Temos até uma frase: “Todo mundo é importante, mas ninguém faz falta”. Isso acabou trazendo evolução aos jogadores de maneira individual e a consequência foram os resultados coletivos e expressivos de títulos. Ter mais títulos do que derrotas. Como grupo estamos muito felizes com isso. Mas temos um discurso interno entre nós de que apesar de todos os títulos, não são as vitórias que nos definem como equipe, mas sim a nossa conduta, o que fazemos, como trabalhamos, gostamos um do outros, como a gente desfruta o dia a dia. Isso é o que nos define. O resultado acaba sendo uma consequência de tantas coisas boas que vivemos na temporada como equipe e como grupo.

Mais títulos que derrotas

– A gente quando idealiza o trabalho, quando eu cheguei no Vasco sabia o potencial que tinha e vamos vivendo o dia pós dia, treino pós treino, semana pós semana, vendo o que pode ser melhorado, o que pode evoluir, o que não está evoluindo. Quando a gente percebe, estamos ganhando muito. Confesso que foi até mais rápido do que eu pensava no início. É uma gratidão muito grande, porque os jogadores são peças fundamentais para que isso aconteça. A maior parte da engrenagem são eles. Eles que se dedicam, se esforçam, empenham e compram a ideia. É um grupo que tem merecido muito vencer tanto. É um ano especial para todos nós. Tinha um tabu que não jogou torneios contra equipes de nível nacional. A gente foi para a Copa Atlântico, onde tinha o Palmeiras, os nossos rivais do Rio, equipes de São Paulo, Vitória, Bahia, enfim. Apagamos esse tabu. Ganhamos de equipes nacionais. É um time que se dedica muito e desfruta muito o dia a dia. Jogadores que têm ganhado com muita paixão e empenho. Querem evoluir e têm um sentimento gigantesco pelo Vasco, de representar o Vasco e a torcida. Esse orgulho que o grupo tem colocado no dia a dia tem feito a diferença para termos bastante títulos e apenas três derrotas.

Aprendizados com a eliminação precoce

– A gente tinha bons jogadores que naquele momento não formavam um grande time. É uma diferença muito grande de grandes potenciais e colocar eles todos juntos e falar que agora a gente tem um time, uma equipe que joga de maneira coesa e consegue ter consistência e resiliência num campeonato tão mental. Naquele momento éramos muito potencial e, talvez, pouco equipe. Era uma coisa que no início do trabalho batíamos muito. Tinha a cobrança interna de serem consistentes, intensos e terem o mental forte para aguentar o jogo a cada dois dias. Evoluímos muito isso. Os jogadores evoluíram muito como pessoas e seres humanos. No ponto que perserveram dentro do jogo, onde eles têm aquela energia nos primeiros 15 ou 20 minutos e não passam a ser só isso. Mas nos 90 minutos da partida. O resultado não mexe com eles, você está ganhando de 1 a 0 ou 2 a 0 e quer buscar o terceiro. Se faz o terceiro quer buscar o quarto. Naquele momento talvez o resultado mexia um pouco, se está 1 a 0 eu defendo o resultado ou busco o segundo gol. Isso tudo faz parte da maturidade da equipe. São jovens. Muitos de 2004 e 2005. Só que agora um ano mais velhos. Acreditamos que estamos mais experientes para encarar este cenário. A experiência que temos vivendo uma ano após o que vivemos, nos dá mais bagagem para encarar o campeonato.

Ausências de GB e Ray

– O Ray e o GB são por um motivo muito triste. Ficamos chateados. A equipe sente. Eu sinto muito. Igual o GB que perdeu o ano por uma lesão. O jogador está sempre sujeito a uma infelicidade no treino. Assim como foi com o Ray. E assim como o Ray, a tristeza é muito grande, porque os dois são pessoas importantes, são pessoas que o grupo gosta muito e são jogadores talentosos. É uma tristeza muito grande pela falta que eles fazem a equipe. É o sonho deles. Perder um ano de evolução e dentro do que eles precisam fazer num processo de desenvolvimento do sub-20 para o profissional. Essa tristeza é muito grande, antes da falta que fazem para a equipe.

– O GB a gente até brinca. Eu falo com ele: “eu vim para te treinar e não consegui ainda”. Ele dá risada. Eu tenho um desejo muito grande de treinar o GB por tudo o que eu vi quando não estava no Vasco.

Recado para a torcida

– A imensa torcida vascaína pode esperar um Vasco aguerrido, que vai brigar pela vitória em todo o momento. Um Vasco que terá jogadores que vão desejar a todo tempo representar a torcida como tem que ser representada. Não vão desistir dos jogos como foi dentro da temporada. Vamos fazer que sintam orgulho e representados por nós dentro do campo. O Vasco merece esse título da Copinha. Está no momento de vencer e não pode ficar há 31 anos sem vencer. Esse é o nosso desejo e ambição.

Fonte: Lance!

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