Marlon Gomes aposta em versatilidade e maturidade para se firmar no Vasco

Com entendimento tático elevado, Marlon, que foi pai aos 15 anos, consegue desempenhar variadas funções no meio-campo do Vasco da Gama.

Marlon Gomes em ação pelo Vasco contra o Londrina pela Série B 2022
Marlon Gomes em ação pelo Vasco contra o Londrina pela Série B 2022 (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

A nova safra de garotos do Vasco trocou de status rapidamente. De promessas, assumiram o protagonismo e já são uma realidade dentro do clube. Impressiona, inclusive, a maturidade dos jovens, três deles titulares com 18 anos. Caso de Marlon Gomes, por exemplo, que foi chamado para um período de treinos com profissional em julho e não desceu mais.

Desde então a ascensão foi meteórica. Marlon ainda teria dois anos de sub-20, mas estreou pelos profissionais no fim de julho sob o comando de Maurício Souza, ganhou rapidamente a posição de titular e hoje é um dos destaques do Vasco. Nem mesmo uma lesão muscular no jogo em que marcou seu primeiro gol como profissional, diante do Tombense, atrapalhou a rápida trajetória. Hoje o meia de 18 anos é nome imprescindível no time de Jorginho.

Desde que subiu, Marlon disputou 14 jogos, marcou dois gols e deu duas assistência. O primeiro gol foi uma pintura em uma arrancada do meio de campo contra o Tombense. O segundo, também bonito, foi diante do Novorizontino, no sábado.

– É um jogador que desempenha algumas funções do meio para frente. Só não faria um atacante de área. Mas joga pelo meio, por dentro, pelo lado direito… É muito forte no confronto, não desiste. Tem capacidade técnica enorme, assim como o Andrey. É bom ver todos esses jogadores jovens com potencial tão grande. É mérito do pessoal da base. Eles ainda vão crescer, vão melhorar ainda mais – elogiou Jorginho, após a vitória sobre o Novorizontino, jogo em que Marlon talvez tenha sido o grande destaque.

A maturidade apresentada em campo também tem influência da vida pessoal. Marlon Gomes foi pai aos 15 anos de Maitê, hoje com dois anos e meio. A paternidade veio um pouco depois dele chegar ao Vasco, em 2018, ainda garoto.

Na época, o meia, que nasceu no Rio de Janeiro, jogava pelo Nova Iguaçu, quando surgiu a oportunidade de fazer um teste no Vasco. Foi aprovado e ingressou no time sub-15. Não demorou muito a ser convocado para seleção brasileira da categoria. Desde então, Marlon esteve presente em todas as categorias de base do Brasil.

A última convocação, inclusive, aconteceu em março, quando, ao lado de Andrey Santos, conquistou com a Seleção sub-20 o título do Torneio Internacional, no Espírito Santos.

A amizade com Andrey, aliás, vem de longo tempo. Eles se conheceram em 2017, quando Marlon chegou ao Vasco, e chegaram a dividir quarto no alojamento do clube. Também jogaram juntos na base e em todas categorias da seleção.

– Fico muito feliz por fazer mais um jogo consistente. Foi um jogo que com certeza ficará marcado na minha carreira. Foi um jogo de pouquíssimos erros individuais e coletivos. Lógico que fazer gol e decidir jogo é sempre bom. Mas independentemente de sair o gol, estamos sempre ajudando de outras formas. Mais os crias estão fazendo gol.

– É um sonho para nós. Porque desde pequenos jogamos juntos, eu, Andrey, Figueiredo… E nosso sonho era chegar aqui e fazer com que o nosso nome fosse lembrado. E isso está acontecendo – disse Marlon.

A inspiração de Marlon Gomes no futebol vem de família. Ele tem como espelho e ídolo o seu irmão mais velho, Matheus Claudino, jogador do Figueirense. O volante, de 24 anos, também começou no Nova Iguaçu. Seis anos mais velho, sempre foi a inspiração do meia do Vasco na carreira, que seguiu os passos do irmão e decidiu ser jogador de futebol.

Em fevereiro deste ano, antes de Marlon subir para o profissional, o Vasco renovou o contrato do meia. O novo vínculo vai até dezembro de 2024.

Fonte: Globo Esporte

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