Rossi fala sobre jogo beneficente em Prainha e temporada no Vasco

A cara é de marrento, mas o coração é grandioso como a carreira no futebol. Nascido no interior da Amazônia, o atacante cruz-maltino Rossi voltará às origens no município de Prainha, no oeste do Pará, para realizar a 4ª edição do campeonato “Rossi e Amigos”. O jogo é uma forma de agradecimento à terra natal pelas conquistas que o camisa 7 do Vasco tem na trajetória.

O campeonato será realizado dia 21 de dezembro, às 16h, no Estádio Municipal. Entretanto, o atacante já está marcando território na região. Nesta segunda-feira (16), Rossi desembarcou em Santarém e fez a alegria dos torcedores cruz-maltinos.

Ao GloboEsporte.com, Rossi falou da felicidade que é estar onde cresceu antes de ganhar o mundo.

– A iniciativa surgiu para agradecer o que papai do céu me ajuda no futebol , por ter vestido a camisa de vários clubes, de ter ajudado a minha família. É uma forma de eu e meus amigos retribuir, ajudar famílias com alimentos para terem um natal sem fome.

Um amigo de campo e da vida, Yago Pikachu sempre busca estar presente nas ações do prainhense. Entretanto, para este campeonato solidário, o lateral-direito possivelmente não estará presente devido uma viagem.

A viagem para Prainha é longa e demorada. Rossi pegou avião do Rio de Janeiro para Santarém, fará uma viagem de balsa por duas horas, percorrerá um trajeto de carro por quatro horas até o município de origem.

Durante a programação do “Rossi e Amigos” serão distribuídas camisas oficiais de times brasileiros.

Temporada no Vasco

O Vasco da Gama recebeu grande contribuição do atacante durante a temporada 2019. Para o jogador, vestir a camisa cruz-maltina e ser considerado o atleta com mais assistência dentro de campo é o resultado do trabalho e persistência que iniciaram no início da carreira.

– Participei de grandes jogos, como o 4×4 no clássico dos milhões no Maracanã. Sem dúvidas é um grande ano, vou levar o Vasco para o resto de minha vida. Espero fazer de tudo para renovar o contrato e poder ficar -, disse.

Terminando o ano como um dos melhores jogadores, o atacante sempre busca motivar os atletas da base. Ele passou pela base do Flamengo e Fluminense, ingressou no Ponte Preta, mas também passou pelo futebol regional. Jogou pelo santareno São Raimundo.

Ser da base é essencial para um jogador, é lá que os erros começam a ser são consertados. A base é a referência para um garoto que quer vencer na vida.

Prainha no coração e na pele

Jogando descalço e nas ruas do município no interior do Pará, Rossi viu a vida mudar ao se fazer parte do futebol profissional, mas nunca deixou de lado aqueles que o viram crescer.

Tatuado no braço do lado do coração, o atacante tem na pele o rosto do pais – que para ele são o exemplo de seres humanos -, a igreja e Nossa Senhora das Graças, padroeira da cidade de Prainha, com um menino segurando uma bola de futebol.

Globo Esporte