Osório explica mudanças com a SAF e aposta em política mais enxuta no Vasco
O vice-presidente geral do Vasco da Gama, Carlos Roberto Osório, ainda destacou a importância da KPMG na filtragem de propostas para a SAF.
Em entrevista ao canal do blogueiro Rica Perrone nesta terça-feira, o Vice-Presidente do Vasco, Carlos Roberto Osório – presidente provisório do clube já que Jorge Salgado está em viagem aos EUA fechando negócio da SAF -, comentou que os Centros de Treinamento do time profissional e da base estão incluídos no projeto e serão reformados pela SAF já com aporte em 2022. “Nós estamos falando de CT de primeiro mundo. O CT do time profissional terá 07 campos (hoje tem 02), incluindo miniestádio para 4 mil pessoas, refeitório, alojamento, tudo que você possa imaginar. Em três anos, todos esses investimentos devem estar concluídos, dentro desses R$ 700 milhões de reais”, afirmou o mandatário.
Osório definiu como decisiva para o acordo da Sociedade Anônima de Futebol a parceria com a KPMG, consultoria global de negócios, que ajudou a filtrar as propostas que, segundo ele, apareceram de vários cantos do planeta.
– Nós tivemos desde o início deste processo a assessoria da KPMG, que é uma das maiores consultorias do mundo, uma empresa global que atua em 146 países e fatura U$ 30 bilhões em serviços por ano, ela é líder em fusões e aquisições nos EUA em negócios de até U$ 500 milhões, e, no mundo, em negócios de U$ 1 bilhão, que é o tamanho do nosso negócio. Eles nos assessoraram neste processo e foram nos acompanhando em todo este caminho, ou seja, o Vasco da Gama fez um processo absolutamente profissional, nós batemos na porta de 60 investidores em todos os continentes do mundo, recebemos um conjunto de propostas, e dessas houve um afunilamento das propostas mais interessantes, e chegamos ao acordo com a 777 -, afirmou o Vice-Presidente.
Ainda de acordo com Osório, o Conselho Administrativo que será formado após a conclusão do contrato (que ainda precisa do crivo de conselheiros e sócios estatutários) contará com maioria de agentes da SAF, mas ainda terá uma parcela minoritária de cadeiras para a associação civil CRVG, e juntas serão o fiel da balança na votação das propostas das mudanças no futebol. Como a SAF terá maioria, não deve haver maiores problemas na aprovação dos novos projetos dos investidores.
– O Clube de Regatas Vasco da Gama estará representado no Conselho Administrativo, mas numa posição de minoria, ou seja, o controlador da operação é o parceiro estratégico, a 777. Nós temos todas as salvaguardas no contrato e no estatuto da SAF, os interesses estratégicos do Vasco estão mantidos, investimento no futebol, garantia da preservação do espírito do clube. A decisão se vai comprar ou vender, se vai trocar técnico é exclusivo da SAF. Acaba a interferência, acaba aquele conselheiro que vai no vestiário cobrar, você tem um modelo profissional agora, como na Europa.
Osório ainda acredita que, com o futebol do Vasco indo para a SAF, alguns políticos influentes se afastem da disputa eleitoral do clube, tornando o processo mais transparente e civilizado, diferente de anos interiores, onde houve judicialização e diversos problemas. Ele acredita que a pressão da torcida vai influenciar na Assembleia Geral, onde sócios e conselheiros darão o escrutínio sobre o projeto, confirmando, assim, sua aprovação.
O Vice-Presidente ainda revelou que a 777 Partners queria ter 90% das ações da SAF, mas o Vasco relutou em manter 30% pensando no futuro, no caso eventual em que houver uma possível abertura de capital, um IPO, uma segunda rodada de investimentos. Com a estimada valorização, guardar estoque de ação nas mãos do clube fez sentido na negociação. Foi pensada a emissão de títulos de debêntures, para captar recursos com vascaínos que queiram ser acionistas minoritários da SAF e, com isso, ajudar o futebol.
Fonte: Esporte News Mundo
Sai fora cara o Vasco não é seu…