Candidatos ao governo do RJ comentam o edital do Maracanã

Os três postulantes ao cargo mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de votos falaram o que pensam do edital do Maracanã.

Estádio do Maracanã
Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro

O Panorama Esportivo consultou os três candidatos ao governo do Rio de Janeiro melhores posicionados nas pesquisas de intenção de votos para falarem sobre o edital do Maracanã. Enquanto Cláudio Castro (PL), atual governador, e que lançou a proposta em vigor não respondeu, seus adversários Marcelo Freixo (PSB) e Rodrigo Neves (PDT) prometeram rever o edital e criticaram a obrigatoriedade de haver camarotes cativos ao governo e as regalias correspondentes.

Marcelo Freixo alegou que “o Maracanã não pode ser tratado como moeda de troca e instrumento de distribuição de favores”. E que “é inaceitável a ingerência prevista do estado na gestão do concessionário, que não teria sequer autonomia para indicar livremente seus executivos”.

“Queremos um processo transparente e que resulte num modelo sustentável. Vamos garantir tratamento isonômico aos concorrentes do processo licitatório e possibilidade de planejamento no longo prazo. E garantindo segurança jurídica e viabilidade econômica é possível garantir a realização de investimentos necessários como um setor popular no estádio, algo que já foi objeto de discussão e que não compromete a sustentabilidade financeira do eventual gestor do estádio e um acesso dedicado às torcidas visitantes que trazem um número menor de torcedores”, diz trecho da nota do candidato.

Freixo também alega que “embora seja provável que apenas um ou dois clubes vençam a licitação, deve ser garantido a todos os grandes clubes do Rio o direito de fazer algumas partidas no estádio, dentro de um planejamento estruturado, a um preço justo”.

Rodrigo Neves contou que há fatores e condicionantes recentes que podem afetar o processo do edital, como por exemplo se o Flamengo, num possível investimento em estádio próprio, terá interesse em se manter no Maracanã. Ele ressaltou ainda que o estádio precisa ser pensado como instrumento para o desenvolvimento econômico do Estado, que vai além do futebol.

“Ao vencermos a eleição, vamos fazer uma análise técnica rigorosa em todo o processo da concessão. Tem que se comprovar boa para a população carioca e fluminense, para o torcedor, responsável com o erário público e positiva para o Estado do Rio. Não vamos tolerar partes do edital em que o atual governador, por exemplo, pede vagas cativas para assessores do governo do Estado. Isso é um absurdo, inaceitável!”, disse a nota do pedetista.

De acordo com o cronograma do edital, as propostas precisam ser apresentadas no dia 27 de outubro. Uma das obrigações é que sejam disponibilizados sete camarotes para o governo do estado (antes eram cinco), assim como vagas em estacionamento e serviço de buffet.

Além disso, será criado um comitê Deliberativo de Gestão Estratégica (Codege), que será composto por três pessoas, uma indicada pelo vencedor da licitação e outras duas pelo governo do estado, que assim, terá poder de veto. O estado também poderá vetar a escolha do executivo que irá gerir o estádio. O edital também obriga o vencedor da licitação a organizar 70 jogos por temporada.

Os termos do documento elaborado pela Casa Civil da gestão Cláudio Castro foram duramente criticados por Flamengo e Fluminense, que compõe o Consórcio Maracanã, que administra o estádio atualmente. O Vasco, que apesar de não tecer críticas públicas, não gostou tanto assim dos termos.

Na semana passado o governo fez uma modificação no edital e determinou ainda que todos os clubes do Rio, independentemente de serem gestores ou não do Maracanã, terem as mesmas condições de uso do estádio. Inclusive, o mesmo valor de aluguel será cobrado.

Fonte: O Globo

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1 comentário
  • Responder

    Acho muito errado clubes gerir um estádio que é de todos.
    É só entregar nas mãos de uma empresa seria como faz o Palmeiras.
    Essa bagunça toda é por causa dos sem teto que nunca fizeram esforço pra construir seu próprio estádio, querendo tomar posse de um bem que é de todos.

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