Esposa de Roberto Dinamite chora abraçada a Zico no velório do ídolo
Zico foi ao velório de Roberto Dinamite em São Januário e esposa do ídolo chorou bastante com a presença do ex-jogador.
A amizade entre Roberto Dinamite e Zico era daquelas que superavam a rivalidade. Maiores ídolos de Vasco e Flamengo, os dois eram grandes amigos fora de campo. O ex-jogador prestou mais uma homenagem ao antigo adversário e foi a São Januário acompanhar o velório de Dinamite.
Ao chegar ao estádio, Zico foi recebido pelos familiares de Dinamite. A viúva do maior ídolo da história do Vasco abraçou o antigo adversário do marido e chorou bastante.
No último domingo, horas depois da notícia da morte de Roberto Dinamite, Zico conversou com o ge. Ele lamentou a perda do amigo para o câncer no intestino.
– É mais um dia muito triste para o futebol. A vida cada vez nos prova que não precisa ter trabalhado juntos, jogado juntos para sermos grandes amigos. O Bob Dinamite foi um dos grandes amigos que fiz no futebol. Foram muitos anos. Começamos praticamente juntos, eu pelo Flamengo e ele pelo Vasco. Tivemos tantos momentos de vitórias e derrotas, mas a amizade sempre foi pautada por respeito e carinho. Convivi por muitos anos com ele. Quando fomos para a seleção, a amizade estreitou. É uma perda muito grande, um dia muito triste, apesar de sabermos dos problemas que ele enfrentava. Que ele descanse em paz e que Deus o tenha.
Zico sempre deu apoio a Dinamite, e, por causa da amizade, inclusive vestiu a camisa do Vasco em um amistoso que marcou a despedida do ídolo cruz-maltino dos gramados. O Galinho também o visitou recentemente no hospital.
Roberto Dinamite morreu no último domingo, aos 68 anos. Ele vinha fazendo tratamento para combater um tumor no intestino desde o fim de 2021.
Depois de prestar as homenagens ao amigo, Zico conversou com a imprensa. Ele fez questão de destacar novamente a amizade, o respeito e os grandes públicos que os dois levavam ao Maracanã.
– Todos vocês estão acostumados a ver e deveriam repetir sempre porque acho que é um legado importante do jogador, do profissional e das obras-primas que ele fez jogando bola é fruto da dedicação dele nos jogos e treinamentos. Tudo isso precisa ser lembrado sempre. É um legado completo. Tive o prazer de tê-lo como amigo apesar de sermos adversários em tantos anos. Nós jogamos juvenil juntos, estreamos no profissional na mesma época e paramos de jogar na seleção… Nós dois jogamos juntos na Seleção e nunca perdemos. Isso ratifica.
– Conseguimos, através de nossos clubes, levar sempre mais de 100 mil pessoas no Maracanã para ver futebol, levando divertimento sem precisar falar nenhuma besteira um do outro ou do clube. Esse respeito é muito importante para nós que fomos atletas e nos dedicamos muitos anos. Deus o levou, estava sofrendo muito. Nesses últimos tempos tive oportunidade de conversar muito com ele. A gente não queria que acontecesse, mas Deus levou. Eterno será sempre o Dinamite, mas Deus levou o Roberto, Carlos Roberto.
– É uma homenagem que a gente presta de todos os torcedores e todos os clubes por tudo aquilo que ele representou ao futebol brasileiro. Não é ídolo só de uma torcida. Ele é mais ídolo de uma torcida, mas é ídolo de todas as torcidas.
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Seria titular da Seleção hoje?
– Tranquilo! Não tenho a menor dúvida. De olhos fechados. Eu escalaria de olhos fechados. Nas outras talvez a gente tenha um Reinaldo, mas ele, coitado, estava passando por problemas seríssimos. Não pode falar alguma coisa em relação ao que deveria ser… O Serginho (Chulapa), que foi titular em 1982, vinha na melhor fase da carreira dele, tinha sido artilheiro dois anos seguidos no Brasileiro e isso contava para ser convocado.
