Zé Ricardo analisa MT, Juninho, Vinícius e Figueiredo e projeta evolução do Vasco

O técnico do Vasco da Gama, Zé Ricardo, analisou os momentos da promessas e como pode utilizá-los na sequência da temporada.

Zé Ricardo durante jogo contra o Boavista pelo Carioca 2022
Zé Ricardo durante jogo contra o Boavista pelo Carioca 2022 (Foto: André Durão)

Na primeira passagem como técnico do time principal do Vasco, Zé Ricardo comandou jovens promissores como Paulinho, Mateus Vital e Evander. Neste retorno, outros atletas já despertaram mais esperança no torcedor do que acontece atualmente. O treinador recebeu o LANCE! para uma entrevista franca, na última sexta-feira, no CT Moacyr Barbosa. E nesta terceira parte, ele fala sobre esses jogadores, além de avaliar a necessidade de crescimento da equipe para a sequência da temporada.

– MT, especificamente, precisa reencontrar o jogo dele. Ele é muito bom tecnicamente, tem muito potencial e versatilidade. Acho que tem que encontrar a melhor posição para ele, que, na minha cabeça, é mais próximo do gol. Ele finaliza bem, é forte, tem arranque e um bom um contra um. Ele tem força para tirar (o adversário do caminho). Se fizer isso, perto do gol, a cada 15 minutos, ele vai poder decidir – acredita Zé Ricardo.

Um grande parceiro de MT dentro e fora do campo é Juninho, que teve as primeiras chances como profissional um ano antes do amigo. Só que os problemas disciplinares renderam ao também meio-campista um rebaixamento ao time sub-20. De volta ao grupo principal, ele se valeu da lesão de Vitinho para ocupar a titularidade, fazer a primeira partida do início ao fim e fazer o primeiro gol.

– O Juninho vem se encontrando, com superação. No nosso primeiro contato, ele disse que esse é o ano dele. Eu disse: “Por que só esse ano? Tinha que ter treinado antes”. Ele percebeu, ele quer, o olho dele brilha. Ontem (última quinta-feira), no treino, ele não precisava e ficou os 70 minutos vendo o treino dos que jogaram pouco ou não jogaram contra o Nova Iguaçu (na última quarta). Vários atletas passaram, mas ele ficou. Ele quer, pergunta, está se reconstruindo. E treinando muito, pois não é à toa que apareceu a oportunidade. Infelizmente com a saída do Vitinho, mas o Juninho está indo muito bem – analisa o treinador.

A última Copa São Paulo de Juniores também deu nova expectativa em torno de jogadores já vistos – e, por muitos, irremediavelmente mal avaliados. Mas MT tem 20 anos e Juninho tem 21. Vinícius e Figueiredo têm 20 anos apenas, ambos.

– O Figueiredo é um jogador muito inteligente, tem muita força na marcação (à saída de bola adversária), combina bem com um tipo de jogador que saia da área, fazendo jogadas em profundidade. Faz corridas curtas com muita pressão. Mas é de 2001. Tenho a impressão que vai nos ajudar bastante nas ausências de Getúlio ou Raniel. Ele pode fazer com tranquilidade a função e não nos deixar na mão – afirmou Zé Ricardo, antes de completar sobre Vinícius:

– Acho que afirmação. Todos eles, na verdade. Mas acho que o Vinícius teve a oportunidade de jogar a Copinha, foi bem e, agora, ele precisa se afirmar aqui. Um jogador que precisa muito da sua condição física. Logicamente, ele precisa estar atento a isso.

Foram mais de 20 saídas e mais de um time inteiro de contratações. O time vai ganhando caras, constrói seus pilares e ganha variações. Ainda é cedo e o treinador quer mais rendimento, apesar de observar um bom estágio técnico e tático até aqui.

– Estou satisfeito, mas precisamos de mais. As oscilações são naturais num processo que está bem embrionário ainda. Acreditamos que nossa pré-temporada deva se desenvolver até entre a quarta ou quinta rodada. Falo de uma forma a dar condição plena à nossa equipe de sustentar 90 minutos no mesmo ritmo. Isso só com a sequência. Infelizmente tivemos sete jogadores, em momentos diferentes, que acusaram para covid. Eles perderam de 10 a 12 dias de preparação – ponderou Zé Ricardo, para, então, concluir:

– Ainda não conseguimos a isonomia deles todos. Isso está sendo colocado à prova, mas, de forma geral, acredito que avançamos. Se não víssemos progresso no dia a dia, estaríamos preocupados. Esses erros, nos jogos, que a gente vai observar, vão aparecer para que a gente possa trabalhá-los. Está tudo mais ou menos dentro do previsto – avaliou o comandante.

Fonte: Lance!

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