Técnico do Santos, Marcelo Fernandes condena provocação de Soteldo contra o Vasco

Treinador do Santos reprovou jogada de Soteldo, que subiu na bola e desencadeou uma confusão generalizada na partida contra o Vasco da Gama.

Soteldo sobe na bola em provocação ao Vasco
Soteldo sobe na bola em provocação ao Vasco

Marcelo Fernandes, efetivado como técnico do Santos, falou sobre o cartão amarelo recebido por Soteldo após provocação aos jogadores do Vasco, no começo do segundo tempo. O ponta venezuelano subiu na bola em lance lateral e causou a ira dos vascaínos. Após confusão generalizada, o jogador foi advertido por Anderson Daronco e virou desfalque para o clássico contra o Palmeiras, no próximo domingo.

O treinador do Peixe repudiou o ato de Soteldo e garantiu que isso não vai acontecer mais. O comandante garantiu que o atleta inclusive já se desculpou pelo ocorrido.

“Soteldo é um baita jogador, está se dedicando ao extremo nos treinos e tem essa irreverência. Logicamente já falamos para ele que isso não era para ser feito e ele reconheceu isso, pediu desculpas. Em um lance que não precisava de nada disso, perdemos um jogador do nível dele. Aconteceu, ninguém esperava. O Soteldo sabe que não precisava ter feito isso, se desculpou, e vida que segue. Ele é irreverente, fez um baita jogo, dia a dia dele tem sido maravilhoso. Isso já foi contornado e não vai acontecer mais”, comentou Marcelo.

Por conta da briga entre os jogadores, além de Soteldo, Lucas Lima e Rodrigo Fernández estão fora do clássico contra o Verdão. A dupla foi expulso após conflito com os vascaínos no gramado.

Marcelo Fernandes também falou sobre a atuação na goleada diante do Vasco e da importância da equipe deixar a zona de rebaixamento. O Santos subiu para a 15ª colocação, com 27 pontos.

“O Vasco é uma grande equipe, dificultou muito especialmente no primeiro tempo, o menino Kevyson teve azar de chutar em gol, e acontece, mas tem personalidade, levantou a bola e deu a volta por cima. Ganhamos de uma equipe qualificada, com um grande treinador. Nos dá confiança. Mas aqui não tem oba-oba, é pezinho no chão e trabalho árduo pela frente”, disse o treinador em entrevista coletiva.

“O peso (do rebaixamento) você tira, é uma motivação a mais. Os jogadores estão bem aliviados com tudo isso. Mas deixei claro que não chegamos a lugar nenhum. Vamos seguir assim se a gente decidir, jogar com afinco. Sou número um de pegar no pé disso. Sou chato porque fazia o trabalho sujo na comissão fixa. Isso me ajudou hoje. Não vou deixar em nenhum momento abaixar, eles entenderam nossa situação. São duas grande vitórias que nos tiraram de um lugar muito ruim e queremos manter a pegada”, finalizou.

Agora, o Santos volta a entrar em campo no próximo domingo (8), para encarar o rival Palmeiras, no Allianz Parque.

Veja outros trechos da coletiva de Marcelo Fernandes:

Apoio da torcida

“A torcida, sou suspeito em falar pois já estive ali. É o reconhecimento, tenho um título no clube. Toda vez que sou designado a estar aqui são em momentos turbulentos e graças a Deus sempre fui abençoado, sempre trabalhamos de forma séria. Só tenho a agradecer a todos, todas as organizadas, eles tem nos apoiado. Da torcida, eu só agradeço, não reclamo de nada.”

Conversa com Gallo

“Foi normal, tive a felicidade de trabalhar aqui com ele como jogador, temos amizade de anos. É uma figura muito importante nesse recomeço, chegou em uma hora bem difícil e ele abraçou a ideia, tem feito um grande trabalho lá dentro. A conversa foi tranquila. Só quero me preocupar com os jogadores, com o dia a dia, quero ajudar o máximo possível o Santos Futebol Clube”.

Parte psicológica

“Temos uma psicóloga no clube que trabalha muito, individualizando jogadores, é importante frisar que a Juliane tem um trabalho muito eficaz e ajuda muito a comissão. Contra o Bahia tomamos um a zero e viramos o jogo. No vestiário, falei desde o primeiro dia que a gente ia vencer lá, dando confiança, mostrar que eles têm condição. Isso ajudou muito para eles entenderem hoje. Era um jogo dificílimo, Vasco é uma grande equipe. O importante é não aceitar pressão do adversário, ter coragem, ímpeto, competir o tempo todo. Sem competir, não vamos chegar a lugar nenhum. O futebol brasileiro é muito difícil. Nessa reta final, especialmente.”

Futuro no Santos

“Eu comecei aqui em 2011, como auxiliar da casa, com Muricy. Tive o prazer de só trabalhar com fera. Tudo que faço hoje eu lembro de Muricy, Oswaldo, Claudinei… Eu tive esse prazer, você vai pegando casca, vai escutando. Quando fui efetivado como auxiliar, adorava fazer o que fazia. Sou amigo de todos. Fábio Carille me mandou boa sorte, Diniz, todos falam comigo. Sou humilde, de caráter, que quer vencer na vida, mas nunca precisei passar por ninguém. Estava desempregado há um ano por algo inadmissível. Não pode chegar um cara aqui hoje e querer mexer, tirar A ou B. Não, não. Vai trabalhar com A ou com B porque eles vão dar retorno para gente. O que é justo, é justo. Meu futuro? Quero crescer cada vez mais, ser campeão pelo Santos. É bom para cacete ser campeão pelo Santos. Eu sei o que passei em 2015. Futuro a Deus pertence. Lá na frente as coisas vão acontecer naturalmente.”

Marcos Leonardo

“Marcos é um jogador que conhecia há muito tempo, é imprescindível para o jogo que criamos, de facão, nos ajuda muito. É um artilheiro nato. É importante, Marcos é um menino de ouro. Ele merece, está na cara dele ir embora, mas vai sair pela porta da frente, é um menino de ouro. Com certeza ele vai arrebentar ainda mais.”

Esquema com três zagueiros

“A gente tem que dançar a música conforme ela vai tocando. Estávamos em uma situação difícil, montamos a equipe para o jogo contra o Bahia. A gente queria ter cinco homens protegendo bem nossa zaga, privilegiando jogadores de alto nível na frente. O Braga é um menino que já arrebentou quando o Fábio fez isso, isso estava na minha cabeça. A gente trabalhou e todos entenderam. Naqueles dois corredores você precisa colocar jogadores na forma física ideal. Hoje mantivemos o esquema, o Vasco nos dava isso. A gente soube neutralizar as beiradas. Para o jogo contra o Palmeiras, vamos estudar, ver. Eles têm um jogo decisivo na quinta-feira. Importante é que vem dando certo e vamos fazer o melhor pelo Santos.”

Fonte: Gazeta Esportiva

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