Carlos Brazil garante que Vasco ainda não tem negociação aberta por novo treinador
Gerente de futebol do Vasco da Gama, Carlos Brazil comentou como estão indo as buscas do Clube pelo novo técnico.
“Quem será o próximo técnico do Vasco?”. Esta é a pergunta mais feita pelos torcedores nos últimos três dias, desde que Zé Ricardo pediu demissão. De lá pra cá dezenas de nomes foram ventilados nas redes sociais, mas a verdade é que nenhum deles está em conversa com o clube. Pelo menos é isso que garantiu o gerente de futebol Carlos Brazil após a vitória sobre o Náutico, no Arruda, pela 11ª rodada da Série B.
– A gente está vendo com calma, ainda não tem nome, não tem nenhuma negociação – foi enfático.
O discurso está alinhado com o do presidente Jorge Salgado, que deixou o estádio poucos minutos depois do apito final sem muitas palavras: “Nada resolvido e sem prazo”, disse enquanto saía às pressas.
Obviamente o Vasco tem nomes na mesa, mas o que Carlos Brazil quis ressaltar é que o departamento de futebol ainda não definiu alvos e nem iniciou os contatos. O clube está na fase de alinhamento dos critérios e conversas com dirigentes e com a 777 Partners, que está perto de adquirir 70% do futebol vascaíno.
A primeira vitória fora de casa, sob o comando do interino Emílio Faro, dá mais tempo e tranquilidade para a diretoria encontrar o próximo treinador. No papo com o ge, Brazil transpareceu que não há pressa em definir o nome nos próximos dias. Leia abaixo:
ge: como está a busca pelo novo treinador? O Vasco já definiu um alvo?
Brazil: Os processos estão muito desenhados, meu pensamento é que a gente contrate um treinador não somente pelo nome, mas alinhado a esses processos. O orçamento também precisa ser respeitado. A gente está vendo com calma, ainda não tem nome, não tem nenhuma negociação. A gente está alinhando o perfil. Lógico que internamente a gente já avaliou nomes. Passei três dias dormindo poucas horas avaliando jogos, nomes, assim como a gente avalia jogadores. Ainda que discorde, o torcedor pode ter a tranquilidade que a gente vai escolher dentro de um processo.
E qual é esse processo?
É preciso que seja uma pessoa com liderança de equipe, hoje não se faz nada sozinho no Vasco. Tem uma equipe de trabalho que precisa ser respeitada, alguém que olhe para os processos. Tem uma ideia de jogo pavimentada desde o início. A gente construiu um elenco novo, muitos foram contratados, o orçamento era pequeno, e o grupo foi montado dentro dessa realidade. Conseguimos trazer atletas competitivos e comprometidos. A gente quer um técnico que dê continuidade ao que foi construído com Zé Ricardo.
O Vasco então não tem pressa para contratar um treinador?
Tudo tem o seu tempo. Estamos tendo o cuidado em trazer alguém certo para o processo, são muitas questões: valor da comissão, se o treinador vai aceitar, está ou não empregado… São muitas coisas além do perfil, ideia de jogo e alinhamento com os processos. Isso requer dias. Os profissionais aqui são extremamente competentes e podem suprir essa ausência por um tempo.
A vitória sobre o Náutico aumenta a confiança no interino Emílio Faro? Ele pode ser mantido enquanto o clube procura com calma o substituto de Zé Ricardo?
A confiança não é por conta da vitória, mas a confiança é no processo. Não tínhamos dúvidas que tudo ia funcionar bem, e vencer dar uma tranquilidade maior para o torcedor, que não vive o dia a dia do clube e não vê o trabalho de perto. Bom para o torcedor ver que estamos bem servidos e que podemos ter mais calma para escolher dentro daquilo que a diretoria e a 777 entende como ideal.
Fale mais essa parceria com a 777. Além da busca por treinador, como está a análise de jogadores, tendo em vista que a janela de transferências reabre em julho?
Essa parceria é quase que diária. São pessoas que estão na expectativa de assumir o clube, até por uma questão ética temos que compartilhar o que está acontecendo. A 777 é mais um núcleo dentro do clube agora. E tem a análise de mercado, com profissionais olhando jogadores diariamente. Vamos entender as necessidades mais específicas, sem prejudicar o orçamento. Montamos um elenco numeroso, porque sabíamos que erros e oscilações poderiam acontecer. Nas posições que entendermos que precisamos trazer, vamos trabalhar com a diretoria e a 777.
Fonte: Globo Esporte
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