Ausência de titulares e falhas defensivas custam caro ao Vasco contra o Corinthians

Sem poder contar com Maicon e Léo no seu setor defensivo, o Vasco da Gama teve muitas dificuldades para segurar o ataque do Corinthians.

Medel em jogo contra o Corinthians
Medel em jogo contra o Corinthians (Foto: Jorge Rodrigues/AGIF)

Há muitas formas de explicar os ”porquês” de um resultado no futebol. Valorizar mais os problemas defensivos em uma partida tensa de seis gols pode parecer uma visão pessimista, mas talvez seja a melhor maneira de dissecar os 4×2 do Corinthians em cima do Vasco. O Timão foi mais rápido para corrigí-los e colheu os frutos.

O resultado pode ser catastrófico para o Gigante da Colina, que voltará para a zona de rebaixamento caso o Bahia não perca para o São Paulo nesta quarta-feira, na Fonte Nova. Grêmio em Porto Alegre, e o bom time do Bragantino em São Januário são os os dois últimos jogos do Vasco neste Brasileirão.

Escalações

Ramon Diaz teve os desfalques de Maicon, Léo e Marlon Gomes. Voltou a escalar o time com linha de quatro na defesa. Capasso fez dupla de zaga com Medel. Puma Rodriguez barrou Paulo Henrique na lateral-direita, e Jair ganhou chance no meio-campo. Quem também recebeu oportunidade foi o francês Payet. Rossi ficou no banco.

Mano Menezes não teve o zagueiro Gil. Caetano formou a zaga com Lucas Veríssimo. O treinador retomou o 4-2-3-1 que era utilizado antes dos últimos dois jogos. Giuliano mais uma vez foi o ”falso ponta” a partir do lado direito. Moscardo voltou a ser titular.

O jogo

Se a tensão em jogos desta natureza muitas vezes é a responsável por confrontos travados, o mesmo não se pode dizer do início duelo em São Januário. Foram dois gols em 12 minutos, e as duas equipes aproveitando problemas defensivos que o adversário apresentava de forma nítida no começo da partida.

O Vasco começou melhor e foi superior durante mais tempo na 1ª etapa. Abriu o placar antes mesmo do Timão encostar o pé na bola para trocar passes. Payet e Puma Rodriguez, apostas de Ramón Diaz, mostaram-se acertadas logo de cara. O francês reecebeu nas costas do meio-campo e abriu para Lucas Piton cruzar e o uruguaio marcar.

O posicionamento deles não era obra do acaso. Payet circulava da esquerda para o meio. Nitidamente visava flutuar nas costas de Maycon e Moscardo, e assim o fez. Piton dava amplitude ao time pela esquerda, o mesmo papel de Puma Rodriguez na direira. Pec traçava uma diagonal para jogar entre Caetano e Fábio Santos. A extrema liberdade dada aos laterais explica o primeiro gol do Vasco.

Aí começou a aparecer o outro lado. Yuri Alberto buscava receber de costas no setor de Capasso. Quatro meses sem iniciar uma partida, o zagueiro argentino não conseguia se impor, mesmo com o atacante corintiano recebendo um tipo de passe em que passa longe de ser especialista. Maycon o serviu assim, e a bola ganhou sequência com o passe de Giuliano para Romero empatar na área.

Assim como o Vasco fazia, Mano também dava liberdade de movimentação a seus ”pontas” em regiões diferentes do gramado. Enquanto Giuliano era um ”homem livre” quando o Corinthians tinha a bola, circulava para o meio, atuava na zona de articulação ou de definição das jogadas, Romero traçava diagonais na direção da área. Fágner era atuante ocupando o flanco direito.

Outra similaridade esteve na postura ao defender. As duas equipes recuavam o bloco de marcação, tentavam proteger o fundo do campo. O problema para os paulistas era ter agressividade na hora de abordar quem tinha a bola nos pés rivais. Uma ”chaga” que acompanha a equipe na temporada, e isso seria fatal ao ser pressionado.

O Vasco já tinha produzido quatro bons ataques antes de Puma Rodriguez cruzar para Vegetti se antecipar a Veríssimo e marcar. Com a vantagem, o time da casa voltou a se retrair. E se conseguia fechar mais as linhas de passe vertical pelo meio, não realizava tantos desarmes para encaixar contragolpes. Perdeu o controle do jogo e a vantagem no placar.

Veríssimo se redimiu da falha no gol de Vegetti e desviou de cabeça um escanteio cobrado por Fágner. Romero marcou o sexto tento dele em 12 jogos com Mano Menezes. Na 2ª etapa, Ramon Diaz abriu Paulinho na direita e Pec na esquerda. Payet passou a atuar mais fixo pelo meio, sem ter a obrigação de recompor pelo lado.

O problema para o Vasco foi ter agressividade na marcação pelo meio, e isso resultou na liberdade que Moscardo teve ao receber de Renato Augusto e bater cruzado para marcar. Paulo Henrique e Rossi entraram para dar mais agressividade ao lado direito vascaíno. Paulinho e Puma Rodriguez saíram. Payet seguiu como um dos meias-centrais.

Na sequência, foi a vez de Jair deixar o campo para a entrada de Sebastian Ferreira. A estratégia de ter dois homens altos na área foi repetida. A resposta de Mano veio com a opção de colocar um zagueiro a mais. Bruno Méndez entrou. O Corinthians neutralizou a tentativa de pressão dos cariocas. Foram muitas bolas alçadas na área sem causar perigo real.

De quebra, o Cruzmaltino ficou muito exposto, e acabou levando o quarto gol em lindo contragolpe puxado por Matheus Araújo e finalizado por Giovane. Três jogadores oriundos das divisões de base do clube foram decisivos em um 2º tempo mais sólido defensivamente dos paulistas.

Fonte: Globo Esporte

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1 comentário
  • CRVG está desse jeito por causa dessa CORJA que existe lá dentro.

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