Edimar minimiza críticas e exalta força da torcida do Vasco

O lateral-esquerdo do Vasco da Gama, Edimar, ainda disse que escolheu jogar no Gigante e chegou a recusar propostas da Série A.

Edimar em coletiva no CT Moacyr Barbosa
Edimar em coletiva no CT Moacyr Barbosa (Foto: Emanuelle Ribeiro/GE)

Como de costume, o Vasco foi recebido com muita festa em Manaus, onde enfrenta o Guarani nesta quinta-feira pela Série B do Brasileirão: aeroporto lotado, gente cercando o local onde a equipe treinou. Isso tem sido uma constante na temporada. Foi assim em São Luís, em Maceió, Juazeiro, Muriaé… É justamente o que Edimar esperava – e procurava.

Na véspera do seu aniversário, o lateral-esquerdo que completa 36 anos no próximo sábado contou sobre o que o levou a jogar no Vasco. Sobre ter escolhido assumir essa responsabilidade num momento de carreira consolidada, com experiência na Europa e passagens por clubes grandes no Brasil.

Ao assinar contrato de um ano depois de jogar três temporadas no Bragantino, Edimar queria voltar a sentir o calor da torcida de um clube de massa. Ainda que isso significasse aumentar o risco de sofrer críticas, como já aconteceu mais de uma vez na temporada.

– Eu escolhi vir jogar no Vasco – afirma Edimar.

– Sinceramente, eu poderia continuar na Primeira Divisão, jogando por um grande rival do Vasco no Rio. Eu tive outras propostas, de time do Nordeste, de clubes da Série A. Mas eu coloquei na balança realmente o tamanho do clube, o tamanho do Vasco. Como falei: queria voltar a sentir esse calor do torcedor. Escolhi encarar um desafio que eu imaginei que seria difícil, talvez um dos maiores desafios da minha carreira. Mas também confiante de que poderia dar certo – acrescenta ele.

“Imagina, eu com 36 anos, voltando a vestir a camisa de um gigante brasileiro, que é o Vasco, e podendo levar esse time de volta para a Primeira Divisão. Seria e vai ser espetacular, entendeu? Eu sonho com isso todo dia”, conclui.

Edimar recebeu a reportagem do ge depois do jantar, numa sala do hotel onde a delegação vascaína está hospedada em Manaus. Capixaba de Cachoeiro de Itapemirim, ele passou uma boa parte da carreira rodando por clubes da Europa: jogou em Portugal, na Romênia, Portuga, Itália… Quando voltou, antes de ir para o Bragantino, defendeu o Cruzeiro por uma temporada e o São Paulo por duas.

Com propriedade para falar do assunto, ele comentou sobre o que a torcida do Vasco tem feito nos últimos jogos.

– Cara, espetacular. A minha experiência no futebol é grande, joguei em outras duas grandes equipes no Brasil, que são Cruzeiro e São Paulo. São equipes que também arrastam bastante torcedores. Mas igual ao Vasco… Eu estava até falando com os meninos hoje, é uma experiência única. Você vê, chegamos ontem 4h da manhã, o torcedor lotou o aeroporto, a festa que o torcedor faz. Na viagem para Muriaé também, chegamos na madrugada. E eu meio que já esperava isso, a decisão de vir para o Vasco foi para viver novamente esses momentos, de sentir o calor da torcida – disse Edimar.

“Eles não param. Vocês viram no último jogo com o Bahia, a torcida cantando o jogo todo. E você vê que é aquela coisa mesmo de alma”, completou.

Sobre críticas: “Consigo assimilar”

A relação de Edimar com a torcida começou bem. No início do Carioca, na vitória sobre o Madureira em Conselheiro Galvão, ele caiu nas graças do torcedor ao conversar com vascaínos na arquibancada durante o jogo. Ele havia acabado de dar uma assistência para Getúlio. “Vai ter que pagar”, brincou.

No decorrer da temporada, com as eliminações no Carioca e na Copa do Brasil e o início conturbado na Série B, vieram as críticas. Edimar ainda sofre com o fato de que Riquelme, com quem disputa posição na lateral esquerda, é cria do Vasco e muito querido pelo torcedor. Ele conta que consegue lidar bem com isso.

– Não é que eu esteja calejado, mas você entende o momento. Sei que, quando está na vitória, é muito fácil a pessoal ir lá e te aplaudir, te elogiar. No momento da derrota o torcedor é muito paixão, muito sentimento. Eu vejo que o torcedor não consegue controlar os sentimentos, então na derrota você sempre vai ser criticado. Mas eu também consigo assimilar algumas críticas. As que são positivas e me fazem crescer, eu pego para mim realmente. Aquelas que você vê que não têm fundamento, a gente exclui, fecha o ouvido – explica ele.

– Mas eu entendo as críticas do torcedor nesse sentido de querer ver o Vasco crescer, de ver o Vasco onde ele deveria estar, que é de volta na Primeira Divisão e sempre vencendo os jogos – acrescenta.

“Nossa linha é muito certinha”

Edimar foi titular em 18 dos 22 jogos disputados pelo Vasco na temporada. Chegou a perder a vaga para Riquelme neste início de Série B, quando começou no banco as partidas contra Ponte Preta e Tombense. Mas voltou. E sua volta coincide com o momento de maior solidez defensiva da equipe na temporada.

Com três gols sofrido até aqui, o Vasco só perde para o Sport (que sofreu dois) no ranking de defesas menos vazadas da Série B. O time ainda tem muita dificuldade para criar, mas passa a impressão de que, se conseguir um golzinho, a defesa segura as pontas lá atrás.

– O trabalho é diário, não somente na parte defensiva, porque a gente coloca defesa como os quatro ali de trás né, o zagueiro, os laterais, o volante também. Mas o Pec ajuda bastante, o Figueiredo ajuda bastante, o próprio Nenê tenta nos ajudar, os volantes… Acima de tudo, é o entendimento dos atletas, de querer fazer a coisa acontecer. Essa parte defensiva tem sido muito legal. Acaba os jogos, eu vejo o jogo compacto. Cara, nossa linha é muito certinha – acredita Edimar.

“Um trabalho bem feito tem que começar pela defesa, a gente trabalha muito focado nesse intuito, de ter uma defesa forte para ter um ataque forte”, acrescenta.

Fonte: Globo Esporte

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