– Hoje, infelizmente, não conta mais. Futebol é momento, Roberto sempre demonstrou as oportunidades que teve na Seleção e sempre contribuiu como fazia no Vasco da Gama. Acho que são decisões de treinadores que sempre respeitei e vou respeitar eternamente. Faz parte daquela filosofia de que o primeiro a cair é sempre o treinador. Você tem que respeitar as decisões que toma, certas ou erradas.
Gol mais marcante
– Sem dúvida que o mais marcante é o jogo da chuva (final do Estadual em 1981). A gente já estava comemorando, jogaram a bola lá no alto, ele cabeceou, nosso zagueiro voltou pra ele e fez aquele gol da chuva obrigando a gente a jogar mais um jogo. Aquele jogo da chuva é realmente inesquecível. E olha que é uma derrota que eu tive. Foi um daqueles momentos que era difícil imaginar que teria mais alguma coisa de jogo. Mas Roberto estando em campo, tudo podia acontecer. A primeira imagem que posso lembrar em relação a estarmos juntos é aquela.
– Essas coisas precisam ser guardadas e eternizadas. A única coisa que não teve aquele dia foi futebol. E dentro daquilo tudo ele conseguiu decidir um jogo e levar para o último jogo. O Flamengo venceu e foi campeão, mas poderia ter feito a gente descansar um pouquinho mais porque tinha uma viagem de 24 horas para o Japão e a gente ia depois para lá para jogar o jogo mais importante da vida, que era aquela final do Mundial. Futebol é bonito por causa desses momentos.
Última vez que conversou com ele
– A gente estava muito tempo fora, eu também fazendo uns trabalhos pra me recuperar e tentar jogar o Jogo das Estrelas. No dia do primeiro jogo da seleção na Copa eu estive com ele, fiz uma visita. Ele estava muito cansado por tudo que estava passando: das cirurgias, da quimioterapia, que não é fácil. E só um cara com a saúde que ele tinha para aguentar aquilo tudo. Ele foi até onde dava. Como foi guerreiro dentro de campo, foi também na vida e lutou até o último minuto para estar ao lado da família e dos amigos. Chegou um momento que você cansa. A última mensagem que recebi dele, depois do Jogo das Estrelas, pra agradecer pelo vídeo que fez, ele respondeu e me deixou caído, mas respondeu.
Gol mais bonito
– O top, não tenho dúvida, é aquele contra o Botafogo, que ele domina a bola no peito, pelas circunstâncias do jogo, dá um balão no Osmar e faz aquele golaço. Um dos gols mais bonitos da história do Maracanã. É um gol inesquecível.
Fonte: Globo Esporte
Roberto e Zico ,Zico e Roberto ,dois dos maiores goleadores e jogadores do futebol brasileiro ,um mais presente na área o outro vinha de trás ,uma dupla perfeita para fazer gols ,mas esbarraram nas teimosias de treinadores e o bairrismo estadual de Rio São Paulo .Na copa de 78 na Argentina ,a comissão técnica optou por Zico e Jorge Mendonça ,um carioca e outro paulista com as mesmas características ,quando a torcida pedia a dupla de goleadores do Rio .Sem os gols necessários , o Brasil não passaria á frente Zico machuca ai entra Roberto e, este marca gol necessário a passar a fase seguinte ,depois foi Roberto a machucar e ficamos frustrado em não ver dois goleadores juntos. Em 82 ,mais uma vez a maior parte da torcida teve as esperanças de ver a dupla carioca em campo frustradas pela teimosia do Telê que optou por Serginho que embora fosse goleador ,não tinha o espirito guerreiro do Dinamite ,ele em campo com Zico com Sócrates articulando as jogadas ,acho que a historia seria outra .E todos si recordam da displicência do Chulapa no jogo .Agora recente a historia vinha si repetindo em clubes como no Flamengo com Gabigol e Pedro ,achavam que não podiam jogar juntos ,quando colocados lado a lado a historia mudou .