Confira as lições do Vasco na partida contra o Fluminense
O Vasco da Gama conseguiu tirar algumas lições do clássico contra o Flamengo para o jogo contra a Universidad de Chile.
Depois de ensaiar a formação com três zagueiros em alguns treinos, Zé Ricardo decidiu colocar em prática no clássico com o Fluminense, quarta-feira, no Nilton Santos. Um dos incentivos foi o fato de a Universidad de Chile, adversário da próxima terça, pela Libertadores, atuar de forma parecida com o Tricolor. Foi um bom teste que deixou lições além do empate em 0 a 0.
Apesar de ter ter corrido alguns riscos em jogadas aéreas, principalmente quando Gum ia para o ataque, a equipe deixou o campo sem ser vazada, o que, a julgar pelos últimos jogos, foi um avanço. Com três zagueiros altos, o time ficou mais protegido neste tipo de lance.
A saída de bola, no entanto, não foi das melhores. Paulão, Erazo e Werley tiveram dificuldades principalmente quando o Flu pressionou a marcação. Principalmente pelo fato de ser o primeiro jogo com este esquema, os jogadores ainda mostraram alguns erros de posicionamento. Quando Sornoza acertou chute na trave, Erazo e Wagner discutiram muito sobre quem havia errado na marcação.
A ausência de Evander fez o time perder capacidade de finalização de média e longa distância. Já o apoio dos alas foi um ponto positivo, principalmente Pikachu, que teve ainda mais liberdade para fazer o que mais sabe, atacar e chegar de surpresa para finalizar.
– Vamos avaliar ainda. Temos mais um jogo (sábado, contra o Madureira, em Moça Bonita). Ainda não está 100% definido, vamos pensar durante a semana. Fortalece a confiança não levarmos gol. Não só pela entrada do Werley. Estou satisfeito com o que fizemos para este jogo, mas claro que queremos sempre evoluir – disse Zé Ricardo.
Opiniões dos jogadores sobre o novo esquema:
Martín Silva: “Foi bom, não sei se foi melhor. Já estávamos treinando, mas tinha que testar no jogo. É mais uma opção. Temos zagueiros bons. Como vamos enfrentar um time que tem o mesmo esquema tático do Fluminense, aproveitamos para fazer o teste.”
Wagner: “Muita coisa boa. Normal que a gente tenha pecado em algumas coisas, porque foi a primeira vez. Vamos tirar muitas lições positivas. Conseguimos criar a defender bem, não levamos gol. O Zé só ficaria mais feliz em caso de vitória. Demos um passo importante. Rildo é muito bom no mano a mano, e o Riascos faz muito bem as infiltrações. Nosso leque de opções aumenta. No outro esquema estamos mais acostumados, são menos erros. No 3-5-2 ainda ficamos em dúvida em uma ou outra situação.”
Werley: “Por ser o primeiro jogo, achei até que a equipe foi bem. Foi positivo. Já foi pensando também no jogo contra a La U. Com três zagueiros, liberamos os laterais. Tivemos mais chegada e criamos. A equipe está toda de parabéns. Na Libertadores as equipes usam muito a bola aérea. Estou chegando agora e vou trabalhar para buscar meu espaço.”
Rildo: velocidade e capacidade de drible
Opção recorrente do técnico Zé Ricardo durante as partidas, Rildo foi uma das surpresas para o clássico. E fez o que dele se esperava. Velocidade na recomposição e no apoio. Seu principal diferencial é a capacidade de driblar, o que se torna importante em jogos com rivais muito fechados, e fazer jogadas de linha de fundo pela esquerda.
– Ele fez o papel dele, teve oportunidades. Mais uma opção que ganhamos – afirmou Zé Ricardo.
Riascos: improviso e presença de área
Andrés Ríos, que desta vez ficou com opção no banco, é de longe mais participativo do que Riascos na questão tática. O colombiano, no entanto, provou que, dentro das suas características, também pode acrescentar, principalmente no jogo em casa contra a La U em que o time precisará atacar. Riascos mostrou mais capacidade de drible, improviso e objetividade na tentativa de fazer gol. Por pouco não marcou. Acabou a partida exausto. Pesa contra ele ainda não estar com bom ritmo.
Globo Esporte