Mauro Galvão aponta entrada de Viola como essencial para a Virada do Século

O ídolo do Vasco da Gama, Mauro Galvão, ainda contou detalhes da estratégia tomada nos minutos finais diante do Palmeiras.

Mauro Galvão defendeu o Vasco entre 1997 e 2000
Mauro Galvão defendeu o Vasco entre 1997 e 2000 (Foto: Getty Images)

O futebol é apaixonante e encanta o torcedor, que vibra nos estádios com um esporte que muitas das vezes é imprevisível. Com isso, diversas partidas emblemáticas entraram para a história e são sempre lembradas. A “virada do século” do Vasco sobre o Palmeiras por 4 a 3 na decisão da Mercosul em 2000 é um desses jogos que ficarão para sempre no imaginário do torcedor e completa 21 anos nesta segunda.

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o zagueiro Mauro Galvão, capitão do titulo da Libertadores do Vasco dois anos antes, falou sobre a emblemática virada do Cruz-Maltino, em pleno Parque Antártica. O defensor, que completou 60 anos neste último domingo, começou no banco de reservas, e só entrou no fim. Ele relembrou momentos da partida como quando o Palmeiras emplacou 3 a 0 no primeiro tempo e a volta do intervalo com Romário marcando dois, de pênalti.

– É claro que quando a gente desceu para o intervalo todo mundo estava bastante agitado. Como poderia perder dessa forma ainda no primeiro tempo. Não era uma coisa normal, pois o Vasco era um time forte naquele período. Então, a gente não tinha passado por isso. Tomar três gols no primeiro tempo como aconteceu. A gente começou a se cobrar, tentar a reação de alguma forma e tentamos manter o otimismo e buscar o resultado. O combinado foi tentar fazer o gol o mais rápido possível, pois certamente daria uma mexida na equipe do Palmeiras – disse, e emendou:

– No intervalo, o fato do Viola entrar causou um pouco de dificuldades para o Palmeiras, que não estava esperando por isso. Já tinha Romário e Euler no ataque, Juninho Paulista e Pernambucano no meio. Isso fez com que eles tivessem mais dificuldade porque tínhamos jogadores rápidos, mas com a entrada do Viola ganhamos um jogador de força. Acho que essa mudança acabou causando uma dificuldade grande e acabou bagunçando a defesa do Palmeiras, que não sabia como marcar. Quando você tem jogadores rápidos e entra um de força você cria dificuldade e ele foi importante para arrancar, carregar. A bola sobrou duas vezes e fizemos os dois gols – analisou.

Melhor na etapa final, o Vasco teve que enfrentar uma nova dificuldade para buscar o título. Aos 32, o zagueiro Júnior Baiano recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso pelo árbitro Márcio Rezende de Freitas. A superação foi maior ainda e os momentos finais foram dignos de filme com os gols de Juninho Paulista, aos 41, e Romário, aos 48.

Quando a partida estava empatada, Mauro Galvão entrou em campo para segurar o resultado e evitar que o Vasco sofresse atrás por estar com menos um. Quis o destino que o baixinho sacramentasse um dos títulos mais emblemáticos da história não só do Cruz-Maltino, como do futebol brasileiro.

– Fizemos esses dois gols e com essa mudança no jogo, ficamos mais próximos de empatar. Continuamos no mesmo ritmo e infelizmente aconteceu essa situação com o Júnior Baiano. É o tipo de situação que acaba, de certa forma, fazendo com que o time que está com um a menos se supere mais ainda. Fizemos com que essa situação negativa se revertesse a nosso favor. Entrei pela possibilidade de levar o jogo para os pênaltis, mas acabamos fazendo o quarto gol. Foi um jogo sensacional – vibrou, e acrescentou:

– Naquele momento que entrei estava todo mundo agitado, porque quando o Júnior Baiano foi expulso, a gente tinha ideia que eu entrasse logo. Mas deu um estalo e conversando com o Joel Santana, entendemos que deveria continuar e tentar fazer o gol de empate. Se eu entrasse com o time perdendo de 3 a 2, a gente iria abdicar de fazer o empate. Quando empatamos, eu entrei no lugar do Euller. Conseguimos ainda fazer o quarto gol, de forma incrível. Tínhamos passado por algumas decisões naquele ano, mas a gente não tinha conseguido conquistar os títulos. Esse jogo deu novamente a possibilidade conquistar esse título – finalizou Mauro Galvão.

Fonte: Lancenet

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