Pássaro revela acordo com juro elevado do Vasco com empresa ligada a conselheiro
O ex-executivo de futebol do Vasco da Gama, Alexandre Pássaro, contou que a empresa cobria os gastos com viagem e cobrava com juros alto.
Em entrevista concedida ao Reis da Resenha Alexandre Pássaro relembrou o período no Vasco da Gama. Um dos temas abordados pelo dirigente foi uma cobrança no mínimo curiosa referente às viagens da delegação do Clube quando foi contratado em janeiro de 2021.
Pássaro contou que existia uma agência de viagens, ligada a um conselheiro, sem o nome revelado, que trabalhava na logística do Gigante. A empresa pagava os custos das viagens e cobrava com uma taxa de 16% ao mês ao Vasco, o que segundo ele foi cortado em seguida.
– Primeira viagem que a gente foi fazer ficou R$ 200 mil, era para Goiânia, jogo contra o Atlético-GO. Eu ia assinar a nota e deu esse valor mais 16%. Questionei o adicional e disseram que era da agência de viagem. Não sabia que tínhamos. No São Paulo era um profissional que fazia a logística. Até tinha uma agência de viagem, mas cobrava da companhia e não do clube – contou o dirigente, que completou:
– Disseram que isso já existia e era ligada à empresa de um conselheiro e o Vasco não tem dinheiro. Não tínhamos dinheiro para pagar a passagem. A empresa botava na frente o dinheiro, a gente viaja e um dia a gente pagava. Mas em quanto tempo? O combinado era que quando fechava o mês a gente pagasse. Então emprestávamos dinheiro com 16% ao mês. Um banco é 16% ao ano. Eu disse: “Então avisa que foi a última”. Aí em algum lado do conselho já me fizeram um ‘x’.
‘Marcado’
Depois do corte, o dirigente alega ter sido ‘marcado’ pelo conselheiro em questão e chegou a ter sua saída solicitada pelo próprio em postagem em rede social. Pássaro completou destacando que a situação financeira fez com que o Cruzmaltino pegasse empréstimos com juros altos, o que acontece há muitos anos e ainda rende dívidas.
– Uma vez, numa derrota que tivemos veio o gerente de futebol e me mostrou um comentário mais curtido numa publicação. Era o dono da empresa: “Pô, tem que sair esse Pássaro”. É lógico que tem que sair. Isso é a diferença no Vasco. O cara ali, na comida, na base. Como o Vasco era um clube sem dinheiro, as pessoas emprestavam em taxa de 16%, 20%. Se confundia muito isso. O presidente estava pagando coisa de 20 anos atrás, que emprestou dinheiro. No caso do (Martín) Benítez, o Carlos Leite emprestou R$ 200 mil e pegou R$ 200 mil – concluiu Pássaro.
Alexandre Pássaro foi gerente executivo de futebol do Vasco entre janeiro e novembro de 2021 e ficou marcado pela péssima campanha na Série B. Com seus contratados, a equipe vascaína terminou a Segundona no meio de tabela e sequer chegou a brigar diretamente pelo acesso, marca negativa nunca antes imaginada para o Gigante.
Foda-se tem que sair da segunda divisão bando de canalhas que fazem o torcedor passar vergonha todo ano 777 e cacete não ere nem pra ser vendido o clube do povo não tô vendo a 777 nem 888 fazer nada pra conseguir colocar o Vasco na primeira divisão