Na expectativa da SAF, Vasco quer evitar ‘apuros’ financeiros a partir de agosto
Vasco da Gama tenta acelerar acordo com a 777 Partners para não ter que lidar com a falta de recursos e o aumento de suas dívidas.
Ao mesmo tempo em que está prestes a transferir boa parte da gestão do futebol para o grupo 777 Partners, o Vasco da Gama também se preocupa em como será o futuro financeiro até que o acordo com a empresa norte- americana seja concluído. Segundo informação do canal “Atenção, Vascaínos!”, o Cruzmaltino tem recursos para pagar os salários de julho, mas e depois?
Caso o negócio com a 777 ainda não esteja finalizado, o Gigante da Colina terá que se desdobrar para poder honrar seus compromissos com pagamentos de salários, fornecedores e a quitação de empréstimos feitos nos últimos anos. O plano B” do Vasco para o restante da temporada é poder lucrar com a venda de atletas, mas esse é um caminho tido como incerto.
No começo de março, antes mesmo de oficializar o negócio com a 777 Partners, o Vasco recebeu um empréstimo de R$ 70 milhões do grupo norte-americano. Conforme amplamente divulgado pela imprensa esportiva ao longo de terça-feira (21), o valor já foi utilizado pelo Clube. O fato foi divulgado em um ofício que o Conselho Fiscal Cruzmaltino enviou na semana passada ao Conselho Deliberativo, com cópia para o presidente Jorge Salgado.
A maior parte do dinheiro foi utilizado para pagamento de dívidas em gerais. Quando o empréstimo da 777 Partners bateu, o Vasco devia dois meses de salários a jogadores e funcionários, além de férias e 13º do ano anterior. Segundo a discriminação dos gastos feita pelo Conselho Fiscal, quase R$ 25 milhões foram destinados para quitar esses encargos salariais.
Além disso, cerca de R$ 30 milhões serviram para abater dívidas de outras naturezas: R$ 15.679.167 foram usados para o pagamento de “acordos e parcelamentos” e R$ 14.287.835 para “amortização de empréstimos”.
Nesta terça-feira (21/06), o Clube finalmente recebeu a proposta vinculante da 777 para aquisição dos 70% do futebol vascaíno. Agora, a Comissão Especial do Conselho Deliberativo terá de 15 a 25 dias para emitir um parecer favorável ou não à aceitação da proposta.
A partir de então, serão convocadas uma reunião no Conselho Deliberativo e votação dos sócios em Assembleia Geral para aprovação da venda de 70% das ações, que, na melhor das hipóteses, pode acontecer até meados de julho.