Lisca aponta ‘erros individuais’ como vilões de sua passagem pelo Vasco
O técnico Lisca disse que erros individuais se tornaram recorrentes no Vasco da Gama, o que não conseguiu corrigir e pediu demissão.
Em recente participação no podcast O Bairrista, Lisca relembrou a curta passagem pelo Vasco da Gama. Mais precisamente, o técnico citou os problemas que teve no Gigante que culminaram em sua precoce saída.
Ele disse que chegou ao Cruzmaltino num “período ruim”, alegando o time estava bem anteriormente. Lisca lembrou que o início até foi positivo, mas que os erros individuais passaram a ser frequentes e atrapalharam o seguimento do trabalho.
– Eu peguei um período ruim. Vinha tudo regular até julho no Vasco nesse ano, e os jogadores estavam dizendo isso. Só que julho, agosto e setembro, que foi o período que eu fiquei lá, trancou. Nós começamos bem, nos primeiros quatro, cinco jogos, mas depois começaram os erros. Erro individual aqui, outro ali, erro ali, aqui. Quando começa a atacar o grupo, tirando esse, aquele, ou tu corta da própria carne, o que cheguei pensando comigo mesmo.
O técnico contou que tentou bancar jogadores, sem citar nomes, mesmo errando, o que não deu resultado. Inclusive, o comandante chega a falar em “atacante que não está fazendo gol”, uma possível referência a Germán Cano, que teve um longo jejum na passagem dele, e concluiu dizendo que, a partir desses fatores, resolveu pedir para sair.
– Eu banquei uma vez, duas, e a coisa não melhorou, então vi que era a hora de eu sair. Eu vou assumir esse erro. Não vou tirar o goleiro, o zagueiro, o atacante que não está fazendo gol, era muita coisa. Nesse momento, quando precisa da unidade, e era um trabalho de curto prazo. Não adianta tirar. Você tem que trabalhar com aquilo que tem e o resultado precisa vir a curto prazo e o resultado não foi bom. Nós perdemos cinco jogos de 10 que fiz na Série B, ganhamos quatro e empatamos um. Em vez de fazer uma confusão (mudanças na escalação) resolvi sair.
Saída
Lisca pediu demissão do Vasco com menos de dois meses de trabalho, deixando o Gigante em nono na tabela e a seis pontos de distância para o G4. Quando chegou a São Januário, substituindo Marcelo Cabo, a equipe vascaína estava em quinto, o que aponta o desempenho ruim do técnico que chegou com grande expectativa.