Viúva revela detalhes da trágica morte Clébson em 2001
Hariadna de Oliveira Andrade dos Santos, viúva de Clébson, revelou detalhes da trágica morte do jogador, que completa 19 anos.
Na última segunda-feira (22) fez 19 anos do trágico acidente de carro que matou o lateral direito Clébson, campeão da Copa João Havelange (equivalente ao Campeonato Brasileiro) e da Copa Mercosul (a Copa Sul-Americana das décadas passadas) de 2000 pelo Vasco. Promissor e cotado para convocação à seleção brasileira, o jogador de 22 anos foi personagem de longa reportagem publicada pelo UOL Esporte.
Um dos trechos inéditos sobre a trajetória de Clébson dá voz à Hariadna de Oliveira Andrade dos Santos, 40, viúva do atleta.
Os dois têm uma história bonita juntos, porque se conheceram ainda adolescentes na escola — ele com 15, ela com 13 anos. Casaram cedo, em março de 1998 — ele com 19, ela com 17 anos. Cinco meses depois do casamento nasceu Cleberson, filho único do casal de contos de fadas. Mas foi por muito pouco que Hariadna e Cleberson também não embarcaram na viagem que Clébson não terminou.
Foi assim: o jogador estava em fase final de contrato e também de tratamento de uma lesão. Ele treinou no Vasco na quinta (21) e só teria que voltar na segunda (25). Então, voou para a Bahia de folga. Em Salvador, passou em casa para pegar o carro e partir com esposa e filho para Itiúba, cerca de quatro horas de estrada. Hariadna lembra que foram até ao banco sacar dinheiro para a viagem e viram que o Vasco tinha pago um de três meses de salários atrasados. Também compraram fogos de artifício para levar à festa.
“A gente morava no Rio de Janeiro quando ele jogava no Vasco, mas, como terminou o Campeonato Carioca, eu vim para Salvador. Ele estava fazendo tratamento durante a semana e no final de semana ia para Salvador, aí retornava sempre na segunda ou terça-feira. Foram dois finais de semana que ele veio para cá e no último foi que aconteceu o acidente.”
“Eu tive um sonho do acidente na véspera e falei com ele. Ele me disse que também tinha sonhado, no sonho ele caía de avião. Só que ele tinha chegado em Salvador, então, era bobagem, sonho é bobagem. Mas eu disse que não iria. Aí ele falou: ‘então vou com Cleberson’. Eu falei: ‘não, ele só sai daqui comigo’. Então, ele falou: ‘está bem, só vou lá dar a notícia e volto’. No meu sonho o carro batia em um caminhão azul. Só que o caminhão em que ele bateu era vermelho”, revela Hariadna.
Uol