Vasco e PM trabalham por clássicos em São Januário

O vasco e a Polícia Militar lutam para aumentar a organização e melhorar a segurança dentro e fora da Colina.

A boa fase do Vasco, líder do Grupo A da Taça Rio, reacendeu na torcida o desejo de voltar a frequentar São Januário. No entanto, os dois últimos jogos na Colina mostraram que serão necessárias mudanças para facilitar o acesso dos vascaínos ao estádio. Após ter conseguido o aval do Ministério Público para voltar a mandar clássicos em sua casa durante o Campeonato Brasileiro, a diretoria planeja uma ação conjunta com a Polícia Militar para aumentar a organização e melhorar a segurança dentro e fora do estádio.

Na goleada por 4 a 0 sobre o Bangu, no último domingo, 16.330 torcedores marcaram presença em São Januário. Na entrada, uma pequena confusão se formou minutos antes de a bola rolar. Em frente ao portão 5, crianças e idosos com direito a gratuidade se misturavam a uma aglomeração de torcedores na tentativa de entrar no estádio. Na suada vitória por 2 a 1 sobre o ABC-RN, na quarta-feira, os cruz-maltinos bateram recorde de público na temporada, com 19.009 presentes. Dessa vez, a situação foi mais grave, e a PM usou gás de pimenta para conter torcedores que tentaram forçar a entrada pouco antes do início da partida.

Diante de tumultos em jogos de menor expressão, a diretoria cruz-maltina, já visando os clássicos pelo Brasileirão, ligou o sinal de alerta. Está marcada para esta sexta-feira uma reunião entre a cúpula do clube, representantes da empresa que cuida da confecção de ingressos e do acesso a São Januário, policiais do 4ª Batalhão da PM (responsável pela região) e o comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), Major Marcelo Malheiros. O objetivo é tomar medidas que tornem viável a realização de confrontos contra os maiores rivais na casa vascaína. As mudanças entrarão em vigor imediatamente, e a partida deste sábado, contra o Cabofriense, pela sétima rodada da Taça Rio, será usada como teste.

– Entendo que isso é uma ação integrada. É muito fácil, quando acontecem esses problemas, colocar a culpa em A, B ou C. O Vasco recebeu um público grande nesses últimos jogos e tem de tomar algumas medidas – admitiu o vice-presidente de patrimônio do clube, Fred Lopes.

As medidas a que se refere Fred Lopes, a princípio, parecem simples. No entanto, o dirigente garante que serão suficientes não só para o jogo contra o Cabofriense, mas também para os clássicos. Segundo ele, a primeira ação será adotar um sistema de gradeamento para organizar as filas na compra de ingressos e, principalmente, no acesso ao estádio. O clube também acabará com a setorização da arquibancada – que, de acordo com Fred, foi adotada para tentar fazer o torcedor se acostumar ao procedimento a ser adotado no futuro – e colocará um número maior de funcionários nos portões de maior movimento para auxiliar os torcedores.

– Já pedimos para a Outplan (empresa que confecciona os ingressos) parar com a setorização. O objetivo era começar a educar o torcedor, já que o Vasco pensa em setorizar a arquibancada. No sábado já vamos ter o sistema liberado, até porque o preço é igual e o acesso dentro do estádio é permitido. Resolvendo o problema de acesso e modificando o gradil do lado de fora, vamos garantir ao torcedor uma entrada mais tranquila – afirmou o dirigente.

Ele pediu também para que o torcedor mudasse um pouco seu hábito em relação aos jogos:

– Seria importante que o torcedor chegasse mais cedo ao estádio. Ele tem o hábito de entrar 20 ou 30 minutos antes do jogo. Faço um apelo para que ele faça a compra antecipada e chegue mais cedo. Estamos esperando um público grande novamente neste sábado. Os portões vão abrir pelo menos três horas antes.

Para Fred Lopes, as medidas adotadas pelo clube já serão suficientes quando o jogo for contra um time de maior expressão. Ele entende que, sendo clássico ou não, a capacidade do estádio será a mesma, e por isso não serão necessárias maiores mudanças. Após a abertura da Área Vip, São Januário voltará a receber 24.550 pessoas.

– Se resolver para sábado, vai resolver para qualquer tipo de clássico. Estamos com uma operadora nova de ingressos, as catracas são novas, as pessoas estão aprendendo a trabalhar… Tudo caminha para que os próximos jogos já sejam melhores – afirmou.

Já o comandante do Gepe, Major Malheiros, acredita que São Januário está apto a receber apenas clássicos de menor apelo, e desde que haja uma grande operação de segurança. O PM, que é contra a realização de jogos decisivos ou com lotação máxima no estádio cruz-maltino, informou que será preciso fechar uma área de 200 metros em torno do estádio, com acesso somente para pessoas portando ingressos. Ele diz que também é preciso acabar com a comercialização livre de bebidas e alimentos no entorno do local, bem como fazer a tradicional escolta das torcidas organizadas. Segundo o major, nada disso será eficaz se não houver uma ação conjunta da PM com o clube, a Guarda Municipal e a Cet-Rio (empresa responsável pelo trânsito no Rio de Janeiro).

– Minha colocação como integrante da PM é que jogos para cumprir tabela podem ser feitos ali, mas, numa fase mais crítica da competição, não é viável. Mas é preciso tomar várias medidas de segurança, com uma ação conjunta, para que isso ocorra com eficiência. São Januário requer um pouco mais de cuidado e trabalho, mas é possível, desde que não seja uma final de campeonato. O problema não é o estádio, são as vias de acesso, que são muito ruins – explicou o comandante.

Fonte: globo esporte

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