Vasco prevê prejuízo de R$ 20 milhões com perda de sócios
O presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, calculou um prejuízo de R$ 20 milhões com perda de sócios-torcedores.
No pior quadro, Vasco prevê menos R$ 20 milhões com sócios
Por enquanto, o Rubro-Negro ainda não acertou redução salarial. No balanço de 2019, divulgado em março, a diretoria analisava ser possível absorver os impactos financeiros por até três meses. Até o momento, mantém os salários dos jogadores de maneira integral e ainda não fez mudanças no orçamento.
Com sérias dificuldades de caixa com ou sem pandemia, Flu, Botafogo e Vasco respiraram com alongamento de alguns acordos e parcelamento de dívidas e suspensão de pagamentos de tributos junto aos governos estaduais e federais. Por enquanto só o Tricolor chegou a acordo de redução salarial. O Fluminense, que nem votou orçamento para 2020 – estava marcado para 27 de março, mas foi adiado -, vai rever as contas.
Ao jornal “Valor Econômico”, o presidente do Fluminense, Mario Bittencourt, disse que já há cálculos de perdas de até 25% de receitas, num orçamento inicialmente previsto para chegar máximo de R$ 230 milhões. No Alvinegro, o orçamento aprovado – de receitas de R$ 229,3 – terá que ser revisado.
– Não houve e certamente não haverá demissões até 30 de abril. Depois desta data, teremos que aguardar se permanecerá o isolamento social – afirmaram à reportagem do GloboEsporte.com os dirigentes do clube, que admitiram rever receitas e despesas operacionais.
O Vasco teme a fuga de sócios, três meses depois do movimento que o tornou líder em associados no país (mais de 180 mil) no fim do ano passado. Também ao “Valor”, o presidente Alexandre Campello, que projetava R$ 320 milhões de receitas em 2020, calculou em R$ 20 milhões o prejuízo que pode ter se perder associações – de um total previsto na temporada de R$ 60 milhões. Ou seja, um terço da arrecadação com sócio torcedor.
– Alguns clubes estão fazendo promoções para os torcedores seguirem pagando o sócio torcedor, para ganharem em milhagem, poderem trocar por produtos em lojas. Muitos clubes também estão lembrando a situação e pedem sensibilidade para torcedores num período de pouquíssimas receitas. Mas é óbvio que vai cair. Assim como outras receitas, como pay per view, vendas de jogadores – lembra Gustavo Hazan, gerente da EY.
Globo Esporte