Vascaíno do Acre homenageia Dinamite em tatuagem e exalta ídolo: ‘Eterno’
O autônomo Taynan Lima, do Acre, resolveu homenagear o ídolo do Vasco da Gama, Roberto Dinamite, com uma tatuagem.
Um torcedor do Vasco no Acre decidiu marcar na pele a admiração pelo ídolo cruz-maltino Roberto Dinamite, que faleceu no dia 8 de janeiro vítima das consequências de um tumor no intestino. O autônomo Taynan Lima, 34 anos, natural de Rio Branco (AC), homenageou o maior ídolo vascaíno com uma tatuagem no braço direito na sexta-feira (20).
O desenho foi inspirado em uma foto do ex-camisa 10 registrada no jogo da volta dele ao clube carioca, quando marcou todos os gols na vitória por 5 a 2 sobre o Corinthians, em 1980, com o nome do ídolo escrito com fonte semelhante ao de uma faixa produzida pela torcida vascaína.
– Peguei uma foto muito característica dele, se não me engano do quarto gol que fez contra o Corinthians no jogo da volta dele do Barcelona. Esse lance é exatamente de um dos gols. A fonte que fiz o nome dele, que o I e o N fazem referência como se fosse a camisa 10, peguei de uma faixa feita pela torcida na Barreira, onde agora é a Avenida Roberto Dinamite, em São Januário – explica.
Taynan conta que começou a torcer pelo Vasco no ano de 1997, quando o clube foi campeão brasileiro sob a liderança do craque Edmundo. Desde então passou a conhecer a história do clube e do ídolo maior da torcida, que àquela época já estava aposentado dos gramados.
– Costumo dizer que o Edmundo é meu padrinho de batismo no Vasco. Foi por causa dele que virei vascaíno. Não tive esse prazer (de ver Roberto Dinamite jogar). Vi alguns vídeos, a gente começa a conhecer a história do clube. Tinha oito pra nove anos quando virei vascaíno, então era muito pequeno. Nunca tive influência no futebol pra torcer por ninguém até porque era criado com minha mãe e ela não curtia futebol. Eu assistia e, como disse, quem me deixou encantado pelo Vasco foi o Edmundo – conta.
– Conforme você vai crescendo, conhecendo a história do clube, não tem como falar de Vasco, conhecer o Vasco e não conhecer o Roberto. Se confunde a história. O Roberto pro Vasco tem o mesmo significado que o Pelé tem pro futebol brasileiro, que o Ali tem pro boxe, que o Jordan tem pro basquete norte-americano – exalta.
A ideia da tatuagem surgiu no dia do falecimento de Roberto Dinamite. O torcedor diz que não teve a oportunidade de conhecer o ídolo pessoalmente, mas fica feliz que o clube tenha feito uma homenagem para o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro ainda em vida com a estátua que está exposta no estádio de São Januário. Ele, inclusive, tem uma foto beijando o rosto da estátua, registro feito em 2022 quando visitou a casa do Cruz-Maltino.
– Acordei, sentei na bancada da cozinha para tomar o café, peguei meu celular, vi que ele tinha falecido e deu um baque. Tinha pouco mais de uma semana que eu tinha perdido minha vó por conta de uma doença parecida. Então, decidi fazer a tatuagem. Queria muito poder ter conhecido pessoalmente, mas não conheci. Fui ao Rio (de Janeiro), estive em São Januário, vi a estátua dele, me emocionei muito. Tenho uma foto até engraçada beijando o rosto da estátua dele. Queria mesmo ter beijado ele e agradecer por tudo que fez. Quando fui foi no fim do ano passado ele já vinha tratando a doença, então a gente sabia que em tese estava vivendo os últimos momentos do Roberto. A gente esperava que ele pudesse se curar, mas também tinha essa expectativa de acabar não conseguindo – afirma.
De acordo com Taynan, a partida de Roberto Dinamite é uma perda significativa para a torcida e para o clube e o sentimento é de que o ídolo está eternizado na história vascaína.
– A gente ainda está em luto porque é uma perda muito grande, irreparável pro vascaíno, pro Clube de Regatas Vasco da Gama. É um cara que a gente sempre vai lembrar, eu vou fazer questão de falar do Roberto pro meu filho que tá crescendo, falar pros pequenos vascaínos quem foi o Roberto. Pro vascaíno ele vai sempre eterno. Esse é o sentimento – diz.
Sobre o clube dentro de campo, Taynan espera que a temporada 2023 seja de alegrias e vitórias. Ele almeja poder ver em ação uma equipe competitiva e temida pelos rivais assim como era o Vasco na década de 90, quando a paixão pelo clube se manifestou.
– A gente criou uma expectativa muito grande desde a época que foi criada a SAF. A gente sabe que não é milagre, não é um passe de mágica, mas espera que os novos proprietários do Vasco criem sim um time competitivo, um time que venha para não mais passar sufoco, não brigar mais pra cair e com o demandar do tempo, conforme o projeto for se alinhando que a gente possa voltar a brigar pelos títulos como era na época que eu comecei a torcer pelo Vasco, que foi uma época extremamente vitoriosa pro Vasco. A gente tem a expectativa que isso volte a acontecer. Pra amanhã, pra ontem? Não, não vai acontecer! Mas num futuro próximo acredito sim que a gente volte a ser aquele Vasco extremamente competitivo do final da década de 90, início dos anos 2000 – finaliza o torcedor, que tem outras duas tatuagens relacionados ao clube do coração no braço direito.
Fonte: Globo Esporte