Alexandre Torres fala sobre trajetória no Vasco e parceira com Ricardo Rocha
O ex-zagueiro Alexandre Torres falou sobre sua trajetória no Vasco da Gama e parceira com Ricardo Rocha na zaga vascaína.
Nosso bate-papo de hoje é com o ex-zagueiro Alexandre Torres, que defendeu o Vasco entre 1991 e 1994 e também entre 2000 e 2001. No gigante da colina, ele viveu o auge de sua carreira e conquistou seus principais títulos. Foi assim no tricampeonato estadual (1992, 1993 e 1994), além do Campeonato Brasileiro e a Copa Mercosul, ambos em 2000. Ao todo foram 199 jogos e 5 gols com a camisa cruzmaltina.
Aos 13 anos, Torres iniciou sua história no futebol no Fluminense, mesmo clube que seu pai, o saudoso “capita” Carlos Alberto Torres, começou. Sua profissionalização no tricolor veio em 1985. Zagueiro técnico e de boa estatura, Torres se destacava também pela classe dentro e fora de campo. De olho nos craques e com boa situação financeira na época, o Vasco partiu para sua contratação e conseguiu trazê-lo para São Januário em 1991.
Alexandre Torres construiu uma linda história no Vasco e fez uma zaga de respeito com Ricardo Rocha, no tricampeonato de 94. Logo depois, acertou sua ida para o Japão para defender o Nagoya Grampus, onde também virou ídolo. Em 2000, retornou à colina num grande time montado para a conquista do Mundial de Clubes da FIFA, o que acabou não ocorrendo. Mesmo assim, conseguiu conquistar outros títulos importantes e também o coração da torcida vascaína.
Nessa entrevista, Torres fala um pouco sobre sua trajetória no Vasco, a amizade e parceria com o ex-companheiro de zaga Ricardo Rocha, como conseguiu conquistar o coração de 2 torcidas rivais e se pensa um dia trabalhar no clube.
Confira!
Você conquistou muitos títulos e viveu o auge da carreira no Vasco. Quais as lembranças que guarda desse clube?
Alexandre Torres: No Vasco, eu fui tricampeão carioca, campeão brasileiro e da Mercosul em 2000. Além disso, tive minhas únicas passagens pela seleção brasileira. Tenho muito carinho pelo clube, pois todos sempre me trataram muito bem lá. Até hoje, os torcedores e os funcionários do clube me tratam muito bem.
Você surgiu no Fluminense e tinha forte identificação com o clube. Como foi pra você se transferir para um rival e conseguir conquistar rapidamente o carinho dessa outra torcida?
Alexandre Torres: Minha origem, assim como a do meu pai, é a base do Fluminense. Clube que eu devo muito pela minha formação, mas acho que tanto a torcida do Vasco me abraçou como consegui manter o respeito da torcida do Fluminense sendo um bom profissional. Joguei por apenas três times na minha carreira e me dediquei ao máximo para merecer esse respeito.
Você formou com Ricardo Rocha em 1994 uma zaga de respeito. Apesar de ter atuado com outros bons jogadores nesse setor, acredita que Ricardo foi seu melhor parceiro?
Alexandre Torres: O Ricardo Rocha já era um jogador consagrado e titular da Seleção Brasileira. Quando ele chegou ao Vasco, eu me desafiei a me igualar ao nível dele. Foi importante pra mim. Eu cresci como jogador. Fora isso, criamos uma amizade que dura até hoje.
Além de jogador, você já foi auxiliar técnico, empresário, olheiro, executivo… Enfim, sua vida e carreira estão atreladas ao futebol. Nunca chegou a receber nenhum convite pra trabalhar no Vasco? Quais seus próximos planos?
Alexandre Torres: Em algum momento, no passado, houve algumas possibilidades, mas não se concretizaram. Quem sabe no futuro eu possa voltar a trabalhar no Vasco… É uma grande responsabilidade. Eu sei da grandeza do clube. O importante é estar sempre procurando aprender, se aprimorar para quando surgir a ocasião e fazer seu trabalho bem feito.
Detetives vascaínos