Com ajuda de Léo Jardim, Vasco segura pressão do Fluminense e escapa da virada

O Vasco da Gama iniciou bem a partida contra o Fluminense, porém foi encurralado, mas conseguiu segurar a pressão e garantiu o empate.

Pedro Raul contra o Fluminense
Pedro Raul contra o Fluminense (Foto: André Durão/ge)

O Vasco foi amassado pelo Fluminense no Maracanã, na noite do último sábado, em clássico válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Em jogo de sobrevivência, o time de Maurício Barbieri soube segurar a pressão tricolor, que finalizou três vezes mais que o rival, e contou com mais uma grande atuação do goleiro Léo Jardim para garantir o empate em 1 a 1.

O empate foi ponto ganho para o Vasco e dois pontos perdidos para o Fluminense. Diferentemente do clássico válido pelo Campeonato Carioca, quando o time cruzmaltino teve boa atuação mas acabou derrotado no fim, na partida do Brasileirão os vascaínos quase não viram a bola, porém fizeram um grande resultado fora, o que conta muito nesta competição.

Pressão no início volta a surtir efeito

Depois de uma derrota doída para o Bahia em São Januário, o Vasco repetiu a escalação que funcionou contra Atlético-MG e Palmeiras e teve postura semelhante no início de jogo contra o rival. Só não esperava ter sucesso tão cedo. No primeiro minuto de jogo, em pressão na saída de bola, Alex Teixeira aproveitou passe errado de Fábio e tocou para Pedro Raul inaugurar o placar com o gol livre à sua frente. Tudo de acordo com o que Maurício Barbieri planejou.

O que não foi igual aos jogos contra Atlético-MG e Palmeiras é a intensidade do time após o gol. O Vasco até insistiu alguns minutos na pressão alta, mas logo passou a jogar com os 11 no campo de defesa. Foi empurrado pelo rival, o que também estava nos planos do treinador cruzmaltino.

O que Barbieri não esperava, porém, era que o Vasco não conseguiria aproveitar as transições em velocidade. Com a vantagem no placar, a estratégia de sair nos contra-ataques era inevitável. O time até tentou forçar o erro adversário, conseguiu explorar um outro espaço deixado por Marcelo e Felipe Melo, mas não acertou o alvo tricolor quando chegou.

Por outro lado, com a dupla de zaga segura, os laterais fixos na defesa, Pec fechando o lado direito, e Rodrigo e Andrey marcando muito bem, o Fluminense teve poucas chances no primeiro tempo. O time de Diniz teve a bola, chegou a 70% de posse, mas não teve espaço para finalizar. Saiu para o intervalo com apenas dois chutes no gol do Vasco em bolas defendidas por Léo Jardim aos 3 (melhor chance com Lima) e aos 44 (finalização fraca de Cano).

Vasco fica na roda no segundo tempo

A perda de intensidade tem sido uma tônica do Vasco no segundo tempo das partidas. Diante do Flu, o cansaço voltou a ser inimigo do time de Barbieri. O Tricolor, como de costume, cresceu depois do intervalo, empurrou os vascaínos para dentro do seu gol, com Arias muito agudo no lado direito.

O Fluminense trocou Felipe Melo por John Kennedy, e André passou à função de zagueiro, mas só na teoria. Porque na prática, com o Flu jogando do círculo central para a frente, o volante exerceu a função que está habituado, ocupando o meio-campo e chegando ao ataque. Marcelo abandonou a linha de quatro e atuou avançado. O zagueiro Nino, normalmente último homem do rival, encostou para finalizar da entrada da área. O time de Diniz colocou o Vasco na roda, chegando a 80% de posse.

O Tricolor terminou o jogo com 723 passes, contra 198 do Vasco. Finalizou três vezes mais que o rival 24 x 8), sendo que na etapa final triplicou o número de chutes em relação ao primeiro tempo.

Tendo que correr atrás do Fluminense, o desgaste tomou conta do Vasco, e Barbieri precisou mudar o time para ganhar novo fôlego. Galarza e Marlon Gomes entraram no meio-campo quando Andrey e Jair não conseguiam mais acompanhar – o camisa 8, aliás, fez partida muito abaixo dos companheiros de setor. Na frente, as substituições visaram aproveitar melhor os contra-ataques.

A ordem no Vasco era primeiro marcar e só depois sair. Por isso, Barbieri optou por jogadores com porte físico que lhe dava mais competitividade. Nesse caso, Figueiredo e Eguinaldo saíram à frente de Orellano e Erick Marcus, que foram opções na última rodada, contra o Bahia, quando a equipe precisou buscar mais o ataque.

Barbieri conseguiu melhorar as transições. Se no primeiro tempo o time teve muita dificuldade de sair em velocidade, na segunda etapa teve pelo menos cinco chances de mudar o placar. Pec carimbou a trave em cruzamento desviado, Piton acertou cruzamento rasteiro não alcançado por Pedro Raul, Eguinaldo tirou tinta da trave, Rwan chutou por cima do gol, e Figueiredo também finalizou com perigo.

Porém, com o meio-campo dedicado somente à marcação e com os atacantes recuados para ajudar na proteção, o Vasco não conseguiu passar muito tempo com a bola. Ao contrário da primeira etapa, o Flu conseguiu agredir no segundo tempo e obrigou Léo Jardim a cindo defesas. O goleiro, pela quarta vez, foi o destaque do time de Maurício Barbieri no campeonato.

Pelo volume tricolor, o empate foi lucro para o Vasco. Mas não se pode tirar o mérito desse time que aprendeu a enfrentar grandes adversários e a ser competitivo. Na próxima quinta-feira, às 19h, o Vasco vai ao Couto Pereira enfrentar o Coritiba no seu primeiro jogo fora do Rio de Janeiro neste Campeonato Brasileiro.

Fonte: Globo Esporte

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