CBF pede esclarecimento ao Volta Redonda por venda dos 10% de Marrony
A CBF notificou o Volta Redonda por venda de 10% dos direitos econômicos de Marrony, e clube pede prazo para se explicar.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) notificou o Volta Redonda para que o clube preste esclarecimentos quanto à venda de 10% dos direitos econômicos de Marrony a um empresário, algo que fere o Regulamento sobre Status e Transferência de Jogadores (RSTP). Em resposta à entidade, o Voltaço pediu para enviar as explicações necessárias sobre a transação até o dia 6, próxima segunda-feira.
Desde 2015, o artigo 18 do RSTP indica que os direitos econômicos dos atletas não podem estar sob o controle de terceiros, apenas clubes estão aptos e envolvidos nas transferências de jogadores.
O caso veio à tona em meio às tratativas entre Vasco e Atlético-MG pelo atacante, concluídas em meados do mês passado. O Cruz-Maltino tinha 70%; o Volta Redonda, onde Marrony começou, 20%; e um empresário do ramo imobiliário outros 10%. O Galo desembolsou R$ 20 milhões por 80% dos direitos, sendo que o Vasco permaneceu com 14% e o Volta Redonda com 6%.
Segundo o UOL Esporte mostrou à época, a comercialização dos direitos do jogador aconteceu em 2018, por R$ 200 mil. O empresário cujo o nome está registrado no documento que aponta a negociação tem íntimas ligações com a “Pantera Sport”, empresa que agencia carreira de jogadores.
A reportagem procurou o Volta Redonda, que afirmou que não se pronunciará sobre o caso. Já a CBF confirmou que notificou o clube e aguarda os esclarecimentos.
“A Diretoria de Registro, Transferência e Licenciamento da CBF notificou o Volta Redonda há duas semanas, logo após o anúncio da negociação, solicitando detalhes quanto à composição do passe do jogador. Esta semana, o clube pediu mais tempo à entidade, que aguarda as informações nos próximos dias”, disse a entidade.
Sócios do Volta Redonda apuram irregularidade
Um grupo de sócios do Volta Redonda investiga uma suposta irregularidade na venda de parte dos direitos econômicos de Marrony. O UOL Esporte apurou que há a possibilidade de que uma denúncia seja feita ao Ministério Público.
Ex-empresário já notificou jogador
Paralelamente aos desdobramentos relacionados à negociação realizada pelo Volta Redonda, há um outro caso envolvendo o jogador. Marrony precisará lidar com uma notificação que recebeu na última quinta-feira (25) que o acusa de “quebra de contrato” em 2018, após assinar com seus atuais representantes.
Rodolpho Cezar Ferreira, que é quem diz ter assinado um contrato de representação com o atacante em outubro de 2017, argumenta que, na ocasião, tinha como “parceria de trabalho” Sandro Lima, ex-vice de Futebol do Fluminense, e Deley, ex-jogador do clube das Laranjeiras e ex-deputado federal (PTB-RJ). Além disso, no documento, possuía como testemunhas o pai do jogador, seu Wellington, e o próprio Sandrão.
Rodolpho indica que pouco tempo depois de conduzir toda a negociação para o primeiro contrato profissional de Marrony com o Vasco, em 2018, o jovem passou a ser muito assediado, e foi então que o ex-dirigente do Flu teria feito a intermediação de agenciamento com a “TFM” (ex-Traffic) sem o seu consentimento.
Uol