Sem entregar titular, Halls e Alexander falam sobre parceria e revelam inspirações no gol

Num momento da entrevista, o goleiro do Vasco da Gama, Halls, revelou que o seu nome é inspirado na bala, por escolha do pai.

Halls e Alexander foram formados da base do vasco
Halls e Alexander foram formados da base do vasco (Foto: Daniel Ramalho / Vasco)

Uma entrevista bem-humorada, marcada por parceria e esperança. Amigos desde a adolescência, Halls e Alexander vivem a expectativa de substituir Thiago Rodrigues, suspenso, contra o Sampaio Corrêa. Em comum, a disputa no gol do Vasco e contratos por encerrar. Halls termina seu vínculo com o clube em dezembro. Alexander, mais curto ainda, em 30 de setembro.

Neste sábado, às 16h30, contra o Sampaio Corrêa, um dos dois vai viver momento importante na carreira, mas as circunstâncias não diminuem o sentimento de amizade entre eles.

– Não sabemos ainda quem vai jogar. Geralmente a gente descobre na preleção, duas horas antes do jogo. Mas com a parceria que a gente tem, com certeza vai sempre ter um torcendo pelo outro. Vários treinadores passam aqui e falam que nunca viram isso em outro clube. Temos união muito grande – contou Halls.

Número 24 do Vasco, Halls tem dois jogos pelo Vasco – um a mais do que Alexander -, mede 1,98m – contra 1,90m do companheiro – e um nome que desperta a curiosidade. Saciadada por esse goleiro nascido em Nova Iguaçu, cria da base do Vasco.

– É igual à bala mesmo. Meu pai é fã da bala. Colocou o nome em mim e no meu irmão, que é o Rick Halls. Ele joga no Bragantino. Casei na segunda-feira, minha mulher queria colocar o Halls. O primeiro nome também veio da cabeça dele. Ele queria Ed Murphy. Vem da cabeça do meu pai. Virou a família Halls. Tenho sempre um Halls Black no carro. É a minha preferida – contou, com direito a propaganda, o jovem goleiro vascaíno.

– É o meu nome e quero que seja um nome respeitado. Vou correr atrás disso.

De São Gonçalo, Alexander vive expectativa de voltar a atuar pelo Vasco. Mas praticamente repete as palavras do amigo. Disputa sim, deslealdade jamais.

– Temos essa irmandade que vem de um bom tempo. Cada um busca seu espaço. Independentemente de qualquer coisa, é uma briga sadia. Existe sim uma disputa, mas um quer o melhor para o outro. Sempre buscando o alto nível. Se um está bem, o outro tem que estar melhor. Goleiro é isso aí – comentou o jogador do Vasco.

– Ele é o meu irmão fora da família. Estamos juntos de 2015 buscando nosso espaço, nosso sonho no Vasco. Essa amizade é fortificada. A cada momento difícil nos unimos mais. Os goleiros são muito fechados. A gente treina diferente, sofre diferente. Essa amizade é como uma irmandade – reforçou Halls.

As referências

Alexander e Halls falaram de jogadores que viram atuar e os inspiraram. Citaram, claro, Thiago Rodrigues, o titular vascaíno, e ex-goleiros, entre eles Martín Silva, campeão carioca em 2015 e 2016. Mas também houve citação ao ex-jogador Bruno, campeão brasileiro pelo Flamengo e que esteve preso, condenado por participação no assassinato da mãe de seu filho.

Alexander, é claro, ressaltou que o jogador era reconhecido na época em que começou por ser grande pegador de pênalti, uma característica que tinha no seu início no futebol.

– Minha vó que me fez ser goleiro. Ela via que eu saia do colégio e ficava sem nada para fazer. Ela me botou na escolhinha, eu tinha 7 anos, e nem queria saber de futebol. Na escolhinha virei zagueiro. Teve um campeonato na minha cidade em São Gonçalo e não tinha goleiro. Me colocaram no gol porque eu era o mais alto. Peguei dois pênaltis na final. O Bruno era o goleiro mais badalado na época. Comecei a assistir aos vídeos dele e me inspirei nele. No começo ele foi a minha inspiração – contou.

Halls citou Courtois, goleiro belga, estrela do Real Madrid. E tanto ele quanto Alexander citaram a convivência com outro estrangeiro.

– O cara que mais admirei aqui foi o Martin Silva. Ficava admirando a frieza dele. Assim como o Thiago tem hoje, nos mantém no foco. Isso me chamou muita atenção. O Fernando Miguel também foi um cara que me passou muito ensinamento no futebol e na vida. Ele também tem duas filhas e me ensinou muita coisa. Foi o goleiro que tive mais contato – revelou.

– Acho que cada goleiro tem sua virtude. O Martin Silva era muito frio. O Fernando Miguel era muito seguro. O Thiago é habilidoso com pé, em bolas longas. O Halls espera até o último minuto, eu já saio do gol para caramba (risos). Filtramos um pouquinho de cada um e levamos o ensinamento para vida – observou Alexander.

Fonte: Globo Esporte

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