Ídolo no Vasco, Juninho Paulista foi o grande responsável por alavancar o Ituano

Juninho Paulista, ídolo no Vasco da Gama, não está mais no Ituano, mas foi o grande responsável pela boa fase do Clube.

Juninho Paulista e Romário em ação pelo Vasco
Juninho Paulista e Romário comemorando gol do Vasco contra o Palmeiras na final da Mercosul 2000 (Foto: Getty Images)

A história e a carreira de Juninho Paulista unem Vasco e Ituano, clubes que se enfrentam na 38ª e última rodada da Série B num confronto direto pelo acesso à Série A do ano que vem. O time que vencer no domingo, no Estádio Novelli Júnior, sobe.

Juninho está na história do Vasco da Gama. A passagem pelo clube cruz-maltino no início do século foi curta, pouco mais de um ano, mas muito vitoriosa. Emprestado pelo Atlético de Madrid na ocasião, ele foi campeão brasileiro e da Copa Mercosul ao lado de Romário, Juninho Pernambucano, Euller e companhia. Uma das maiores equipes que o futebol brasileiro já viu.

Ao todo, marcou 30 gols em 85 jogos com a camisa do Vasco. Um deles, talvez o mais importante, na memorável vitória por 4 a 3 sobre o Palmeiras na final da Mercosul, no Palestra Itália. Naquele jogo, ele ainda sofreu os dois pênaltis convertidos por Romário e participou da jogada do gol do Baixinho nos acréscimos, o que selou a virada e o título.

Em 2009, já depois de ser pentacampeão com a seleção brasileira e rodar pela Europa e até pelo futebol australiano, Juninho voltou ao Ituano, clube que o revelou. Jogou algumas partidas na campanha da fuga do rebaixamento no Paulistão, com direito a gol no jogo decisivo contra a Portuguesa, na última rodada. Em seguida, virou gestor – e alavancou o clube do interior de São Paulo.

O ex-jogador ficou à frente do Ituano por aproximadamente 10 anos. Saiu em 2019 para assumir a função que exerce hoje na CBF, de coordenador de Futebol da entidade. Ele, é claro, precisou se afastar por completo do dia a dia do clube, que passou para as mãos de Paulo Silvestri, seu sócio. Mas o projeto que ameaça o acesso do Vasco é a continuação do trabalho de Juninho Paulista.

Quarto colocado da Série B, com 59 pontos, o Vasco joga por um simples empate no domingo para garantir o acesso à Série A. O Ituano, que é quinto com 57 pontos, precisa vencer. A bola rola às 18h30 (de Brasília), com transmissões da Globo e do SporTV.

Juninho virou Paulista no Vasco

Até então conhecido apenas por Juninho, o meia-atacante de 1,67m foi emprestado pelo Atlético Madrid ao Vasco no decorrer da temporada de 2000, momento em que o clube vivia momento conturbado com resultados ruins no primeiro semestre e a iminente saída de Edmundo, uma das grandes estrelas daquele elenco.

Como já havia no time um Juninho, o Pernambucano, ele se tornou Juninho Paulista. Uma alcunha que ele levaria para o resto da vida.

Juninho logo se encaixou no esquema ao lado do xará e principalmente de Romário, com quem colecionou tabelinhas e assistências durante o período de pouco mais de um ano que vestiu a camisa do Vasco. Foram 11 gols na campanha do título da Copa João Havelange e sete na da Mercosul.

Foram principalmente as atuações pelo time cruz-maltino que lhe garantiram presença na lista de Luiz Felipe Scolari na Copa do Mundo de 2002.

A saída do Vasco, no entanto, se deu de forma conturbada. O craque chegou a mover uma ação trabalhista contra os clubes por pagamentos atrasados. Logo em seguida, o Atlético de Madrid o emprestou para o Flamengo. Eurico Miranda, então presidente vascaína, declarou na ocasião, segundo o Jornal dos Sports:

“Juninho é caso morto e enterrado. Que seja feliz em outro clube”.

A gestão no Ituano

Juninho Paulista é ídolo em Itu. Chegou ao Ituano no momento em que o clube vivia uma crise sem fim, há mais de uma década sem jogar a Série B e, inclusive, amargando algumas temporadas sem uma divisão sequer do Brasileiro para disputar. O momento era muito ruim.

O ex-jogador, então, tratou de implementar um trabalho mais profissional ao time de Itu. Entre 2007 e 2010, por exemplo, o clube não tinha categorias de base. Em 2014, já com Juninho no comando, voltou a disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior depois de 10 anos, por exemplo.

Foi na gestão de Juninho que o Ituano vendeu Gabriel Martinelli para o Arsenal por R$ 30 milhões, até hoje a maior venda da história do clube.

– Quando eu cheguei em 2013, a gente combinou uma divisão de trabalho, eu e o Juninho. O Juninho se dedicou cada vez mais à parte esportiva, fez um excelente trabalhou e plantou tudo que está sendo colhido agora – disse Paulo Silvestri em entrevista ao Seleção SporTV nesta sexta-feira.

Foi somente em 2019 que o Rubro-negro, enfim, subiu para a Série C e garantiu compromissos para toda a temporada seguinte. O acesso à Série B se deu dois anos depois, em 2021. O clube de Itu nunca disputou a Série A do Campeonato Brasileiro.

No cenário estadual, o clube está na primeira divisão desde 2002. É a segunda equipe do interior há mais tempo na elite do Campeonato Paulista (atrás apenas da Ponte Preta) e, nesse período, conquistou dois títulos, a mesma quantidade de São Paulo e Palmeiras desde então.

Fonte: Globo Esporte

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