Vasco tem desafio de recuperar jogadores extenuados e lesionados
Cristóvão terá que conversar muito com os médicos antes de pensar no time que vai colocar em campo no Engenhão.
A sensação de quem via os jogadores do Vasco ao final do jogo contra o Libertad, já no início da madrugada desta quinta-feira, em Assunção, no Paraguai, era de que tinha terminado uma guerra. Assim que o árbitro apitou o fim da partida (empate em 1 a 1), a maioria estava extenuada. William Barbio, Felipe e Fágner davam sinais claros de cansaço. Felipe desabou no chão esgotado. Minutos antes, sentara-se para alongar a panturrilha e combater as câimbras. Alecsandro saiu mancando para o vestiário. Fágner, que pedira para ser substituído dez minutos antes de acabar, precisou se manter em campo porque Renato Silva estava em situação física pior e deu lugar a Allan, na última substituição que o técnico Cristóvão Borges poderia fazer. Será que sobraram forças para o clássico de domingo, contra o Botafogo, pela Taça Rio?
O time volta do Paraguai às 14h desta quinta. Cristóvão terá que conversar muito com os médicos e preparadores físicos, e com os próprios jogadores, antes de pensar no time que vai colocar em campo no Engenhão. E na quarta-feira seguinte há outro jogo contra o Libertad, em São Januário. Mais uma “decisão” na Libertadores.
Além dos cansados, há motivos claros para preocupação. Alecsandro saiu de campo caminhando com dificuldade, com dores na coxa esquerda. O zagueiro Rodolfo reclamou de incômodo nos dois pés e o volante Nilton, no joelho esquerdo. Os três podem ser desfalques e ainda serão avaliados, assim como o zagueiro Renato Silva.
Reclamações sobre arbitragem
O diretor de futebol Daniel Freitas atribuiu a erros dos árbitros parte dos problemas do Vasco em Assunção. E chegou a afirmar que a arbitragem foi tendenciosa, em função de o time paraguaio ser presidido por Nicolas Leoz, também presidente da Conmebol.
– Que a arbitragem foi tendenciosa, não existem dúvidas. As imagens mostram isso – declarou o dirigente. – Eu esperava que o resultado fosse construído apenas com o que acontece dentro das quatro linhas. Mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu. Mas vamos valorizar o empate fora de casa. Estamos em segundo e agora é buscar a vitória em São Januário.
Felipe também reclamou:
– O Cristóvão já tinha alertado para não sermos surpreendidos. O presidente (Nicolas Leoz, mandatário da Conmebol) é do clube (torcedor do Libertad). O Diego usou a força, acho que não deu cotovelada. Ele acabou expulsando. Realmente foi uma derrota, poderíamos ter vencido – disse.
Cristóvão lamentou que o árbitro tenha permitido a violência dos paraguaios. A maior reclamação foi com o que o Vasco avaliou como diferença de critérios na aplicação de cartões e inversão de faltas. O lateral-esquerdo Samudio foi um dos mais agressivos, e sequer punido com cartão amarelo. Diego Souza, na jogada anterior ao lance em que foi expulso por cotovelada em Benegas, recebeu uma entrada duríssima na panturrilha esquerda, que ficou sangrando e marcada. O árbitro marcou falta, mas não deu cartão.
– Tudo isso faz o jogador sentir-se agitado e perder a paciência. A performance do árbitro desestabilizou a partida, tenho certeza de que o Libertad também tem suas reclamações. Num torneio competitivo como a Libertadores, a má arbitragem irrita os dois lados – disse o treinador vascaíno.
o globo
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