Vasco volta a ser competitivo, faz clássico equilibrado e abre 6 pontos do Z4

O Vasco da Gama não teve dificuldades para dominar o Fluminense e setor defensivo foi foi o ponto-chave do time na vitória.

Vegetti e Victor Luis comemorando gol contra o Fluminense
Vegetti e Victor Luis comemorando gol contra o Fluminense (Foto: Leandro Amorim/Vasco)

Depois de três jogos sem vitória, o Vasco voltou a vencer no Campeonato Brasileiro, na noite de sábado. O 2 a 0 sobre o Fluminense, no Estádio Nilton Santos, acontece no momento certo, com o time de Rafael Paiva voltando a jogar bem e abrindo seis pontos de vantagem para a zona de rebaixamento.

O Vasco fez jogo tranquilo, sem praticamente ter o resultado ameaçado e controlando o adversário. Os minutos finais foram de gritos de “olé” da torcida vascaína.

Rafael Paiva voltou ao esquema com dois pontas, o 4-3-2-1, que tinha utilizado no melhor momento do time na temporada, quando emplacou sequência de vitórias no Brasileirão. E o Vasco voltou a ser competitivo e fazer um jogo equilibrado.

O comportamento defensivo foi o ponto-chave do time na vitória. O Vasco não permitiu o Fluminense jogar no Nilton Santos. David e Adson não contribuíram ofensivamente, mas tiveram papel importante na marcação. Hugo Moura e Mateus Cocão dominaram o meio-campo, e a linha de defesa não deixou o adversário encontrar o gol de Léo Jardim. Atuação coletiva encaixou bem.

– Entramos no jogo mais rápido. A gente errou muito pouco individualmente, tivemos uma boa posse, machucamos um pouquinho mais o Fluminense, e é esse equilíbrio que a gente sempre busca… Temos que buscar mais jogos assim. O jogo encaixou. Os jogadores sabiam que precisavam entregar – avaliou o técnico Rafael Paiva depois da partida.

Não foi um jogo de grande volume ofensivo do Vasco, mas de combatividade que abriu o caminho para a vitória. A marcação agressiva foi a tônica do primeiro tempo. O time não deu liberdade para o Fluminense e se apoiou na qualidade de Payet para clarear o jogo. O camisa 10 distribuiu passes e buscou os espaços. Com os pontas pouco inspirados, a bola parada foi a saída para abrir o placar.

Em uma cobrança de falta do francês, Vegetti aproveitou a sobra na área para abrir o placar. O lance teve checagem do VAR por possível toque de mão do argentino, mas Anderson Daronco validou o gol por considerar as imagens inconclusivas. O centroavante recebeu poucas bolas no clássico, mas não precisou de muito para construir o resultado. O placar tem assinatura do camisa 99.

A estratégia do Vasco foi dar a bola em Payet para armar as jogadas e parar o Fluminense, muitas vezes com falta. O time terminou o primeiro tempo com 14 faltas contra quatro do adversário.

O melhor momento do Fluminense foi na volta do intervalo. O Tricolor teve 19 minutos de domínio, subiu com os zagueiros e os meio-campistas e ocupou o campo de ataque. A pressão, no entanto, não deu resultado. Em nenhum instante, o Vasco se sentiu ameaçado. Léo Jardim terminou o jogo com três defesas muito tranquilas.

E o Vasco mais uma vez soube aproveitar. Na primeira escapada no segundo tempo, Payet achou Victor Luís para puxar o contra-ataque, mas o lateral-esquerdo errou o cruzamento.

Neste momento aconteceu mais uma das boas notícias que o clássico proporcionou para o vascaíno. João Victor, que tinha acabado de entrar depois de seis semanas lesionado, fez excelente leitura e mostrou porque é o melhor zagueiro do Vasco hoje.

Fábio tentou sair jogando com Ganso no meio-campo, mas JV se antecipou, roubou a bola, conduziu pela intermediária e cruzou perfeitamente para Vegetti finalizar. O goleiro do Flu espalmou, e Victor Luís estava no lugar certo para guardar o rebote. O Vasco fez 2 a 0 no momento em que o adversário mais rondava a sua área. Matou o jogo para coroar a solidez que apresentava até então.

No sábado tudo funcionou. O time errou pouco individualmente e se entregou coletivamente. A marcação encaixou e as poucas chances foram aproveitadas. Payet jogou por mais tempo e vai recuperando o ritmo. As substituições de Rafael Paiva no segundo tempo mantiveram o nível de organização que o Vasco apresentava.

O jovem Rayan foi uma grata surpresa nos minutos finais, com atuação consistente que deixou a vontade de vê-lo por mais tempo em campo. Uma opção que o técnico pode ganhar no elenco.

Os gritos de “olé” começaram a surgir depois dos 40 minutos, período em que o Vasco passou a envolver totalmente o rival. O time acalmou o jogo e rodou a bola até confirmar a vitória.

O Vasco termina a 22ª rodada com 27 pontos em 10º lugar – na primeira página da tabela de classificação e com um jogo a menos. Terá uma semana sem jogos para recuperar os jogadores, que vêm de sequência desgastante, para o confronto com o Criciúma, domingo que vem, às 16h, fora.

Fonte: Globo Esporte

Comente

Veja também
Tomás Cuello, atacante do Athletico-PR
Vasco tem interesse em Tomás Cuello, atacante do Athletico-PR

De olho no mercado, o Vasco da Gama busca reforços para 2025 e demonstra interesse na contratação de Tomás Cuello.

Adson em jogo contra o Internacional
Vasco pode ter retorno de 3 jogadores lesionados na pré-temporada

Recuperados de suas respectivas lesões, três jogadores ficam à disposição da comissão técnica para a pré-temporada.

Reunião do Conselho Deliberativo do Vasco
Confira bastidores da reunião do CD do Vasco, que terminou em confusão

Reunião do Conselho Deliberativo do Vasco da Gama sobre recuperação judicial do Clube termina em confusão; confira.