Gilmar Ferreira aponta incoerência da gestão em episódio dos sócios barrados
O jornalista apontou que essa atitude não condiz com o discurso que a gestão tinha de abertura aos vascaínos quando assumiu o Vasco da Gama.
Em tempos de cobranças e tensão política, a circulação em São Januário teria ficado em xeque. Sócios relataram dificuldade e até impedimento de circular em setores do estádio, com direito a colocação de grades. O caso tem gerado muita repercussão.
No Twitter, o jornalista Gilmar Ferreira não poupou críticas. Ele cobrou que o Gigante faça um maior esclarecimento sobre o barramento e um pedido de desculpas para os sócios, apontando que esses não foram isolados desse dentro da Colina Histórica.
– Nem nos tempos sombrios do ditador, o sócio do Vasco se queixava de ter sido impedido de circular livremente por São Januário. Os casos relatados aqui merecem mais do que esclarecimento. Faltou o pedido de desculpas, até por já se saber que houve outros.
Na sequência, o profissional apontou uma contradição entre o discurso e execução da gestão de Jorge Salgado, citando que entraram no Clube prometendo uma abertura e que o caso com os sócios não indica o mesmo. O jornalista ainda citou um ‘descaso’ com a essência do Vasco.
– Lamento que a diretoria eleita com o discurso progressista, e que se dizia disposta a abrir o clube para sócios e torcedores, se mostre tão distante do chamado vascainismo. O que antes era só (sic) incompetência e omissão, ganha ares de descaso com a essência do próprio Vasco.
Mais repercussão
Está previsto no Artigo 30 do Estatuto do Vasco que os sócios podem frequentar todas as dependências do Clube. Em nota, o Gigante se manifestou sobre o ocorrido e disse o motivo das grades.
– As grades na foto em questão são delimitações referentes ao trajeto do Tour da Colina. A Diretoria Administrativa do Vasco da Gama entende ser um erro impor limite físico ao sócio do clube, que tem todo o direito de transitar orgulhosamente por nossa casa, em São Januário ou nas demais sedes sociais, admitindo toda a revisão do processo de forma imediata.
Velho conhecido da política vascaína, Julio Brant, da Sempre Vasco, não aliviou nas críticas sobre o episódio: “Fosse o Eurico (Miranda), os que estão lá hoje, estariam aos quatro ventos fazendo duras críticas. É corrigir e se desculpar com os sócios”, disse o conselheiro.