TJD absolve o Flu de racismo e multa o Fla em R$ 20 mil por homofobia
O Flamengo foi multado em R$ 20 mil por cantos homofóbicos no clássico contra o Fluminense, que foi absolvido da acusação de racismo.
O Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) votou nesta quarta-feira pela absolvição do Fluminense da acusação de racismo contra Gabigol, do Flamengo, que não compareceu ao julgamento. Ao mesmo tempo, multou o clube rubro-negro em R$ 20 mil por cantos homofóbicos de sua torcida. Ambas as situações geraram denúncia no clássico do último dia 6 de fevereiro, pela Taça Guanabara.
As decisões foram unânimes. Todos os cinco juízes votaram pela absolvição do Fluminense e pela punição ao Flamengo. No caso da pena rubro-negra, a pena máxima para acusação seria de R$ 100 mil, o que não foi atingido. Pelo lado tricolor, caso fosse punido em pena máxima, poderia perder pontos na Taça Guanabara.
Fluminense e Flamengo foram enquadrados no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Ele diz respeito a “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.
Quanto a acusação de racismo contra Gabigol, o Flamengo entregou um laudo assinado pelo perito Ricardo Molina, que afirmava que o atacante teria sido chamado de “macaco”. Já o contratado pelo Fluminense, assinado pela perita Valeria Leal, garante que as palavras são inconclusivas.
Anteriormente, em depoimento, Gabigol afirmou ter sido xingado de “macaco” no intervalo da partida. O Fluminense levou ao tribunal o preparador físico Marcos Seixas, presente ao lado do atacante nos vídeos publicados nas redes sociais, que afirmou que ouviu xingamentos vindos da arquibancadas, mas que não era possível identificar algum com cunho racista.
Sobre a acusação de homofobia contra o Flamengo, também foi devido a vídeos publicados nas redes sociais onde grupo de torcedores rubro-negros aparecem cantando “que palhaçada, esse pó de arroz, tricolor v…, passa maquiagem, dá o c.. depois…”.
Fonte: O Globo