Duque Estrada afirma que confidencialidade é preocupação da 777 Partners

O segundo VP geral do Vasco da Gama, Roberto Duque Estrada, disse ainda que não vê a 777 Partners com o intuito de desistir da SAF vascaína.

Roberto Duque Estrada, 2º VP geral do Vasco
Roberto Duque Estrada, 2º VP geral do Vasco

A discursão em envolta do contrato da 777 Partners para compra da SAF do Vasco da Gama está em evidência após a liminar da Justiça a favor da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj (CODECON). No momento, os ritos estão impedidos até que o acordo seja apresentado na íntegra.

Em meio a isso, Roberto Duque Estrada se manifestou em breve contato com o canal Atenção, Vascaínos!, garantindo que o processo tem sido transparente. Ele destacou as etapas que foram compartilhadas com os torcedores e afirmou que as cláusulas de confidencialidade é uma preocupação maior do grupo norte-americano e garantiu que não tem detalhes prejudiciais ao Clube.

– Entendo que essa questão da transparência é uma falácia porque mais transparente impossível do que nós fomos. Falo também pela Diretoria Administrativa com todos os debates, audiências publicas e entrevistas coletivas. Todo esse processo da SAF foi sendo aberto e muito claramente debatido. O parecer da comissão analisou o contrato, nós fizemos um documento de obrigação de confidencialidade, mas nós vimos os contratos e entendemos até que a confidencialidade está muito mais como uma preocupação do nosso parceiro investidor com estratégias de investimento, orçamentos, alocação de valores, por concorrência de mercado. Exclusivamente com isso. Não tem nenhuma regra, nenhuma confidencialidade que esconda algo prejudicial ao Vasco – disse o segundo vice-presidente geral, que continuou:

– Todas confidencialidades está em relação aos compromissos de investimento que são muito favoráveis aos Vasco. Infelizmente é lamentável essa decisão judicial. A gente que essa discussão do torcedor consumidor parece juridicamente equivocada, mas a gente respeita pois enquanto a decisão estiver valendo não se pode deliberar. Nós tivemos mais esse tempo para ultimas discussões de alguns pontos e essa suspensão acabou nos dando mais tempo para usarmos todo tempo adicional de 10 dias e concluímos com muita precisão técnica e muito diálogo o parecer.

Desistência?

Um ponto questionado ao dirigente foi sobre uma possível desistência da empresa em meio ao impasse no negócio, o que, na visão dele, não é uma intenção deles, mas fez o alerta em relação ao tempo de conclusão. O segundo vice-presidente geral apontou que o Cruzmaltino talvez não conseguisse uma proposta se o acerto com a 777 fosse fechado após o começo da Guerra na Ucrânia, o que, na sua visão, mudou a forma de negociar globalmente. Lembrando que o memorando de intenção de compra ocorreu em fevereiro e o conflito estourou em março.

– Entendo que eles não têm intenção de desfazer o negócio. É obvio que existe um tempo para a realização do negocio e esse tempo corre. O sócio vascaíno tem consciência que o Vasco passa ainda por uma situação financeira muito delicada, estamos jogando a Série B do Campeonato Brasileiro, nós precisamos realmente de um aporte de recursos e investimentos para voltarmos ao patamar que todo sócio vascaíno gostaria de estar. Essa é uma alternativa que nós recomendamos porque ela parece extremamente positiva no cenário atual e em comparação a outros negócios feitos de SAF que não tem tantas disposições protetivas a associação, que obrigue um investimento e uma busca permanente por títulos como o nosso contrato. O contrato foi extremamente bem negociado em uma oportunidade única, antes do mundo entrar em guerra com a guerra da Ucrânia, antes de certas condições de mercado terem mudado – explicou o dirigente, que concluiu:

– Não sei se essas condições se manteriam no negócio se essa proposta viesse já depois da guerra, com a mudança de ambiente econômico do mundo. O fato é que esse negócio certamente mudará o Vasco de nível e nós vamos ter um dos maiores orçamentos do Brasil. Também estou muito bem impressionado com o profissionalismo, o nível técnico dos representantes da 777 que estiveram aqui. Você vê que eles estão realmente dispostos a fazer história aqui no Vasco, de fazer um time vitorioso como nós fomos por inúmeras vezes e deixamos de ser justamente por um descalabro administrativo, por um momento em que mudaram as condições de levantamento de recursos no Brasil dos clubes de futebol e o Vasco foi muito penalizado com isso. Esperamos agora virar essa página e fazer história aqui com um negócio muito positivo pro Vasco e pra gente ter um time realmente vencedor.

Cenário

O Gigante recorreu da ação questionando a legitimidade da Comissão da Alerj e ainda alegou ‘urgência’ pela questão da janela de transferências. A diretoria vascaína espera passar o comando do futebol a tempo de trazerem reforços de imediato, mas teria que acontecer até o dia 15 de agosto. Com o processo ainda em andamento, o Vasco não tem tanta esperança mais quanto a isso.

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