Presidente do Sport ataca Jorginho: ‘Lobo em pele de cordeiro’

Yuri Romão, presidente do Sport, criticou a postura do técnico Jorginho após a invasão de campo em Sport x Vasco da Gama.

Yuri Romão, presidente do Sport
Yuri Romão, presidente do Sport (Foto: Anderson Stevens/SCR)

Claudinei Oliveira deixou o campo da Ilha do Retiro com um desabafo, após a confusão em Sport x Vasco, mas não foi o único. Após uma conversa nos vestiários, a diretoria rubro-negra apareceu para se pronunciar – em entrevista com o presidente Yuri Romão, o vice de futebol Augusto Carreras e o executivo Jorge Andrade.

O clube repudiou a invasão da torcida, mas fez críticas à postura da arbitragem e também ao time do Vasco. O duelo aconteceu até os 48 minutos do segundo tempo, momento do gol de Raniel, mas terminou encerrado pelo árbitro Raphael Claus – em empate por 1 a 1 – após mais de 50 minutos de paralisação.

Raphael Claus: VAR e jogo encerrado

Augusto Carreras, vice de futebol do Sport, abriu o pronunciamento criticando as decisões do árbitro Raphael Claus. Primeiro pela marcação do pênalti, mas em seguida também por conta da decisão do juiz de encerrar a partida de dentro dos vestiários – sem voltar ao campo.

“O Sport sofreu e vem sofrendo com falta de critério entre o VAR e juiz de campo. Não é choro. Não é choro de perdedor, até porque não perdemos.”

– A cara de constrangimento do Raphael Claus quando ele volta para o campo para marcar o pênalti, é uma coisa que entristece o futebol. Ele disse aos atletas que não foi pênalti e depois foi obrigado a marcar o pênalti – diz o dirigente.

Na sequência da marcação, Raniel converteu a cobrança de pênalti e saiu para comemorar na frente da arquibancada sede, quando a torcida do Sport forçou os portões e invadiu o campo. O time do Vasco correu para dentro dos vestiários, e o jogo permaneceu paralisado por mais de 50 minutos, quando o árbitro decidiu encerrar.

– O tenente coronel Washington disse que tinha condições de segurança para que a partida seguisse e inesperadamente o trio de arbitragem resolve ir para o vestiário tomar a decisão. Raphael Claus chama o comandante de policiamento, os treinadores e dirigentes para comunicar que não voltaria, alegando que não teria condições de garantir a segurança. Ele teria que ter ido verificar as condições do campo.

Segundo apuração do ge, o juiz Raphael Claus teria relatado à comissão de arbitragem que sofreu forte pressão da polícia, da Federação Pernambucana e do Sport para prosseguir com o jogo, apesar de considerar que não havia segurança para isso. Esse teria sido um dos motivos pelos quais demorou a encerrar a partida. Inclusive, teria relatado que não se sentiu seguro para voltar ao campo, por isso encerrou do vestiário.

Confusão: Presidente do Sport e técnico Jorginho

Em meio à sequência de episódios, o presidente Yuri Romão apareceu no campo para conversar com a arbitragem ao lado da equipe. O mandatário esteve entre os membros do Rubro-negro que se revoltaram dentro de campo, ao discutir com o técnico do Vasco, Jorginho.

– O técnico do Vasco tem por hábito ser sempre o pastor. Não estou querendo trazer nenhuma questão religiosa, mas se mostra sempre o santo. Ele é lobo em pele de cordeiro. Ele chegou com conversa mole dizendo que era pai de família, avô, dizendo que era absurdo. Eu disse que quem começou foi o atleta dele, que jogou uma cadeira em direção à torcida e que tinha mostrado a genitália. Que ele não viesse com conversa mole. Ele disse que não foi e começou a discussão. A gente começou a bater boca.

Novas críticas: jogadores do Vasco

O vice-presidente de futebol do Sport, Augusto Carreras, também fez críticas aos jogadores do Vasco. Neste caso, especificamente sobre os que participaram da comemoração do gol de Raniel – que antecedeu a invasão de campo.

– Você vê atletas que não tem o menor preparo para vestir uma camisa de um time da grandeza do Vasco. Coisa de moleque. De ir para uma torcida e depois querer colocar a culpa na torcida do Sport. Não estou defendendo a torcida, mas a provocação partiu dos atletas que estão em campo, que estão ali para dar o espetáculo.

“O torcedor pagou para viver um espetáculo. Não para ser agredido. Não para ver jogador balançando genitália. Não para ver jogador jogando cadeira. Isso está em vídeo.”

Fonte: Globo Esporte

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