Sósia de Casimiro detalha sua relação de longa data e familiar com o Vasco

Torcedor do Vasco da Gama, Guilherme Lôbo ficou conhecido nas redes sociais após vencer concurso 'sem querer' vestido de Casimiro Miguel.

Sósia de Casimiro durante festa da Unicamp
Sósia de Casimiro durante festa da Unicamp (Foto: Reprodução Twitter)

O último sábado foi especial para Guilherme Lôbo por vários motivos. Vascaíno fanático, o estudante da Unicamp, de 21 anos, assistiu à virada do time contra o Criciúma (2 a 1) e, por isso, chegou atrasado a uma festa de colegas universitários em Campinas.

Sem saber que o evento era à fantasia, foi com a camisa do Gigante da Colina. Também pela semelhanança física, se descobriu vestido “de Casimiro”, influenciador digital conhecido por vídeos na internet e torcedor declarado do Vasco. A “fantasia” viralizou nas redes sociais e provocou até uma resposta do sósia famoso.

A história ficou ainda mais inusitada no fim da festa. Ao perceber que o evento teria um concurso de melhor fantasia, Guilherme concorreu e… venceu.

O amigo do jovem, Gabriel de Souza Almeida, publicou as imagens da vitória nas redes sociais, com direito ao “grito da Casaca”, clássico grito de guerra entre os vascaínos, e a postagem começou a bombar na web a ponto de Casimiro compartilhar no Twitter com a seguinte legenda: “O Vasco vence”.

– Eu falei: pô, conseguimos, Casimiro notou a gente. É um cara que me faz rir bastante, torna os momentos mais leves, tenho um grande carinho e uma grande admiração por ele. Fora a afinidade, porque ele é vascaíno também. O Casimiro é para mim a síntese do vascaíno. O cara que é alto astral, que tá sempre ali com o Vasco independentemente do que acontecer – comemorou Guilherme, que é fã de “Cazé” e agora ficou conhecido como “o Casimiro Cabeludo da Unicamp”.

Gabriel também comemorou o retorno do influenciador.

– Eu não acreditei quando ele respondeu o tweet. No começo, era uma brincadeira que atingiu muitos likes e foi subindo, subindo. Falei: caraca, será que vai dar? E estava todo mundo marcando o Casimiro. Até que ele respondeu e eu falei ‘cara, deu certo, não é possível’. Eu quase tive um treco.

Agora, Guilherme, que cursa Engenharia de Controle e Automação na Unicamp, tem o sonho de conversar com o “sósia” e assistir a uma partida do Vasco em São Januário, no Rio de Janeiro.

A brincadeira com o ídolo da internet gerou muita repercussão entre amigos e familiares. A irmã, Ana Luisa, postou uma foto com ele ainda criança e lembrou:

– O Guilherme de 11 anos ficaria estaria eufórico sendo famoso em nome do Vasco.

Herança de família

A história do jovem com o Vasco é muito antiga. De Brasília (DF), ele carrega o orgulho de ser mais uma geração vascaína da família.

– Minha relação com o Vasco é coisa de família, foi passado de sangue para sangue. Começou lá atrás, a minha avó paterna foi a primeira vascaína da família. E já na década de 50, ela, carioca, morava bem perto de São Januário, o estádio do Vasco. E foi medalhista de natação do Vasco. E essa paixão foi passando, da minha avó para o meu pai e do meu pai para mim – conta.

O jovem estudante conta que iria à festa para ver um amigo tocar, mas não conseguiu chegar mais cedo para assistir à vitória contra o Criciúma, que deixou o time muito perto do retorno à Série A.

– Quando eu chego lá, eu descubro que a festa era à fantasia. E eu não estava fantasiado, estava com a camisa do Vasco, do jeito que eu estou todo dia na Unicamp. Quem me conhece sabe que eu vou todo dia para a Unicamp assim, com camisa do Vasco – brincou.

Guilherme ao lado de seu pai e irmã
Guilherme ao lado de seu pai e irmã

O rapaz ostenta a paixão quase desde antes de nascer.

– Desde que eu nasci, em 1º de novembro de 2000, o Vasco estava comigo. Cerca de 20 e poucos dias depois que eu nasci, o Vasco conquistou um dos títulos mais importantes da história, a Copa Mercosul de 2000 com a virada histórica de 4 a 3 no Palmeiras. E eu estava ali, recém-nascido no colo do meu pai, com o moletom do Vasco. E poucos dias depois, o Vasco foi campeão brasileiro.

A relação com o time carioca não para por aí. Até a mãe de Guilherme, que não torcia para a equipe, já era vascaína sem saber.

– Minha mãe nem é tão assim com futebol, mas ela nasceu exatamente no dia de fundação do Vasco da Gama, 21 de agosto. Então mesmo que ela não seja uma pessoa que acompanha futebol, ela acabou virando vascaína. Aqui é tudo Vasco. Vasco está sempre entre a gente.

O amigo Gabriel também brinca com a paixão de Guilherme.

– Na universidade eu acabei conhecendo o Lôbo, que é a representação do vascaíno, o vascaíno sofredor que está lá assistindo fielmente aos jogos, independentemente do horário, do time adversário. Foi incrível, comecei a me considerar um vascaíno também.

O próximo encontro do grupo, que irá acontecer nesta quinta-feira (27), promete. É data do próximo jogo do Vasco e os amigos esperam poder comemorar também o acesso do time.

– É uma relação muito íntima, é uma paixão que a cada dia só cresce, porque é Vasco da Gama e nada mais, entendeu? É isso aí.

Fonte: Globo Esporte

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