Vasco não teve alívio na crise financeira em 9 meses de Jorge Salgado
O Vasco da Gama segue com endividamento quase no mesmo nível, com piora nas de curto prazo, e a arrecadação continua fraca.
Nos primeiros nove meses de administração de Jorge Salgado, empossado presidente em janeiro, o Vasco anda de lado. Não apenas no futebol, com a permanência na Série B por mais uma temporada. Nesse período, a crise financeira não deu sinais de melhora.
Os números a seguir foram compilados pelo ge, com base em balancetes publicados pela diretoria cruzmaltina. Eles estão disponíveis ao público na área de transparência do site oficial do clube. O período analisado neste texto vai de janeiro a setembro de 2021, até o terceiro trimestre.
Receitas, despesas e resultado
O Vasco registra em 2021 uma arrecadação acima da que havia sido contabilizada no ano passado – a considerar apenas os nove meses de janeiro a setembro, em ambos os casos. Mas existe uma razão.
Com o adiamento do Campeonato Brasileiro, o clube colocou R$ 23 milhões, referentes a direitos de transmissão de 2020, no balancete de 2021. Ou seja, a receita não aumentou de fato. Ela só foi postergada.
Esses são os principais destaques em relação às receitas:
- Transferências de atletas aumentaram em 2021, puxadas principalmente pela venda de Talles Magno por R$ 42 milhões
- O quadro social despencou nesta temporada. A quantidade de sócios baixou de 85.842 em dezembro para 56.198 em setembro
- Vendas de materiais esportivos pela Kappa foram normalizadas apenas no segundo semestre de 2021 e geraram R$ 2,1 milhões
- Na transmissão, o Campeonato Carioca rendeu R$ 16,3 milhões em 2020. Com novo modelo de comercialização, fragmentado entre vários parceiros, essa receita foi reduzida para R$ 1,9 milhão em 2021
Na despesas, a comparação não é ideal, pois o detalhamento do balancete que o Vasco apresentou no ano passado, em relação a 2020, não é exatamente o mesmo do que o registrado em 2021.
Percebe-se que os gastos foram ligeiramente reduzidos, mantidos num patamar próximo do que havia sido alcançado na temporada anterior.
Receitas financeiras costumam ser descontos obtidos em renegociações de dívidas, no caso do Vasco, enquanto despesas financeiras apontam juros e taxas. A diferença negativa não é gritante, mas prejudica o clube.
O resultado líquido no azul, com superavit, é um sinal positivo, mas seu efeito prático é menor do que as pessoas imaginam. O Vasco conseguiu pequenos “lucros” em ambos os períodos, mas isso não significa que a situação financeira melhorou, como se pode ver noutros indicadores.
Endividamento
De maneira geral, a dívida do Vasco foi mantida no mesmo lugar até o terceiro trimestre. Em dezembro passado, havia R$ 832 milhões a pagar no total. Em setembro deste ano, eram R$ 830 milhões.
Na classificação de acordo com prazo, no entanto, a situação piorou razoavelmente. Compromissos “urgentes”, a pagar em menos de um ano, aumentaram no decorrer desta temporada e apertam o caixa.
Esses são os principais destaques em relação às dívidas:
- Ao término de setembro, o Vasco tinha R$ 25 milhões em dívidas com seu presidente, Jorge Salgado. O cartola colocou dinheiro do bolso para aliviar a crise financeira no início de seu mandato
- Encargos sociais não foram pagos durante a maior parte de 2021, enquanto o clube renegociava a dívida tributária com a PGFN, então essa dívida aumentou quase R$ 19 milhões
- Em 2021, o clube reduziu a dívida com “fornecedores”, a ser cobrada no curto prazo. Renegociação com a Cedae, companhia de água, permitiu abater R$ 9 milhões por meio de descontos
- Números ainda não registram o impacto do reparcelamento de dívidas trabalhistas e cíveis por meio do Regime Centralizado de Execuções, que está em andamento e pode gerar novos descontos
Fonte: Blog Negócios do Esporte/Globo Esporte
Com essa carniça aí pode passar mil anos q o clube n sai do canto. Fora imundiça.!!
Fora salgado golpista mete o pé de São Januário. Urgente antes que as portas de tudo se feche para o gigante .