Mudanças de Zé Ricardo não ajudam e Vasco sofre diante da Ferroviária

O técnico do Vasco da Gama, Zé Ricardo, fez algumas mudanças no time que não tiveram efeito, mesmo com a vitória e classificação.

Zé Ricardo durante jogo contra o Fluminense
Zé Ricardo durante jogo contra o Fluminense (Foto: André Durão)

Os números do Vasco na temporada não refletem bem o desempenho do time até aqui. A vitória sobre a Ferroviária foi a sétima, em dez partidas em 2022. Classificou o time para a segunda fase da Copa do Brasil enquanto o Grêmio, por exemplo, adversário direto vascaíno na Série B, foi eliminado logo no primeiro jogo, para o Mirassol.

Mas é difícil deixar que a frieza do resultado positivo esconda o contexto que o cercou em Araraquara. A vitória por 1 a 0 aconteceu absolutamente a partir de um acidente. O alinhamento dos astros que tem salvado o Vasco na temporada: Nenê encontrou Raniel na área com um cruzamento perfeito. O camisa 9 cabeceou com estilo, preciso.

Talvez tenha sido a pior atuação do Vasco até aqui. Foi uma das piores, com certeza. Venceu, mas foi tão dominado quanto no clássico contra o Fluminense, sábado. Com uma diferença: contra um rival de Série D.

Terminou o jogo com apenas cinco finalizações, contra 21 da Ferroviária, 38% da posse de bola. O último lance foi finalização que o goleiro vascaíno espalmou. Na sequência, Leandro Vuaden encerrou o sofrimento.

Zé Ricardo mexeu no sistema defensivo em relação ao time que foi derrotado pelo tricolor. Escalou Quintero na defesa e promoveu a estreia de Zé Gabriel como primeiro volante, no lugar do meia Bruno Nazário. No esquema 4-2-3-1, coube a Juninho ocupar a posição mais à direita na linha de três homens composta também por Nenê e Gabriel Pec.

Ainda assim, a equipe seguiu muito exposta. O Vasco foi imprensado na defesa na maior parte do tempo e Thiago Rodrigues, com grandes defesas, impediu um empate ou até mesmo a virada da Ferroviária. A equipe do interior paulista construiu para isso.

Anderson Conceição colecionou rebatidas, sintoma de uma equipe com as linhas muito baixas, alvo de bolas cruzadas na área a todo instante.

Outro problema enorme do Vasco é a falta de ideias, de controle da partida. A equipe começou pior, deu sorte ao achar o gol, e nem isso fez com que o time assumisse uma postura de manter a posse de bola, segurar o ritmo das ações, tentar encontrar o melhor momento para atacar.

Nenê foi o jogador de brilho solitário, com recuos até a intermediária para construir as jogadas. Tocou a bola de primeira, encontrou Gabriel Pec em boas condições para finalizar a jogada em duas ocasiões, mas o camisa 11 teve atuação bem apagada em Araraquara. Quando o garoto, que é a principal válvula de escape vascaína, tem desempenho tão ruim, a falta de opções do cruz-maltino fica ainda mais evidente.

O próximo adversário do Vasco na Copa do Brasil será o Juazeirense (BA). Antes dessa partida, o cruz-maltino terá o clássico contra o Flamengo. Ano passado, a vitória por 3 a 1 no Carioca ajudou a camuflar uma série de problemas daquela equipe, então treinada por Marcelo Cabo.

O tempo de trabalho é curto — apenas dez partidas. Mas o Vasco segue sem dar sinais de evolução. A esperança que resta de melhora a curto prazo recai sobre as contratações que a diretoria promete fazer até a estreia na Série B, daqui a um mês.

Fonte: O Globo

2 comentários
  • Responder

    O elenco não é dos piores, mas alguma coisa não está dando certo. Os erros se repetem, inclusive em colocar o Juninho para jogar pela direita do ataque e ter apenas o Pec como atacante de lado e insistir com ele em todos os ataques e contra ataques e geralmente com lançamentos longos que não dão em nada. E os volantes jogando colados na zaga, dentro da área. Fica um buraco no meio campo e domínio do adversário. O time abandonou a marcação alta e deixa os zagueiros e volantes do outro time à vontade para sair jogando e armar o ataque. Assim, fica fácil. Zé Ricardo quer transformar o Vasco em um time retranqueiro, que joga à base de chutões e contra ataques, mesmo diante de times mais limitados tecnicamente, mais melhor treinados. Contra os pequenos tá dando certo, mas com os grandes, o resultado vem sendo derrotas seguidas.

  • Responder

    Q lixo de time não dá para acompanhar é só sofrimento agora imagine na série B vasco não sobe.

Comente

Veja também
Maxime Dominguez se manifesta sobre saída do Vasco: ‘Não estava feliz’

O suíço Maxime Dominguez disputou 14 jogos com a camisa do Vasco da Gama, fez um gol e deu uma assistência.

Edmundo prevê futuro de Fábio Carille no Vasco

O ex-jogador Edmundo ainda criticou o técnico Fábio Carille por poupar jogadores na partida contra o Corinthians.

Lugano surpreende ao projetar futuro do Vasco na Sul-Americana

Lugano aposta na torcida e na força de São Januário como trunfos do Vasco nos confrontos de mata-mata da Sul-Americana.

Vasco anuncia contratação de Emanuel para o Sub-17

O atacante Emanuel Ribeiro, de 17 anos, assinou contrato profissional com o Vasco da Gama até março de 2028.

Matheus Curopos exalta evolução do Sub-20 e destaca trabalho da comissão

Matheus Curopos ressalta solidez ofensiva e defensiva do Sub-20 do Vasco e destacou os números da equipe na temporada.

Técnico do Puerto Cabello mostra que conhece o Vasco e projeta duelo

Vasco Faísca, técnico do Puerto Cabello, brincou sobre enfrentar pela primeira vez um adversário que carrega o mesmo nome.

Coutinho revela coração dividido para o duelo entre Bayern e Inter

O meia Philippe Coutinho, hoje no Vasco da Gama, já teve passagens pelo Inter de Milão e Bayern de Munique.

Arthur Bernardes revela como Loide deve ser escalado no Vasco

O técnico Arthur Bernardes avaliou o desempenho de Loide no Vasco e deu dicas de como ele deve ser escalado no time.

Vasco redobra cuidado e faz trabalho especial com Coutinho

Phillippe Coutinho faz trabalho físico especial de prevenção de lesões para prolongar seus minutos em campo.

Escalação do Puerto Cabello-VEN contra o Vasco

Confira a escalação do Puerto Cabello-VEN para o jogo desta terça-feira, contra o Vasco da Gama, pela Sul-Americana.